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ÉDIPO REI - ANÁLISE LITERÁRIA

Por:   •  8/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.102 Palavras (9 Páginas)  •  1.910 Visualizações

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ÉDIPO REIEm um conjunto de transmissão mecânica, qual componente é responsável por fazer a ligação do movimento do motor transmissão do veículo?

INTRODUÇÃO

  • Teatro e Tragédia;

Teatro é uma forma de arte  que surge no século VI a.C., na qual um ou vários atores transfigurados em personagens apresentam uma determinada história a fim de despertar na plateia sentimentos variados, nesse contexto o teatro é constituído por elementos visuais, que fazem com que o mundo fictício se apresente quase sem mediação com o mundo real. O termo teatro é de origem grega “theatron” significa “lugar para ver”. No theatron eram realizadas cerimônias religiosas em honra a Dionísio, o deus grego do vinho.

A tragédia é uma narrativa baseada no teatro, tem sua origem no final do século VI a.C. Ela uma das maiores heranças do teatro deixada pelos gregos. Acredita-se que a origem da palavra tragédia tenha vindo de "tragos", que em grego significa cabra ou bode, animal que era sacrificado para o ritual dionisíaco.

  • Contexto histórico;

O teatro era elo entre os homens e os deuses, pois eram rituais religiosos. Acredita-se que a origem da palavra tragédia tenha vindo de "tragos", que em grego significa cabra ou bode, animal que era sacrificado para o ritual dionisíaco. Há outra possibilidade sobre a origem do termo é que poderia ter surgido da palavra "tragoi", que em grego significa adoradores ou seguidores de Dionísio.

DESENVOLVIMENTO

  • Sófocles
  • Seu mundo ainda era um mundo teocêntrico, ou seja, todos os acontecimentos provem da divindade.
  • Afirma Sófocles: “Ao homem não cabe buscar saber os mistérios divinos, nem lhe cabe rebelar-se contra os desígnios terríveis dos deuses [...] O que agrada aos deuses é o senso sadio do homem que sabe limitar-se”.
  • Não ensina a resignação e sim a atitude serena do homem que conhece sua fragilidade. Não duvida da existência da ordem universal, mas não descarta a concepção do mundo absurdo.

Sófocles é o autor de 123 peças teatrais, porém se preservou somente sete, relacionadas ao mito de Édipo (Édipo rei, Antígona, e Édipo em Colono). Ele aborda em suas peças temas que transcendem épocas, conflitos universais que podem ser vivenciados por qualquer pessoa em qualquer tempo. Sófocles foi o responsável pela a renovação do teatro grego aumentando a quantidade de atores no palco passando de dois para três, apresentou a tetralogia (que é cada peça valer por si mesma).

 O mesmo foi considerado o autor mais trágico, pois no decorrer e suas obras os conflitos são irreconciliáveis, não havendo possibilidade de harmonização, pois para ele todas as ações são divinas, não havendo justificativa para ação dos deuses, que atuam de forma justa, mas de modo que não podemos compreender.  

  • Édipo Rei;

A tragédia é a maior herança do teatro deixada pelos gregos. É a imitação de ações de caráter elevado, focalizando a vida e os atos dos homens superiores.

Édipo Rei conta a história do Rei Laio, esposo de Jocasta, que após uma consulta aos oráculos, lhe é revelado que seu filho o matará e se casará com a sua rainha. Para evitar o parricídio e o incesto, Laio ordena ao seu servo que abandone a criança para morrer no alto da montanha com os pés amarrados. Porém, o servo do rei fica comovido e decide entregar a criança a um pastor que passava na região de Citéron, que por sua vez, entrega o bebê ao rei Políbio, de Corinto, para que ele e sua esposa Mérope cuidem dela como se fosse filho deles. E assim é feito, o rei leva o menino para sua casa e lhe dá o nome de Édipo. Passam-se os anos e Édipo, em uma consulta aos oráculos, descobre que ele matará seu pai e se casará com sua mãe. Sem saber que Políbio e Mérope não são seus pais biológicos, Édipo decide partir de Corinto, para evitar a consumação da profecia. Na fuga Édipo é atacado pela tropa de Laio e em legítima defesa, acaba matando o rei. Édipo chega à Tebas, vence a esfinge desvendando o seu enigma, é coroado o soberano da cidade e se casa com Jocasta, desconhecendo a sua história, Édipo vai ao encontro do seu trágico destino: mata o próprio pai e casa-se com sua mãe, concluindo a profecia. Jocasta ao perceber que, na verdade, Édipo é seu filho com Laio comete suicídio e logo em seguida, o próprio Édipo ao perceber a verdade fura seus olhos e exila-se de Tebas.

  • Características da tragédia inseridas na obra;

  • Clima de tensão permanente e indícios do final trágico (não há dúvida em relação ao fim desde o início há ameaça de catástrofe);

Desde o início já dá para ter indícios de um final trágico, a começar pela maldição. Porém no final da tragédia, é que as ações assumem significação e sentido em Édipo, ele passa a conhecer os atos maus que cometeu sem saber e que eram desventuras determinadas pelos deuses, contra as quais não podia escapar. No Êxodo, que é o desenlace trágico, ele assume o que Apolo lhe causou, mas a catástrofe, o ferimento contra si próprio, foi segundo a sua vontade humana. Mediante a infelicidade, ao saber que era assassino de Laio e esposo de sua mãe, irmão de seus filhos, o autor estipula as ações violentas que sucedem o efeito de compaixão, fere os próprios olhos, os cegando, esta ação é determinada por ele. Aqui é traçado um percurso de ordem emocional e que gera com maior intensidade sentimentos de temor e piedade, ações violentas que a mimese imita. A ação humana é determinada sem a intervenção divina, encerrando assim mais um dramático desdobramento de que o ser humano também é senhor de sua própria Tragédia.

  • Conflito entre valores absolutos;

Quando ocorre a disputa de poder e de saber, no caso quando o poder do rei é subestimado pelo saber do sacerdote/oráculo/profeta.

 “ Julguei assim não poder deixar a outros a tarefa de ouvir o vosso apelo, vim eu mesmo, meus filhos, eu, Édipo – cujo o nome ninguém ignora. Vamos, ancião, explica-te! És a pessoa indicada para a falar em nome deles. A que se deve vossa atitude? A qual temor ou a qual desejo? ’’ (Édipo, p. 5-6).

  • Situação consciente do herói diante do enfrentamento de seu destino;

Quando ele se dá conta de seu destino é verídico, e terá que enfrentá-lo. Quando aos poucos Édipo vai desvelando a verdade, e neste percurso demonstra toda a sua lucidez e o seu caráter moralmente elevado.

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