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ÁFRICA E NOVA PROPOSTA SÓCIO-HISTÓRICA-EPISTEMOLÓGICA.

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Por:   •  12/3/2014  •  1.149 Palavras (5 Páginas)  •  471 Visualizações

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ÁFRICA E NOVA PROPOSTA SÓCIO-HISTÓRICA-EPISTEMOLÓGICA.

Conforme se refletiu nas salas de aulas, apesar de a humanidade ter alcançado progressos no que ser refere aos direitos humanos e raciais. Na atualidade temos vivido um momento único e histórico em que parte da comunidade científica e alguns países já reconhecerem que é a partir do povo negro que se encontra o berço da civilização. Esta afirmação ainda reconhece que o povo negro foi e ainda é vítima histórica e secular de massacres, preconceitos, discriminação, devido à influência eurocêntrica de contar a história. Porém em países como o Brasil alguns grupos tem buscado reivindicar e assegurar os direitos conquistados na Constituição de 1998. Porém com muita dificuldade, pequenos passos são dados para que tais direitos não fiquem no papel.

Porém o fator importante dessa temática é que nos últimos anos, assistimos à emergência de se difundir e instalar uma legislação educacional no Brasil cuja ênfase tem recaía sobre o trato da diversidade sociocultural nos currículos escolares. A Lei 10.639/03 aborda e torna essa necessidade como obrigatória no ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica, assim como e a Lei nº 11.645/08, que ao lado desta temática inclui também a questão indígena como componente curricular obrigatório, que se inserem nesse processo. E a qual é somente lembrada aqui por sua equivalência de importância, apesar não ser objeto de analise dessa discursão.

Arrolando a essa questão é importante considerar, então, que a temática africana e afro-brasileira apresenta-se como conteúdo de fortes significações políticas e sociais, no âmbito da sociedade brasileira, e que sua abordagem nos currículos escolares, com ênfase para a perspectiva de reeducação das relações étnico-raciais, por isso não deixa de apresentar dilemas e desafios de ordem política, pedagógica, ética e epistemológica, entre outras dimensões.

Prosseguindo nessa intuição sobre a obrigatoriedade do ensino de história da África nas redes do Ensino Brasileiro, tal proposta de mudança do paradigma no ensino de História e Cultura Afro-Brasileira tem confrontado o universo dos docentes brasileiros, seja em âmbito (do ensino fundamental, médio, público, particular e até universitário) uma vez que a nova mentalidade apresenta como proposta a classe docente, não só a ruptura com a epistemologia-metodológica-didática-eurocêntrica sobre o modo conceber o povo africano, mas também propõe um novo olhar sobre a história da humanidade, um novo “paradigma”, uma nova epistemologia-metodológica-didática de abordagem a ser usada no que se refere à história da África. Tal perspectiva de abordagem sugerida tem exigido bastante esforço dos novos docentes, pois estes devem reconfigurar-se e aprofundar seus conhecimentos sobre os povos, culturas e civilizações do continente africano, para que assim e de imediato possam propagar na comunidade discente, uma gama de conhecimentos multidisciplinares sobre o mundo africano. Agora descoberto e reconhecido como berço da civilização.

Outro dado que se liga a essa questão é que tal temática não deixa de se Alvo de disputas e embates pela perpetuação e/ou instituição de memórias, o ensino de história tem sido, historicamente, palco de uma verdadeira “guerra de narrativas” (LAVILLE, 1999), podendo-se identificar diferentes vozes realizando distintas apropriações de discursos e narrativas históricas, em função de seus projetos políticos e concepções de mundo.

Nesta perspectiva as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ao serem instituídas alcançam o objetivo de resgatar “historicamente a contribuição dos negros na formação da sociedade brasileira” e da própria humanidade, a temática é de importante relevância quanto, promover “alteração positiva na realidade vivenciada pela população negra.” (BRASIL, 2004: 08).

Dessa forma, seja por meio de discussões, da formulação de leis e propostas oficiais de ensino ou das pesquisas acadêmicas, as questões da valorização da pluralidade cultural e da denúncia e combate às desigualdades e injustiças sociais tem se tornado tema e problema para o ensino de história, podendo-se identificar um crescente e sistemático diálogo com alguns conceitos e categorias analíticas, tais como os conceitos de identidade, alteridade, memória e cultura. Essa incorporação evidencia uma aproximação cada vez maior da história, sociologia e com outros campos de saber, especialmente a antropologia e os chamados “estudos culturais”, que englobam múltiplas abordagens e articulações disciplinares.

Porém embora a legislação

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