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A Carta que Restou

Por:   •  6/1/2016  •  Ensaio  •  835 Palavras (4 Páginas)  •  440 Visualizações

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Sabe como me sinto? O que sinto?

Não posso continuar me sinto um lixo, o culpado e o errado dessa história... Eu... A vida toda tive medo, medo de não conseguir, medo de não ser aceito, medo de ser exagerado, medo de ter uma feminilidade que incomodasse ou fizesse julgamentos, medo de ser eu, medo de querer e não ser querido, medo da rejeição, medo do sexo, medo do prazer, medo do meu corpo, medo do corpo dos meus parceiros, medo do NÂO, medo de viver...

Quando aceitei viver... Fui esmagado, humilhado, criticado, rejeitado...

Zombaram de mim e de minhas escolhas, você sempre me tachou “O Vilão”, todas as atitudes negativas eram esperadas ser praticadas por mim, quantas vezes me tratou coo segunda opção, tive que engolir calado, quantas noites chorei até adormecer, pela sua não compreensão, quantas vezes errei e fui crucificado... fui derrotado, tive que argumentar, mas você jamais me permitiu o argumento.

Como se descobre o amor? Talvez nunca tenha essa resposta e nem pretendo, mas ao descobri que nutria um sentimento por ti, o pânico tomou conta, tive medo (Ele novamente aqui, me perturbando), tive que esconder... Esconder o que sinto, esconder o que desejo. Nossa História foi limitada por não querer algo normal, uma relação padronizada. Comentemos o erro pela segunda vez, tentamos enquadrar nossa relação em algo transcendental, mas esquecemos do principal “Os portadores desse sentimento estava em transição”.

Hoje estou do outro lado, sentindo aquela dor, sem conseguir dormir, tendo que sorrir, tendo que viver, mesmo depois dessa queda “Queda essa que me deixou sem força e vontade de continuar”...

Imagina o questionamento, imagina minha cabeça, meu mundo “Hoje me sinto estranho” – “Hoje você é apenas um estranho”. Imagina como me sinto? (Exagero, TALVEZ) dessa vez é diferente, sinto que um pedaço de mim morreu, sinto o LUTO, Posso sentir seu cheiro e com ela a dor.

Como vou confiar? Não sei! A única pessoa que me entreguei por completo, sem medo, aquele rapaz que confiava de olhos fechados (Embora sua Bipolaridade me matasse)... Ele me traiu?... Eu sei? Eu já tive como o traidor na nossa história...

Escute as lembranças, Lágrimas escorrem, forças somem, palavras ecoam (Volta... Volta).

E Aquelas palavras que ficam “Faz de conta que nada aconteceu”... “Desculpa, talvez eu tenha comprado  a sua ideia de amor” Como assim? Então todos esses anos, fui um tolo, criei um mundo de fantasia, onde só eu era verdadeiro, um mundo que até pouco tempo você existia e era você o protagonista, aquele que me fazia rir, simplesmente o efeito dos meus risos.

Por favor, não faz isso.

Não diz isso.

Não me culpe, não comente esse erro pela segunda vez.

Aquele mundo nunca existiu... Ouvir de sua boca tais palavras foi de partir meu pequeno coração, ouvi seus estraçalho no chão, os pequenos e últimos pedaços...

Ouvi todas as músicas,

Vivi todas as lembranças,

Chorei todas as lágrimas...

Se não me queria, porque me procurou? Porque isso? Porque esse jogo?

Sei que sou compreendido como o Insensível, sem coração, mas “SIM”, eu tenho, sou humano. Desculpa... Não estou pronto, preciso de tempo.  

Quando lembro que não passou de sonho, que você simplesmente desejou e colocou seu plano em ação e eu novamente perdi, perdi o chão, o controle, fui “A RAINHA dos TOLOS”, sua vingança está feita e com elas as consequências. Hoje me sinto um lixo, sem rumo, coloquei todas as minhas cartas em você, em nós, em nossa relação, fui muito além da expectativa, talvez isso seja o amor, um jogo de “TUDO OU NADA”.

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