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A Questão Dos Afrodescendentes

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Por:   •  1/10/2013  •  1.193 Palavras (5 Páginas)  •  724 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................3

DESENVOLVIMENTO.......................................................................................4

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................7 

INTRODUÇÃO

Em pleno século XXI, com a modernização e plena evolução tecnológica, a sociedade ainda se vê voltada para uma questão considerada polêmica: a afrodescendência. Com a população negra e parda representando a maioria no país: 50,7% (CENSO 2010), a população brasileira ainda apresenta distinção na qualidade de vida entre negros e brancos.

Este portfólio tem objetivo de demonstrar como a sociedade brasileira vem reagindo a violência decorrente da questão dos afrodescendentes, e apresentar propostas que visam conscientizar os cidadãos em busca do respeito mútuo e de uma sociedade mais condizente com seus valores evolucionários.

DESENVOLVIMENTO

A questão da identidade racial, desde uma perspectiva antropológica e sociológica é ainda uma polêmica e geradora de tensões, sobretudo no contexto de sociedades com marca da heterogeneidade cultural. Mais ainda, ao tratar da identidade negra, hoje, talvez o desafio maior seja incorporar, na sua construção, elementos positivos que vão além do reconhecimento das injustiças históricas cometidas contra a população negra e a denúncia do preconceito, das atitudes e das práticas discriminatórias.

Para compreender a raiz desse preconceito, é preciso entender as fontes históricas deste, que teve início com a escravidão no Brasil no século XVI, quando colonos portugueses começaram escravizando os índios, e diante da oposição dos religiosos, foram obrigados a trazerem negros para trabalhar nos engenhos de açúcar e nas minas de ouro. Em ambas as tarefas desempenhadas, os negros eram tratados de forma desumana, e eram tidos como mercadorias por seus comerciantes. Diante desse sofrimento ocorreriam revoltas em muitas fazendas e alguns escravos fugiam e formavam quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura.

Hoje, mais de um século após a abolição da escravidão com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel em 1888, ainda se vê muitos vestígios desse passado cruel. Analisando pesquisas de Taxas de homicídios entre negros e brancos, é possível observar a crescente diferença: no Brasil, em cada três assassinatos, dois são de negros. Em 2008, morreram 103% mais negros que brancos. Dez anos antes, essa diferença já existia, mas era de 20%.

Considerando ainda que, o próprio conceito de raça, como pressuposto de determinação biológica, graças aos mais recentes descobrimentos da genética, foi destituído do seu status de cientificidade e de neutralidade biológica, a identidade racial deve ser compreendida como uma categoria socialmente construída, e não como uma realidade biologicamente predeterminada.

Mencionado tais fatos, somos convidados a refletir o por que de ainda existir descriminação racial na sociedade. E os valores implementados no ambiente familiar vem como justificativa forte, mas não única, para tal problema.

A sociedade brasileira precisa eliminar preconceitos antigos, que de nada contribuem para o desenvolvimento social e econômico de nossa nação. É claramente notável e incomparável a melhora na situação de vida dos negros entre o século XVI e o século XXI, mas é possível melhorar cada vez mais.

A integração racial acontece a partir do momento em que a diferença na cor da pele não influi nas realizações do indivíduo como cidadão, começando ainda na escola. O indivíduo precisa crescer com a ideia fixa de que todos os cidadãos são iguais perante a lei e gozam dos mesmos direitos e possuem os mesmos deveres, para que não seja influenciado com idealizações errôneas. É extremamente importante essa concepção desde a infância, e essa conscientização faz-se por ação conjunta de pais e professores, assim, quando alcançar a idade adulta, o cidadão será capaz de reconhecer a igualdade entre todos e poderá contribuir para que o número de violências motivadas por racismo venha a cair.

É ainda visível que os negros possuem uma dificuldade de acesso às estruturas de poder, e esta pode ser considerada como outra justificativa para a existência da descriminação racial, já que a baixa representatividade da população negra nas esferas de poder leva ao círculo vicioso da falta de acesso a esses postos e também à dificuldade de evolução na escala social.

As práticas sociais existentes não colaboram com a mobilidade social ascendente da população negra, paradigmas antigos impõem que no Brasil há uma espécie de consenso de que as melhores posições devem ser ocupadas por um determinado grupo de cor e um determinado grupo de sexo, e que negros desempenham somente as funções inferiores. Quando uma pessoa de pele escura evolui na escala social, mais barreiras ele tem para desfrutar da condição conquistada.

Estudos acadêmicos qualitativos e quantitativos recentes, realizados por instituições de pesquisa respeitadíssimas como o IBGE e o IPEA, não deixam dúvidas sobre a gravidade gritante da exclusão

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