A Reinvenção de Cecília Meirelles
Por: Izabela Corrêa • 22/5/2023 • Trabalho acadêmico • 1.086 Palavras (5 Páginas) • 52 Visualizações
UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso de letras português e inglês
TRABALHO EM GRUPO – TG
IZABELA SILVESTRE CORRÊA RA 1534968
POLO
GUARAPARI
2016
IZABELA SILVESTRE CORRÊA
TRABALHO EM GRUPO - TG
Trabalho em grupo do curso de letras português e inglês a ser apresentado na Instituição Unip-Universidade Paulista localizada em Guarapari.
ORIENTADOR: Prof. Cielo Cestino
POLO
GUARAPARI
2016
- Introdução
Este trabalho tem como objetivo analisar um das obras da poetisa Cecília de Meireles, o poema “Reinvenção”.
- Cecília de Meireles
Cecília de Meireles é conhecida como uma das mais importantes poetisas da literatura brasileira. Apesar de ser considerada uma poetisa modernista, sua obra também possui influências do simbolismo, romântismo, parnasianismo e até mesmo do surrealismo. Também pode ser destacado que devido a sua fascinação pelas culturas orientais, também podemos ver esta influência em sua obra, principalmente quando a obra te como assunto, a vida. Ao analisar as obra de Cecília, pode se perceber que nela, a poetisa fala muito a respeito da vida, sobre o tempo, e também sobre a morte. A vida da autora foi marcada por muitas perdas e momentos de angústia o que foi motivo para muitos questionamentos. Esses questionamentos levaram Cecília a encontrar formas diferentes de lidar com a vida, o que é refletido em muitas de suas obras. Uma dessas Obras é o poema “Reinvenção.
- Reinvenção
A vida só é possível
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... ― mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço...
Só ― no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só ― na treva,
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Em “Reinvenção”, Cecília tenta entender a vida e tem como conlusão que esta deve ser reinventada.
Cecília começa o poema com uma conclusão: “a vida só é possível reinventada”. O Tema do poema e sua palavra-chave “vida” já são citados desde o início. A seguir, na segunda estrofe, a poetisa descreve uma bela paisagem: “Anda o sol pelas campinas/ e passeia a mão dourada/ pelas águas, pelas folhas...”. A paisagem pode refletir um lado positivo e sereno da vida. Porém, nos próximos versos, a poetisa revela o outro lado, o lado que destrói toda a serenidade refletida na anteriormente: “Ah! Tudo bolhas/ que vem de fundas piscinas/ de ilusionismo...- mais nada.” Nessa segunda parte da estrofe, é como se a autora quisesse comunicar que toda a tranquilidade refletida na primeira estrofe não se passasse de mero engano vindo da piscina de ilusões.
Na próxima estrofe, Cecília acrescenta: “Mas a vida, a vida, a vida/ a vida só é possível/ reinventada.” A palavra vida é repetida quatro vezes, dando assim, ênfase à vida e ao fato de que apesar das ilsões descritas na segunda estrofe, ela ainda pode ser reiventada.
Na quarta estrofe, Cecília começa, novamente com a descrição de algo positivo: “Vem a lua, vem, retira/ as algemas dos meus braços/ projeto-me por espaços/ cheios de tua figura” A poetisa relata sobre uma certa liberdade sentida por ela ao ter as algemas retiradas de seus braços. Porém, nos versos a seguir, outro aspecto negativo da vida é descrito: “Tudo mentira! Mentira/ da lua, na noite escura”. Nesses versos, a autora revela, novamente, mais um engano na vida. Porém, desta vez a culpa deste engano é atribuído à lua.
...