A ABORDAGEM DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Trabalho Escolar: A ABORDAGEM DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ewertonem • 5/1/2015 • 693 Palavras (3 Páginas) • 645 Visualizações
EWERTON WILLIAM ESTEVAM DE SOUZA
A ABORDAGEM DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Antes de começar a discorrer acerca do texto base, propriamente dito, é preciso relembrar que o estudo da tal variação mencionada no título só é possível graças à sociolinguística. Em síntese, ela analisa a relação da língua no meio a qual está inserida, isto é, na situação de comunicação. Poderíamos dizer que a as variações linguísticas em determinada sociedade, muitas vezes consideradas feias o/ou erradas, têm seu valor elevado, portanto, o falante, dentro desse contexto, tem um papel importante para entender os fenômenos linguísticos.
Partindo desse pressuposto, o autor do texto levanta os olhos para a maneira como os livros de português tratam da variação linguística, deixando claro efetivamente que eles têm uma grande parcela de responsabilidade pela discriminação linguística, pelo fato dos próprios contribuírem para a ideia errônea que permeia a sociedade: a de que só a norma culta, mais comum à elite, é correta, enquanto todas as outras formas de manifestações da língua são incorretas e ‘feias’.
O que mais preocupa os autores da pesquisa é o fato daquele meio, que deveria formar cidadãos conscientes, na verdade, é responsável pela disseminação do monolinguismo no Brasil. As escolas deveriam desenvolver a capacidade critica do aluno em relação a esse aspecto. Ensinando aos mesmos que as linguagens não vêm para deturpar a língua, ao contrário, vêm enriquecê-la, ampliando, dessa maneira, com o acervo de palavras e expressões características de determinados grupos.
O fato é que a língua portuguesa, assim como todas as outras, é heterogênea, no entanto, só a língua considerada de prestígio é louvada, assim, levando ao preconceito contra as camadas de classe social mais baixa, adjetivando-a, comumente, de burra ou ignorante. Com base em tudo o que foi exposto, os autores propuseram-se a analisar alguns fragmentos do Livro ‘’Tudo é português’ do 6° ano, onde o mesmo trata justamente destas questões sociolinguísticas.
O primeiro ponto analisado nessa pesquisa é o seguinte: O tratamento se limita às variedades rurais e/ou regionais? Nesse ponto, o autor conclui que o LD cita a existência de variedades que não são padrão, como as regionais, no entanto, não aprofunda na discussão sobre essa questão.
Outro ponto que o livro aborda é em relação à adequação da língua à situação, trazendo inclusive algumas atividades, cuja proposta é a de transformar uma sentença da variedade não padrão da língua em outra adequando à norma culta. Esse tipo de abordagem é aprovado pelos autores, pois o aluno é ensinado a reconhecer as diferentes situações a que é submetido, a fim de selecionar o seu vocabulário, adequando-o ao contexto situacional.
O próximo questionamento levantado é se o LD separa a norma-padrão da norma culta (variedades prestigiadas) ou continua confundindo a norma-padrão com uma variedade real da língua. Os autores concluem que a confusão é feita, pois se deixa claro que a variedade padrão é uma variedade usada na fala, quando se sabe que nem a sociedade mais educada do mundo jamais usará totalmente a norma padrão de seu país , isso é impossível.
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