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A Comparação de Literatura

Por:   •  17/9/2020  •  Relatório de pesquisa  •  724 Palavras (3 Páginas)  •  252 Visualizações

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Introdução

Neste trabalho irei realizar uma análise comparativa que irá abordar os temas e as escolhas formais para a produção dos poemas de José de Anchieta e Gregório de Matos.

Primeiramente para comparar os poemas de José de Anchieta e Gregório de Matos, vou entrar com uma pequena introdução de cada época em que eles estão inseridos.

Quinhentismo

José de Anchieta surgiu no período Quinhentismo, que foi em 1500 época do descobrimento do Brasil.

Neste período a Igreja Católica estava a frente de tudo, e impunha que os povos se convertessem ao cristianismo, mas por outro lado estavam perdendo fieis devido a Reforma Protestante.

Para reverter a situação Igreja fez uma organização chamada Companhia de Jesus, para recuperar seu prestigio.

Pisando em solo brasileiro em 1553, José de Anchieta junto com outros padres, portavam poemas, textos e canções com a intenção de catequizar os índios.

E um dos poemas que vamos falar é o Em Deus, meu criador.

Barroco (1601 a 1768)

O período Barroco surge de uma crise da fé e a ciência, entre a Contra Reforma da Igreja Católica, que tinha o teocentrismo, Deus como centro do universo e o período do Renascimento do antropocentrismo, que o era o homem como cento do universo.

Neste período o homem viver o prazer da carne e ter a salvação divina.

E um dos escritores que surgiu nessa época foi Gregório de Matos, conhecido como Boca do Inferno, por escrever poemas sátiras e eróticas, mas também tinham poemas sacras e liras.

Agora que entendemos o que cada período representa, segue abaixo um poema de José de Anchieta e Gregório de Matos, para fazermos uma comparação dos temas e das escolhas formais.

Em Deus, meu criador (José de Anchieta)

Não há cousa segura.

Tudo quanto se vê

se vai passando.

A vida não tem dura.

O bem se vai gastando.

Toda criatura

passa voando.

Em Deus, meu criador,

está todo meu bem

e esperança

meu gosto e meu amor

e bem-aventurança.

Quem serve a tal Senhor

não faz mudança.

Contente assim, minha alma,

do doce amor de Deus

toda ferida,

o mundo deixa em calma,

buscando a outra vida,

na qual deseja ser

toda absorvida.

Do pé do sacro monte

meus olhos levantando

ao alto cume,

vi estar aberta a fonte

do verdadeiro lume,

que as trevas do meu peito

todas consume.

Correm doces licores

das grandes aberturas

do penedo.

Levantam-se os errores,

levanta-se o degredo

e tira-se a amargura

do fruto azedo!

A Jesus Cristo Nosso Senhor

(Gregório de Matos)

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,

Da vossa alta clemência me despido;

Porque, quanto mais tenho delinquido,

Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto pecado,

A

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