A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA FANTÁSTICA INFANTO-JUNEVIL EM COMPARAÇÃO A OBRA DE FRANZ KAFKA “NA COLÔNIA PENAL
Por: jullietre • 25/9/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 2.160 Palavras (9 Páginas) • 223 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA FANTÁSTICA INFANTO-JUNEVIL EM COMPARAÇÃO A OBRA DE FRANZ KAFKA “NA COLÔNIA PENAL” [1]
Maria Luíza Correia do Prado[2]
INTRODUÇÃO
Este ensaio acadêmico tem por finalidade apresentar inicialmente o que é a literatura fantástica, seus conceitos e características que as torna um tipo de literatura. Como também mostrar a importância da literatura infanto-juvenil pela Saga de Percy Jackson em comparação a literatura de Franz Kafka na obra “Na Colônia Penal” no qual teve grande importância para a literatura fantástica.
Inicialmente é mostrado o que é a esse gênero literário e seus subgêneros. Em seguida, o trabalho irá apresentar a vida e obra de Franz Kafka, qual foram as características desta obra e qual a sua importância para a literatura fantástica. Abordando principalmente o método torturante que essa leitura passa para o autor. Logo após, adentrando na Saga de Percy Jackson suas características enfatizando o seu valor principalmente para o público infanto-juvenil, onde através desta obra tem muitas vezes o seu primeiro contato com a leitura.
Com isso, concluindo com a comparação entre as duas obras, mas não deixando de colocar que ambas possuem características de um único gênero literário. Mostrando também o papel da Saga de Percy Jackson para o público alvo.
1 A LITERATURA FANTÁSTICA
A literatura fantástica é considerada um gênero que possui características da utilização de formas sobrenaturais, ou que não se encontra no mundo real como a magia, animais ou pessoas diferentes do contexto que já se é conhecido, usufruindo destes para realizar todo o decorrer da obra. A literatura fantástica inicialmente era algo religioso onde exemplificava o bem e o mal por deus e o diabo, porém há diversas opiniões acerca do surgimento do gênero fantástico. De acordo com Rodrigues (1988), a maioria dos estudiosos considera o nascimento do fantástico entre os séculos XVIII e XIX, tendo seu amadurecimento ocorrido no século XX.
Segundo Coalla ( 2000, p. 111), o fantástico atravessou diferentes fases durante os séculos onde no final do século XVIII e início do XIX, o gênero exigia a presença do sobrenatural, estando presentes monstros e fantasmas; no século XIX, passou a explorar o psicológico, inserindo nas narrativas a loucura, alucinações, pesadelos para mostrar a angústia no interior do sujeito; no século XX, o fantástico passou a criar incoerência entre elementos do cotidiano. Com isso, notando a evolução deste gênero ao decorrer do período.
Com isso, o gênero literário fantástico pode ser dividido em dois subgêneros: a alta fantasia e a baixa fantasia. A alta fantasia se define um mundo imaginário, criado pelo autor onde os personagens são épicos. Além de conter magias e criaturas mágicas, normalmente as histórias se resumem entre uma visão de bem de do mal. Porém já a baixa literatura apresenta os acontecimentos irracionais, mas em ambientes reais, onde a magia aparece em momentos específicos.
2 OBRA DE FRANZ KAFKA: NA COLONIA PENAL
Franz Kafka nasceu em 1883 e morreu em 1924 tem sua formação acadêmica em direito e foi um escritor de língua alemã. Suas obras destacam principalmente o vazio a solidão, muitas vezes apresentava conflitos entre pais e filhos sendo este um reflexo de sua vida, onde existia diversos problemas familiares. Esse gênero textual sombrio está presente no conto A Colônia Penal que foi publicado em 1919 e que vem mostrar a crueldade do sistema penal em um local.
O autor nesta obra vem a mostrar a relação que o homem possui com a tal máquina que era tão famosa naquela Colônia. O livro apresenta uma análise crítica sobre o processo penal e como ele interfere na vida do indivíduo. Os personagens do desta obra são elencados pela sua função: como o explorador que é o estrangeiro, oficial, soldado e o condenado, fazendo com que assim a obra possa se encaixar em qualquer contexto histórico. A história se passa em uma época colonial, onde o explorador visita e o oficial vai mostrar um aparelho que é considerado o orgulho do local.
e era utilizado na execução de pessoas sentenciadas. Pode-se observar ao decorrer do livro o quanto o oficial conhecia a máquina e qual era o seu devido valor para aquele local, devido a forma admirável que a autoridade falava sobre o aparelho. Deve- se compreender que uma colônia penal não é como presídios normais, mas são ilhas ou locais afastados para que haja um distanciamento da sociedade elementos que são considerados indesejáveis, que neste caso é um aparelho de execução de sentenças.
Adentrando na caracterização da máquina consiste em uma cama onde o condenado fica preso durante uma série de engrenagens que são calibradas e logo após por meio de um rastelo e de agulhas a sentença é escrita no seu corpo. O método de condenação era algo sem piedade onde não importava o crime e sim a pessoa que estava sendo condenada e tal pessoa não sabia nem qual era a sentença, no caso inicial, era de um soldado onde o explorador estava apenas observando tudo junto com o oficial. Desta forma, o aparelho não era somente uma forma de matar maneira rápida, era uma forma de tortura cruel e demorada chegando a ser 12 horas de tormento para com o condenado. Com isso, o explorador fica horrorizado com tais métodos para condenação.
Após isso o oficial adentra em uma conversa com o explorador para que o costume da utilização daquela máquina não acabe, o conto vai se discorrendo em uma conversa entre esses dois personagens, porém com todo o esforço do oficial as ideias entre ele e o explorador eram divergentes. Após isso, logo quando o condenado estava a receber sua sentença de morte, ao ser vencido pelo explorador o oficial percebe-se fraco e manda livrar o condenado, ao livra-lo ele mesmo se imola na máquina de execução, desta forma a máquina começa a desagregar peça por peça, enquanto as terminam de penetrar o oficial. Deixando claro desta forma que o próprio sistema o matou, por meio de seus meios cruéis e torturantes.
3 ANÁLISE: A RAINHA VERMELHA, VICTORIA AVEYARD
Primeiramente é necessário compreender quem foi Victoria Aveyard para depois adentrar-se na análise do seu livro. A autora nasceu em Massachusetts e frequentou a Universidade do Sul da Califórnia. Formou-se como roteirista e combina seu amor por história, explosões e heroínas fortes nas suas escritas. Assim sendo, escreveu vários livros norte-americano de infanto-juvenil, três deles compostos por uma saga onde A Rainha Vermelha é o primeiro livro da coleção seguido por Espada de Vidro, A Prisão do Rei e o último Tempestade de Guerra, onde a autora fecha essa saga.
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