Trabalho De Pesquisa
Trabalho Universitário: Trabalho De Pesquisa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sucodebatatadoce • 14/5/2014 • 2.690 Palavras (11 Páginas) • 211 Visualizações
Introdução
Ao longo do século XVIII, o movimento Iluminista foi responsável por uma ampla e inovadora produção de conhecimento para o homem. No campo político, as teorias iluministas, dialogaram com os pressupostos e ações que definiam o regime absolutista na Europa. Esse, fundamentado em tradições feudais e justificativas religiosas, logo seria criticado como empecilho para a construção de instituições políticas regradas pela razão .
Contudo, para que o absolutismo chegasse ao seu fim, seria necessário que eventos de natureza histórica contribuíssem para que a autoridade real fosse questionada. Décadas antes, os ingleses vivenciaram um primeiro movimento revolucionário em que a realeza teve seus poderes subordinados á vontade do parlamento. Já na segunda metade do século XVIII, a população das 13 Colônias, abraçou o pensamento iluminista ao defender a independência e a formação dos Estados Unidos da América.
Nessa época, a monarquia francesa experimentava uma grave crise desenvolvida por uma série de fatores. Por um lado, os membros da nobreza e do clero usufruíam de regalias e privilégios que destoavam dos pesados encargos pagos pela burguesia e as classes trabalhadoras. Alem do desequilíbrio fiscal, o país vivia uma violenta crise econômica que não poderia ser superada caso novas leis viessem a impor uma nova lógica á economia nacional.
As camadas populares já organizavam pequenos levantes em que as péssimas condições de vida, serviam como justificativa de saques e outros atos de desobediência. Já a burguesia travava outra batalha onde buscava reduzir a intervenção do Estado na economia e a adoção de medidas que formentassem suas ambições econômicas. Nesse âmbito, vemos que os grandes opositores do Estado absolutista tinham interesses distintos entre si.
Nesse último aspecto, vários historiadores discutem se a Revolução Francesa possa ser vista como um verdadeiro “processo revolucionário”. Para alguns, excetuando-se a fase de hegemonia jacobina de uma nova elite que se organizava pela Europa. Na verdade, este é apenas um dos vários ecos que nos relevam a importância dos ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade” daquele ano de 1789.
Desenvolvimento
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
• Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
• A Fase do Terror
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
• A burguesia no poder
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
• Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
O Golpe de Napoleão Bonaparte/ Golpe do 18 Brumário ( 1799)
Há exatamente 210 anos, Napoleão Bonaparte tomava o poder absoluto na França, no episódio que ficaria conhecido como "o golpe do 18 Brumário". Até então, passados 10 anos do início da Revolução Francesa, o país vinha sendo governado por um colegiado de líderes, chamado de Diretório. Ao derrubá-lo, aproveitando-se de seu prestígio nos campos de batalha, o jovem general consolidava seu poder e abria caminho para coroar-se imperador, cinco anos mais tarde.
De volta da campanha do Egito, Napoleão decidiu "salvar a República”, ameaçada pelos monarquistas e pelos jacobinos (revolucionários radicais). Num primeiro momento, os deputados do Conselho
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