ARTIGO REFLEJO CRÍTICO SOBRE A TEORIA DO LETRAMENTOR

FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL – POLO DE CAXIAS DO SUL/RS

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS

DISCIPLINA: TEORIAS DO LETRAMENTO

AUGUSTO BOUÇAS NASCIMENTO RA: 6787422267

FRANCIELE PESSOA DA Silva RA: 6580332923

RUBIA TATIANE GONÇALVES MACIEL RA- 1299533184

Atividade prática supervisionada a ser apresentada para avaliação na disciplina de Teorias do Letramento, sob a supervisão da Professora Tutora Andréia Michelon Gobbi.

ARTIGO CRÍTICO-REFLEXIVO SOBRE TEORIAS DO LETRAMENTO

Caxias do Sul/RS

Novembro de 2014

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem o objetivo de oferecer subsídios quanto a praticas de alfabetização e letramento que permeiam nossa sociedade, procura ainda discutir sobre as formas de alfabetizar letrado o que se tornou uma busca viável para o reconhecimento plena da escrita e da leitura, onde também procura oportunizar a leitura em seu cotidiano através da escola.

Veremos ainda várias definições para o conceito de letramento, como ela se desenvolveu desde década de 80 para cá e procurar ainda entender alguns de seus processos permeada com a alfabetização, já que estas andam de mãos dadas, embora assumindo cada qual o seu devido conceito dentro da sociedade.

O QUE É LETRAMENTO

Letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, ou seja, o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um individuo como consequência de ter-se apropriado da escrita.

O letramento é um tema que se torna relevante como passaporte para o pleno exercício da cidadania, e , consequentemente, da inclusão social. Contudo existem formas eficazes para alcançar esse letramento, é o uso de gêneros trabalhados em sala de aula.Segundo Silva(2008b), conhecer os gêneros do discurso é um imperativo se queremos efetivar praticas do letramento em nossa vida, uma vez que todo texto que lemos ou produzimos pertence a um determinado gênero.

Como conceituar letramento? O letramento é uma palavra ainda não dicionarizada, tendo chegado ao vocabulário da Educação e das Ciencias Línguisticas na metade dos anos 80. Trata-se de um estado ou condição em que o individuo sabe ler e escrever. É um tema que vem ganhando visibilidade no cenário educacional e mundial como sinônimo de desenvolvimento e aptidão linguística para muitos educadores.

O termo letramento parece ter sido utilizado pela primeira vez, no Brasil, por Mary Kato, na apresentação de sua obra “No mundo da escrita: Uma perspectiva psicolinguística, em 1986. Seu livro tem o objetivo de destacar quais aspectos de ordem psicolinguística estão envolvidas na aprendizagem da linguagem escolar de crianças. O termo letramento está relacionado à formação de cidadãos “funcionalmente letrados”, capazes de utilizar a linguagem escrita para sua necessidade individual do ponto de vista cognitivo e atendendo à demanda social da sociedade que prestigia a língua padrão:

“ ...a função da escola, na área da linguagem, é introduzir a criança no mundo da escrita, tornando-a um cidadão funcionalmente letrado, isto é, um sujeito capaz de fazer uso da linguagem escrita para sua necessidade individual de crescer cognitivamente e para atender as varias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de linguagem como instrumento de comunicação. Acredito ainda que a chamada norma-padrão ou língua falada culta, é consequência do letramento, motivo por que, indiretamente, é função da escola desenvolver no aluno o domínio da linguagem falada institucionalmente aceita.” (Kato, 1986, p.7).

Mary Kato parece associar o termo letramento ao domínio individual do uso da linguagem escrita. Associa ainda a habilidade de usar a língua na sua variedade culta, pois a norma-padrão seria “consequência do letramento” Podemos concluir então que letrado é aquele que domina essa variedade da língua.

Depois de Mary Kato, uma contribuição valiosa é trazida por Leda V.Tfouni “ Em adultos não alfabetizados: o avesso do avesso (1988)², no qual a autora apresenta o letramento centrado nas praticas sociais de leitura e escrita e nas mudanças geradas por essas praticas em uma sociedade, quando esta se torna letrada. Ao estudar a linguagem de adultos não alfabetizados , Tfouni situa o letramento no âmbito social, distinguindo-o da alfabetização, que se situaria no âmbito individual.

Tfouni reafirma a diferença entre alfabetização e letramento, destacando o caráter individual daquela e o social desta. Ela o toma como sendo as consequências sociais e históricas da introdução da escrita em uma determinada sociedade, enfatizando as “mudanças sociais e discursivas que ocorrem em uma sociedade quando ela se torna letrada”.

Angela Kleiman, Os significados de letramento: uma nova perspectiva sobre a pratica social da escrita considera que o letramento constitui-se de praticas de leitura e escrita, e analisa duas concepções dominantes de letramento, relacionando o termo com a situação de ensino e aprendizagem da língua escrita por parte de crianças, adolescentes e adultos.

Mas ha que destacar aqui o conceito de letramento atribuído por Magda Soares em letramento: Um tema em três gêneros (1998). A autora mantem o foco nas praticas sociais de leitura e de escrita e em algo além da alfabetização. Para Magda Soares, o letramento pode ser entendido como resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, ou seja, o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um individuo como consequência de ter-se apropriado da escrita. Para a autora é considerado letrado aquele individuo que usa socialmente a escrita e a leitura, que as pratica, respondendo as demandas sociais que elas implicam.

Todavia, letramento se distingue de alfabetização. Segundo o dicionário Aurelio Junior (2005), alfabetizado é aquele que sabe ler e a alfabetização é a ação de alfabetizar, de propagar o ensino da leitura. Já o dicionário Housaiss da L.Portuguesa (1949), alfabetizado é aquele que aprendeu a ler e a escrever e alfabetizado é o ato ou efeito de alfabetizar, de ensinar as primeiras letras. E