Tópicos Especiais em História Global
Por: ClaudioRc • 24/11/2020 • Resenha • 748 Palavras (3 Páginas) • 127 Visualizações
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Universidade Federal de Uberlândia MG – setembro 2020
Instituto de História
Disciplina: Tópicos Especiais em História Global
Docente: Deivy Ferreira Carneiro
Discente: Claudio Ferreira Santos
Resenha Crítica
LEVI, Giovanni. Micro-História e História Global. In: VENDRAME, Maíra. KARSBURG, Alexandre. Micro-história, um método em transformação. São Paulo: Editora Letra & Voz, 2020.
Uberlândia, setembro 2020
Giovanni Levi é Professor na cidade de Veneza, e juntamente com Carlo Ginzburg tornaram os precursores da micro história italiana.
Ele pensa essa história global, e à coloca em questão, o que é a história global?
Levi destaca os anos de 1980, as grandes mudanças ocorridas no mundo como, o fim da Bipolarização do poder econômico e a crise do sistema soviético com a queda do muro de Berlin, fazem surgir um multiplicar de potencias econômicas, consequentemente esse multiplicar se dá nas relações de cultura, nas relações sociais e também na área da historiografia, era um novo ciclo histórico com grandes mudanças mundiais, políticas e econômicas, a crise do Estado-nação, um mundo mais globalizado, mais conectado, porém mais fragmentado e diverso, o crescimento da desigualdade em um mundo mais surdo, marcado por conflitos políticos e religiosos, dominados por alguns, é neste contexto que surge uma crítica ao eurocentrismo.
Levi destaca estas mudanças como um trauma, percebido inclusive na historiografia, a começar na história global que nos EUA, Inglaterra e Europa, foi onde encontrou forças, e se desenvolveu ao olhar do triunfalismo, onde o capitalismo ditava a ordem e o desenvolvimento da sociedade e suas conexões, que o Ocidente se configurou como o motor impulsionador mundial, um lugar de desenvolvimento econômico e socio cultural, e o Oriente ou seja, onde ficou na história? Sim, o Oriente tem sua história importante, importante para o desenvolvimento e triunfalismo do Ocidente, Levi considera este, uma história que sugere um teologismo politicamente perigoso.
Para Levi a história global faz a crítica na teoria, mas na prática continua a manter a distância entre as diferenças, o eurocentrismo continua a atuar, por meio dos historiadores que produzem a história global, “concentrada nas relações complexas e situações interligadas que se modificam nessa mescla de assimetrias que se integram e se transformam estruturalmente a nível global.”
Ademais, Levi considerou improprio, incorreto a pratica de considerar a definição de História Global para uma matéria prima que possui relevância mundial, como o Algodão, pois uma História Global deve ser construída em uma novidade de leitura, onde se possa encontrar conexões profundas entre tecnologias, pessoas, capitais e trabalhadores, um excelente exemplo para mostrar e também resgatar o oficio e a essência da história, e assim Levi traz uma grande contribuição, como que destrinchando esse panorama mundial da historiografia, ele aumenta o zoom da lente e aproxima a história das ciências, mostrando sua importância para o desenvolvimento do saber quanto das relações sociais.
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