A NEUROCIÊNCIA COGNITIVA

CAPÍTULO I

REFERENCIAL TEÓRICO

1. Alguns conceitos sobre a disciplina de ensino religioso

O Ensino religioso deve ser trabalhado dentro das instituições escolares como um sistema formal metodológico capaz de gerir nos educandos a plena consciência integral como um indivíduo contínuo de conhecimento. Todas essas questões morais e cidadãs devem advir dentro de uma sociedade justa e igualitárias, formadora contínua e processual, direcionando o corpo discente com atitudes de respeito e valorativas na execução de atividades críticas e reflexivas que a disciplina propõe dentro do ambiente escolar. (FRANCISCO FERNANDES GOMES E DIRLEY AFONSO SCHIER, 2015).

É de inteira importância que se faça relembrar em tempos passados e outrora que a disciplina de Ensino Religioso era visto como uma matéria em que se formava o cidadão para uma vida mais que estudantil, e sim para o lado voltado da religião propriamente dita. Esse tipo de concepção tornava o clima em sala de aula desafiador e tenso, uma vez que conclamava dentro de sala de aula todos os tipos de denominações religiosas existentes. Não tão obstante as discussões sobre que tipo de religião propiciava uma maior e melhor formação religiosa, que era o tema em sala de aula antigamente, havia por parte dos alunos uma rejeição da disciplina, sendo que as aulas eram de cunho obrigatório. (Angelita Correa de Oliveira, 2012).

A LDB é um documento que rege toda uma norma de educação no que se refere como deve ser ministrado e trabalhado de maneira adequada dentro de sala de aula a disciplina e que norteia alguns conceitos educacionais de que se trata da disciplina. Entre algumas delas pode-se citar o artigo 33 que menciona de que maneira a disciplina pode influenciar positivamente na formação do cidadão.

Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997).

Em concordância com as informações acima a respeito da importância que o ensino religioso produz na vida do aluno ou do cidadão de forma integral é de suma importância que possa salientar a relevância cidadã que a referida disciplina pode ocasionar na vida do educando se aplicada de maneira correta e com equidade dentro de sala de aula. Um dos fatores que requer uma atenção no que se diz respeito ao ensino religioso é que a mesma deve ser desenvolvida pelo professor no seio escolar como uma ensino voltado para a diversidade cultural religiosa do país, isto é, sem distinção de denominações ou grupos sociais, respeitando o espaço e a vez de cada aluno de forma integral e reflexiva.

Uma outra visão de acordo com os preceitos e ensinamentos de que se dispõe a disciplina dentro dos ambientes escolares é de que forma deve ser trabalhado os conceitos e assimilações no que se concerne a disciplina como um dos fatores que forma o aluno para a vida. É necessário que se conscientize os discentes durante as atividades que são concretizadas durante as aulas de ensino religioso que não se rotulem durante dinâmicas a despeito da disciplina ensinamentos no que se refere às normas ou regras de instituições religiosas particulares, favorecendo ou destacando doutrinas e vanglórias de denominações como a mais adequada como um grupo religioso mais adequado para uma formação cristã.

De acordo com Anísia de Figueiredo (1995), p.41:

“Ao ser qualificado como ‘religioso’ submete-se a uma área específica de atuação que tem como destinatário o sujeito, religioso ou não, que indaga sobre as razões de ser religioso dentro ou fora da religião, a partir de dentro ou de fora do grupo religioso, ou em não se ter religião alguma.” (FIGUEIREDO, 1995, p. 41-51).

Corrobora-se com as orientações de que se relaciona Figueiredo (1995) que em hipótese alguma o ensino religioso deve ser ministrado dentro de sala de aula como uma matéria ou disciplina que venha transformar o conhecimento que se é adquirido como forma de protagonizar ou destinar o indivíduo como um sujeito passivo religioso, uma vez que o objetivo não é formar o aluno para a vida cristã, mais para a diversidade cultural e multicultural existente com respeito à variedade de tradições.

O aluno dentro desse processo de aprendizagem deve ser um dos participantes ativo na compreensão e valorização das mais variadas culturas existentes, e esses valores devem ser empregados como direitos coletivos e individuais. (CLERA BARBOSA CUNHA, ET.AL, 2011).

Em um sistema de ensino onde a grande maioria das escolas públicas desenvolvem e aplicam o ensino religioso como uma maneira de preconizar atividades que são desenvolvidas como forma de absorção puramente religiosa se faz de inteira responsabilidade de educandos e gestão escolar devidas medidas no intuito maior de manter a sala de aula reconhecida como uma instituição laica e que respeite de todas as maneiras os dogmas culturais e religiosos diversificados e existentes no setor educacional de ensino. (FABIANA MARIA LOBO DA SILVA, 2015).

No entanto se tem demonstrado que a minoria dos docentes têm a preocupação de caracterizar dentro de sala de aula essa grande importância de que trabalhar a disciplina de maneira mais adequada é torna-la como um dos requisitos básicos no que se refere à laicidade de um país ou uma nação, isto é, devem ser desenvolvidos durante as aulas ministradas todas as estratégias com as devidas orientações de respeito e valorização da grande maioria de culturas religiosas existentes no contexto de educação, isso faz com que as práticas se tornem tolerantes em um seio de formação docente e discente.(TEREZINHA DE SOUZA PACHECO, 2013).

A laicidade de uma país está relacionado à intervenção do estado como um dos fatores de extrema importância democraticamente mencionando em todos os setores sociais e culturais, desse modo despertando uma consciência humana e civilizada em todos os conceitos no que se refere à uma maior atenção e credibilidade sobre o despertar dos alunos ao assimilar as mais diversas definições da disciplina durante os anos iniciais do ensino fundamental. (LUCIANA MEDEIROS LEITE, 2015).

Além de uma consciência devidamente civil de que o ensino religioso desperta uma consciência crítica é super importante que se destaque uma questão de tolerância e valores morais dentro de sala de aula a respeito da disciplina. Deve ser levado em consideração que o ensino religioso não pode ser assinalado como um sistema de obrigação em sala de aula. Uma vez citado que, por se tratar de um regime laico revela que a dita disciplina não pode ser ministrada como um espaço realizado de forma burocrática em sala de aula. (CARLOS ROBERTO JAMIL CURY, 2004).