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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE INGLÊS A DISTANCIA

Por:   •  3/2/2016  •  Artigo  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  512 Visualizações

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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE INGLÊS A DISTANCIA:

OS RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS

Lúcia Maria dos Santos

Prof.ª Drª Margarita Victória Gomez - UNINOVE

luciamsantossp@gmail.com

Tema: Educação Popular, redes e mídia: práticas educacionais e software livre

Resumo

Com a expansão da internet, as relações interpessoais cada vez mais utilizam a Língua Inglesa, como ponte de interligação entre pessoas e culturas. Entretanto, a competência comunicativa é um aspecto problemático no âmbito da educação superior no Brasil. A pesquisa abordou a formação do professor de Inglês a distância (EAD), e centrou-se nos Recursos Educacionais Abertos (REA) para discutir a possibilidade de construção desse conhecimento no ambiente da cibercultura. Utilizou-se a abordagem qualitativa e as técnicas de análise documental, observação exploratória de um Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA) de uma universidade em São Paulo e entrevistas online. Apoiada nesses procedimentos metodológicos e nas teorias de: Paulo Freire, Stephen Krashen (1985; 1988), Pierre Lévy (1993; 2010), concluiu-se que os REA contribuem com o aprendizado da fluência do idioma, porém encontram entraves metodológicos, político-educacionais, institucionais e de acessibilidade tecnológica para usufruir das potencialidades facilitando a popularização desse conhecimento segundo os preceitos Freireanos (1982; 1996).

Palavras-Chave: Recursos Educacionais Abertos. Educação a Distância. Competência comunicativa. Aprendizagem do Inglês

 

Introdução    

        A sociedade contemporânea que se insere em ambientes cada vez mais estruturados vem passando por um processo de unificação linguística pela diversidade. As interrelações, inclusive na web, estabelecem-se em língua Inglesa, idioma hegemônico das esferas sócio-político e econômicas. Entretanto, apesar de utilizada em círculo cada vez maior das relações humanas cujo efeito une culturas hábitos e povos, competência comunicativa, isto é, a fluência oral da Língua Inglesa é um aspecto problemático no ensino superior no Brasil. Diante disso, é imperioso repensar a atuação do professor de Inglês buscando caminhos no sentido de conduzir a sua formação com base em uma prática pedagógica que possa abarcar a acessibilidade ao conhecimento de todas as habilidades linguísticas.

        Parece necessário criar propostas que incluam a trans (formação) de professores de Inglês nos termos freirianos, de modo que esse sujeito desvele os discursos ideológicos por meio do domínio de todas as competências da língua e cujas ações pedagógicas possam ser refletidas no ensino superior e vice-versa. Uma reflexão mais acurada do problema permite afirmar que é também preciso conceber um ensino democratizado a partir das concepções da educação popular freireana, que ao mesmo tempo esteja inseridos em contextos trans e multiculturais encontrados e ancorados nos ambientes da web.

        Em face disso, a investigação, partiu do pressuposto de que o aprendizado de uma segunda língua imerso na cibercultura pode ser conveniente para a construção do sujeito e do conhecimento, processo pelo qual as relações sócio-interacionistas e dialógicas são compreendidas em um contexto multicultural e complexo.

        Sob este prisma, o escopo dessa temática  tratou de investigar: a implicação dos  Recursos Educacionais Abertos (REA) para um uso adequado das quatro habilidades da Língua Inglesa (leitura, escrita, compreensão e conversação), a proposta curricular  que propiciasse a fluência em contextos hipermediais e multiculturais, e, mais especificamente, as possibilidades e os limites dos REAs no processo de aprendizagem da Língua Inglesa do curso de Licenciatura em Letras Português/Inglês na modalidade a distância.

          Apesar de as redes interativas digitais exerce um espaço de domínio e de poder, paradoxalmente, elas podem oferecer uma alternativa para os propósitos éticos e educacionais. Não obstante, o viés que esses dispositivos adquirem está nas mãos de quem os utiliza. A criticidade está em usar e apropriar-se socialmente dessa nova condição tecnológica de comunicações sob uma perspectiva autocrítica, consciente e criativa. Segundo Paulo Freire (1984) é necessário ler nas entrelinhas do emaranhado tecnológico, pois existe uma ideologia por trás de quem cria todo esse aparato. Freire (1984), que era um homem de seu tempo, a Educação desperta no sujeito a consciência de mundo e de seus valores, diferenciando informação do conhecimento. Exercer a responsabilidade de educar o indivíduo para a racionalidade crítica, desvelar sentido e as consequências do mundo globalizado é conduzí-lo para compreensão da planetarização e transformar informações da cibercultura em conhecimento é uma condição emancipadora do sujeito. Portanto, a Educação necessita intervir e estar envolvida com as questões visivelmente latentes entre cultura, tecnologia, ensino e aprendizagem e para tal intencionou-se entrelaçar a pedagogia frerieana às concepções linguísticas de Stephen Krashen (1988) aos pensamentos do Filósofo e sociólogo Pierre Lèvy (2010), bem como à pedagogia da virtualidade que fecharam o círculo das reflexões sobre a aquisição da competência comunicativa na modalidade a distância.

   

Os caminhos da investigação

        A pesquisa objetivou conhecer e verificar a contribuição dos REAs utilizados no processo didático-metodológico do ensino de inglês no AVA de um curso de Licenciatura em Letras Português/Inglês de uma universidade brasileira em São Paulo, que recebeu o nome de Universidade de Educação a Distância (UNIED) dentro da qual  foram analisadas as possibilidades e limites dos REAS para a aquisição da competência comunicativa no AVA no curso de Licenciatura Inglês/Português na modalidade a distância para apreensão do conhecimento de inglês no que se refere à competência comunicativa.

         A reflexão sobre tal temática partiu de uma preocupação pessoal e pela falta de pesquisas relacionadas ao estudo da aquisição virtual da Língua Inglesa e os REAs; como possibilidade de aprender a competência linguístico-comunicativa do idioma.

A Educação e a Internet

        A internet transformou-se em um espaço possível para educação e, portanto, abre as portas para uma proposta de uma educação em rede, rizomática, solidária e igualitária, além de buscar elementos educacionais libertadores da autonomia dos sujeitos, traz no bojo a possibilidade de inclusão de homens e mulheres pela conscientização dos problemas planetários, da ampliação e compreensão dos conhecimentos transculturais e de ideologias hegemônicas.

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