A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA LINGUA DE SINAIS NO BRASIL E NO MUNDO
Por: Abraão P Ferreira • 21/4/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 2.735 Palavras (11 Páginas) • 281 Visualizações
UNIVERSDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAS APLICADAS
CURSO DE DIREITO
ABRAÃO PEREIRA FERREIRA
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA LINGUA DE SINAIS NO BRASIL E NO MUNDO
UEMA
2019
ABRAÃ PEREIRA FERREIRA
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA LINGUA DE SINAIS NO BRASIL E NO MUNDO
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de libras, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
UEMA
2019
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA LINGUA DE SINAIS NO BRASIL E NO MUNDO
1 INTRODUÇÃO
É de suma importância buscar conhecimentos na historicidade existente na educação de surdos e mudos ao longo do tempo, como forma de compreender todos os elementos e variáveis que nos trouxe até esse momento. Compreender essa historia é observar sob iferentes prismas o legado construído por todos aqueles que de alguma forma cooperaram para o desenvolvimento educacional, e dessa maneira dotar o povo alvo desse trabalho não so de consciência mas de uma identidade própria. A partir dai desenvolvermos técnicas de desenvolvimento cada vez mais apuradas para o desenvolvimento dessa comunidade.
2 DIFERANÇA DE POVO SURDO PARA COMUNIDADE SURDA
Quando se fala de povo surdo se refere ao grupo de sujeitos que tem costumes, história, tradições e guardam similitudes em vários aspectos, ou seja , constrói sua visão de mundo de maneira uníssona. Enquanto que a comunidade surda se refere aos surdos e mudos e aos não surdos e mudos, dessa forma são aqueles que de alguma cooperam direta indiretamente para o desenvolvimento educacional e compartimentam dos mesmos interesses que aqueles.
2.1 UM POUCO DE HISTÓRIA
2.1.1 Antiguidade
Bíblia: E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente: e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. E tirando-o à parte de entre multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua. E levantando os olhos
ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te. E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente. E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lho proibia, tanto mais o divulgavam. E admirandose sobremaneira, diziam: Tudo faz bem: faz ouvir os surdos e falar os mudos. (Marcos, 7: 31-37)
Na Roma não perdoavam os surdos porque achavam que eram pessoas castigadas ou enfeitiçadas, a questão era resolvida por abandono ou com a eliminação física – jogavam os surdos em rio Tiger. Só se salvavam aqueles que do rio conseguiam sobreviver ou aqueles cujos pais os escondiam, mas era muito raro – e também faziam os surdos de escravos obrigando-os a
passar toda a vida dentro do moinho de trigo empurrando a manivela. Na Grecia, os surdos eram considerados inválidos e muito incômodo para a sociedade, por isto eram condenados à morte – lançados abaixo do topo de rochedos de Taygéte, nas águas de Barathere - e os sobreviventes viviam miseravelmente como escravos ou abandonados só. Para Egito e Pérsia, os surdos eram considerados como criaturas privilegiadas, enviados dos deuses, porque acreditavam que eles comunicavam em segredo com os deuses. Havia um forte sentimento humanitário e respeito, protegiam e tributavam aos surdos a adoração, no entanto, os surdos tinham vida inativa e não eram educados 500 a.C. O filósofo Hipócrates associou a clareza da palavra com a mobilidade da língua, mas nada falou sobre a audição 470 a.C. O filósofo heródoto classificava os surdos como “Seres castigados pelos deuses”. O filósofo grego Sócrates perguntou ao seu discípulo Hermógenes: “Suponha que nós não tenhamos voz ou língua, e
queiramos indicar objetos um ao outro. Não deveríamos nós, como os surdos-mudos, fazer sinais com as mãos, a cabeça e o resto do corpo?” Hermógenes respondeu: “Como poderia ser de outra maneira, Sócrates?” (Cratylus de Plato, discípulo e cronista, 368 a.C.).
2.1.2 Idade moderna
Na Espanha, Juan Pablo Bonet (1579-1623) iniciou a educação com outro membro surdo da família Velasco, Dom Luís, através de sinais, treinamento da fala e o uso de alfabeto dactilologia, teve tanto sucesso que foi nomeado pelo rei Henrique IV como “Marquês de Frenzo”. O Juan Pablo Bonet publicou o primeiro livro sobre a educação de surdos em que expunha o seu método oral, “Reduccion de las letras y arte para enseñar a hablar a losmudos” no ano de 1620 em Madrid, Espanha. Bonet defendia também o ensino precoce de alfabeto manual aos surdos. padre com a permissão do Papa. Ponce de Leon usava como metodologia a dactilologia, escrita e oralização. Mais tarde elecriou escola para professores de surdos. Porém ele não publicounada em sua vida e depois de sua morte o seu método caiu no esquecimento porque a tradição na época era de guardar segredos sobre os métodos de educação de surdos. Nesta época, só os surdos que conseguiam falar tinham direito à herança. Fray de Melchor Yebra, de Madrid, escreveu livro chamado “Refugium Infirmorum” ,que descreve e ilustra o alfabeto manual da época. 1613 Na Espanha, Juan Pablo Bonet (1579-1623) iniciou a educação com outro membro surdo da família Velasco, Dom Luís, através de sinais, treinamento da fala e o uso de alfabeto dactilologia, teve tanto sucesso que foi nomeado pelo rei Henrique IV como “Marquês de Frenzo”. Samuel Heinicke (1729-1790) o “Pai do Método Alemão” – Oralismo puro – iniciou as bases da filosofia oralista, onde um grande valor era atribuído somente à fala, em Alemanha. Samuel Heinicke publicou uma obra “Observações sobre os Mudos e sobre a Palavra”.
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