A Língua das Mariposas

A língua das Mariposas. Direção de José Luis Cuerda. Espanha: Canal+       España,1999, Disponível em:<https://youtube/-FWpsPiXuTI> acesso em:14 de Maio 2021

Cíntia Millena da Silva

UEPB-CAMPUS VI- LETRAS ESPANHOL 

 

José Luís Cuerda Martínez, foi um produtor de cinema espanhol, roteirista e diretor. Nascido em 18 de fevereiro de 1947, na cidade de Albacete, Espanha. Quando criança, ingressou no seminário, onde permaneceu por três anos.  Deu inicio nos estudos acadêmicos, com o curso de Direito, abandonado,para atuar como técnico de radiofusão televisiva, depois de sua mudança para Madrid em 1962. Sete anos mais tarde, começou a trabalhar na TVE, onde colaborou na parte de notícias, em seguida, dirigiu programas culturais. Em 1977 estreou como diretor de ficção, com adaptações para a Televisa espanhola de El túnel, que teve como pilar -a obra romântica de Ernesto Sabato, entre outros trabalhos que realizou para a TVE. Já em 1982, fora da televisão, dirigiu seu primeiro longa-metragem para o cinema Pares y nones, colocando-o no campo dos diretores da chamada "comédia madrilena". Entre 1985 e 1989 trabalhou como professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Salamanca. Dirigiu filmes e novelas que ficaram na história, como: Amanece, que no es poco(1988);  Así en el cielo como en la tierra(1995); La lengua de las mariposas(1999), La educación de las hadas(2006); Los girasoles ciegos(2008); Todo es silencio(2012); La lengua de las mariposas(1999), entre tantos outros, que fez com que ele ganhasse vários prêmios como diretor, como melhor novela, melhor filme. José Luis Cuerda morreu em 04 de Fevereiro de 2020, aos 72 anos, no Hospital de la Princesa de Madrid. 

 Fonte:https://es.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Luis_Cuerda

 

Em La lengua de las mariposas pode observar-se uma clara diferença entre o início do filme e o seu fim, podendo-se estruturar o filme em duas partes muito diferentes, às quais cada uma tem alguns temas simbólicos e característicos, elementos, filmagens, cenas, correspondendo então, a oposta parte do filme. Sendo esta característica a que irá marcar toda a obra. As partes que apresentam o filme, são apoiadas pela narrativa, expressa através do tempo linear, desenvolvendo-se em três atos principais: o primeiro, ocupado pelo medo que apresenta Moncho para ir à escola; o segundo ato, invadido pela amizade que começa entre Don Gregorio e Moncho, coincidindo com a curiosidade e pesquisa do pequeno pela vida e correspondendo à última parte do filme, a eclosão da Guerra Civil. A história segue uma ordem linear na qual não há manipulações especiais da coordenada temporal. Moncho tem medo de ir à escola porque ouviu dizer que os professores batiam nos alunos; depois, don Gregorio e Moncho estabelecem uma amizade em que o rapaz mostra o seu despertar para a vida (medos, amor, etc.). Em tempos de guerra, o professor mudava seu comportamento, incomodando assim as pessoas que não tinham as mesmas ideias, por fim, enquanto o seu mentor está a morrer; finalmente, com o início da guerra, don Gregório é preso e a mãe de Moncho encoraja o rapaz a livrar-se do ódio e violência em que ele não tinha sido educado pelo seu professor.