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A BUSCA E NECESSIDADE DO USO DE ANTICONCEPCIONAIS

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Por:   •  8/4/2013  •  Resenha  •  5.597 Palavras (23 Páginas)  •  715 Visualizações

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A BUSCA E NECESSIDADE DO USO DE ANTICONCEPCIONAIS

O que vem justificar um grande crescimento na demanda na utilização de anticoncepcionais no país são a crescente participação feminina no mercado de trabalho e o controle da natalidade. Outros aspectos de grande relevância são as migrações para os centros urbanos e o avanço da medicina, que diminuíram os riscos para quem prefere engravidar depois dos quarenta anos. Para atender à procura e aumentar a segurança e comodidade dos consumidores, a indústria farmacêutica desenvolve, atualmente, pílulas com dosagens hormonais mais baixas e efeitos colaterais menores. Além disso, o mercado brasileiro disponibiliza produtos contraceptivos em várias apresentações: oral, injetável, uterina, implante subcutâneo entre outras. Desses, o oral é o preferido das usuárias. Apesar de oferecer diversos benefícios, as pílulas devem ser administradas sob acompanhamento médico. Somente o ginecologista pode orientar e prescrever corretamente o medicamento.

Há séculos, as mulheres buscam diferentes maneiras de evitar a gravidez, desde a introdução na vagina de sementes, folhas, resinas a métodos industrializados. Muitas delas seguiram o conselho de Casanova (1725-98) que recomendava espremer meio limão e introduzi-lo no canal vaginal para recobrir o colo do útero. Segundo ele, o ácido cítrico agia como espermicida. Somente quase um século depois foi inventado o moderno diafragma, pelo médico Hasse de Flensburg, na Alemanha. Em seu artigo denominado "Esterilidade Facultativa" descrevia o método como um capuz de borracha vulcanizada em forma de abóbada ligada a uma mola circular de relógio que obstruía a parte superior da vagina e colo do útero.

No entanto, nas últimas décadas, alguns estudos mostraram que os métodos considerados modernos e mais eficazes têm inúmeras contra-indicações. O movimento feminista associado ‘as informações sobre os efeitos adversos dos anticoncepcionais favoreceu a retomada do uso do diafragma em vários países. No Brasil, o de silicone foi desenvolvido pelas pesquisas da socióloga Maria Luisa Eluf com apoio dos investimentos da Semina, empresa fornecedora do método.

CONSUMO CRECENTE NO USO DE ANTICONCEPCIONAIS NO BRASIL

De acordo com a Celsam (Comitê Científico do Centro Latino americano Salud y Mujer) os países que mais consomem pílulas na América Latina são Uruguai, Brasil e Chile. A região conta com cerca de 116 milhões de mulheres e apenas 10% utilizam o anticoncepcional para o controle de natalidade, cerca de 12 milhões de usuárias. A maior parte das usuárias mora na zona urbana e pertence às classes média e alta. O estudo revela dois dados alarmantes: 48% das mulheres latino-americanas não empregam nenhum método contraconceptivo e 23% recorrem à esterilização. Segundo dados da Schering do Brasil, as classes C e D são as principais consumidoras dos produtos da empresa no Brasil. O aumento registrado nos últimos anos se deve em parte pelo aumento na demanda das classes A e B.

O crescimento no poder aquisitivo, a elevação da participação da mulher no mercado de trabalho e o controle da fertilidade para o desenvolvimento profissional feminino são as razões apontadas para a elevação na demanda do País por anticoncepcionais. O mercado nacional teve um aumento de 8% nos últimos cinco anos. De acordo com pesquisas de campo realizadas pelo grupo percebemos o crescimento de 27% nas vendas entre os anos de 2011 e 2012 mostrando como o equilíbrio social causado pela evolução das classes emergente vem proporcionando um processo gradativo de planejamento familiar. Acredita que a migração para centros urbanos e a possibilidade de gravidez em uma idade mais avançada são fatores que também contribuem para o consumo de pílulas, como são conhecidos vulgarmente os anticoncepcionais hormonais. Os anticoncepcionais hormonais ganharam esse nome em razão de combinar um estrógeno com uma progesterona sintética. Dois tipos de estrógenos são utilizados: etinilestradinol e mestranol. Já a progesterona conta com maior número de variações: noretindrona, norgestrel, levonorgestrel, entre outros diversos variantes.

O anticoncepcional pode agir em quatro frentes. Na primeira, ele bloqueia o eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Em outras palavras, a ovulação é reprimida entre 95% e 98%. As doses de estrogênios também são suficientes para impedir a implantação (fixação do óvulo). Ocorre ainda atrofia das glândulas endometriais, o que colabora para o mesmo objetivo. A pílula também acarreta um efeito sobre a condução do óvulo nas tubas. Isso faz com que aumente a incidência de gravidez ectópica (fora do lugar normal). Além disso, o muco cervical torna-se espesso, aumentando as dificuldades de progressão dos espermatozoides.

EXPLORAÇÃO DO MERCADO ANTICONCEPICIONAL

Hoje o mercado brasileiro é explorado por 15 principais empresas sendo elas: Libbs, Ems Sigma-Pharma, Farmoquimica S/A, Bayer Shering Pharma, Janssen Cilag, Sanofi Aventis, Eurofarma, Organon, Biolab Sanus, União Quimica, Aché, Pfizer, Medley, Wyeth Whotehall, e possui vários tipos de produtos: oral, injetável, vaginal, via uterina e implante subcutâneo. Desses, a oral conta com a maior venda e variação, como monofásica, combinada, minipílulas, bifásica, trifásicas, mensal, pós-coito e antiandrogênica. A quantidade de mulheres que consome o produto no Brasil ainda é desconhecida, mas a estimativa feita nos Estados Unidos afirma que existem 78,5 milhões de consumidoras no mundo.

Embora os laboratórios, estrategicamente, não divulguem números que apresentem o panorama do mercado no País, os medicamentos Diane 35 (Schering do Brasil), Triquilar (Schering do Brasil) e Nordette (Wyeth Whotehall) são os preferidos das brasileiras que evitam a gravidez.

O planejamento na vida profissional e planejamento familiar são os principais fatores para a adesão feminina aos métodos contraceptivos. A quantidade de mulheres que utilizam contraceptivos em território nacional ainda é desconhecida. Porém, de acordo com o Comitê Científico do Centro Latinoamericano Salud Y Mujer (Celsam), os países da América Latina que mais vendem anticoncepcionais são Uruguai (21,8%), Chile (19%) e Brasil (15,7%) mercado que aumentou 8% nos últimos cinco anos mesmo estando em terceiro neste ranking de vendas devido o número de habitantes temos um enorme consumo do produto conforme ilustrado no gráfico abaixo.

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