A Resenha Critica
Por: Marcsena • 25/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.035 Palavras (5 Páginas) • 135 Visualizações
FISCHER, Steven Roger Uma breve história da linguagem: Primatas Falantes Flávia Coimbra – Osasco, SP: Novo Século editora, 2009.
Marcella Fernandes Sena[1]
José Moreira Morais Neto2
- Os primatas falantes de Fischer Steven Roger com a tradução de Flávia Coimbra conta a história da evolução da fala dos primatas que é um grupo de mamíferos que compreende os popularmente chamados de macacos. Possui muitas características físicas semelhantes a dos humanos, como por exemplo: sistema de visão desenvolvido com dois olhos lateralmente, cérebro desenvolvido, face de tamanho pequeno, duas mamas, capacidade para ficar em pé, presença de cinco dedos nas mãos e nos pés e narinas posicionadas para frente. A fala como conhecemos hoje foi um processo de longa duração, iniciado com os primatas.
- Nossos ancestrais primatas possuíam os caminhos neurais necessários para variados modos de expressão comunicativa de tal modo a alcançar uma transmissão de informação adequada, porém, o cérebro humano é dois ou três vezes mais volumosos que qualquer outro existente de um primata. A linguagem local só surgiu no gênero Homo, o que acaba chamando bastante atenção para entendermos de fato como isso aconteceu. Entre cinco e sete milhões de anos os hominídeos se separaram das outras espécies de primatas. O gênero Australopithecus e o gênero Homo foram os quais obtiveram maior distinção. Mas o que fez com que eles evoluíssem foi o processo de adaptação que eles tiveram ao longo do tempo.
Os Australopithecus passaram a comer mais carnes, adotar uma postura ereta e desenvolver o bipedalismo, é importante salientar que foi esse processo que possibilitou maior habilidade para coletar comida e para caçar, eles se ajustaram mentalmente e fisicamente, permitindo a cooperação entre os bandos e a caça por longos períodos e maiores distâncias. Era inapto a mudanças ambientais, o que fez com que surgisse o gênero Homo habilis assim que o clima da África mudou. O habilis possuía atributos melhorados, membros mais longos e modernos, uma linguagem rudimentar, era incapaz de articular sons humanos, pois sua laringe ainda não havia evoluído, não fabricavam armas, mas construíam ferramentas de pedras simples e foi o primeiro a controlar o fogo.
Na ordem da evolução a ciência moderna reconhece três espécies do gênero Homo: os habilis, os erectus e os sapiens, porém apenas dois sobreviveram além da África, os erectus e os sapiens. O Homo erectus foi o primeiro hominídeo a deixar a África, era quase totalmente carnívoro, era magro, alto e mais esperto que os anteriores a eles, foram os primeiros hominídeos globalmente adaptados, eram inteligentes e organizados o suficiente para construir balsas e fazer coletas de bambus. O Homo erectus tornou-se capaz de expressar, sendo o primeiro passo para um pensamento simbológico, eles passaram por grandes mutações devido as Eras Glaciais o que provocou expressivamente mudanças em suas vocalizações. Isso aconteceu por consequência da dieta, mudanças climáticas, evolução da capacidade cerebral e das migrações. O modo como eles se expressavam através de símbolos, contribuiu para o desenvolvimento da linguagem vocal humana.
Quando o gelo concentrou mais ao norte da Europa, hominídeos troncudos de membros fortes e curtos surgiram: os Neandertais. Seu cérebro era maior que dos humanos modernos, sua língua indicava uma fala fluente e frequente, fabricavam ferramentas complexas e organizavam sociedades com elevado valor. Já praticavam atividades como enterros, prática de caça e luta. Existe a possibilidade de neanderthalensis e sapiens terem interagido o que provocou contaminação fonológica, devido às respectivas linguagens. Os sapiens extinguiram-se e substituíram os neandertais na Europa e Oriente Médio e os erectus no extremo Oriente através de competições e invasões. Os Homo sapiens praticavam arte, música e enterravam seus mortos com presentes, a fala articulada assim como o raciocínio simbológico estava sendo usados de todos os modos que conhecemos, e os hominídeos se tornaram além de “primatas falantes”, também “primatas Simbológicos".
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