Analise as Relações Afetivas no Conto “Peru de Natal”, de Mário de Andrade, e "Vidas Secas"

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NOTA total: 14,0

Avaliação de Literatura 4

Tema: Modernismo Brasileiro

Nota: 20,0 pontos.

Realização: em trio (não é uma pessoa, nem duas, mas três ☺).

Obs.: se faltar aluno para compor trio, fazer uma dupla. Decidam entre vocês quem serão os trios e a única dupla.

Data de entrega: até 18/12/2020 (6ª feira). Local: no Moodle, em documento Word. Formatação do arquivo:

a) Fonte da resposta: Calibri ou Arial tamanho 11, cor azul. b) Espaçamento 1,15, texto justificado.

c) Respostas: de 5 a 10 linhas digitadas, sem contar os fragmentos utilizados para comprovar a resposta. d) Apenas um integrante da dupla deverá enviar o arquivo.

e) O nome completo de todos os alunos deve constar no arquivo. Revisem isso antes de enviá-lo. Utilizem este arquivo para responder.

Atenção: respostas iguais ou parafraseadas serão anuladas por motivo de plágio.

Parte I (10,0 pontos – 5,0 cada questão)[pic 12]

Leia as seguintes questões e os textos literários disponíveis no Moodle, e escolha 2 das 3 questões apresentadas para responder. Responda na cor azul.

Atenção: a análise solicitada não é resumo do que acontece na obra, mas uma leitura mais profunda do que está por trás dos textos, do que eles sugerem ou revelam.

1) Analise o tema do amor no poema “Porquinho-da-índia”, de Manuel Bandeira, e no conto “Vestida de Preto”, de Mário de Andrade. Faça uma comparação entre os dois textos para analisar a visão do amor do eu lírico (voz poética) e do narrador (voz narrativa). Destaque um fragmento que comprove sua resposta.[pic 13]

-------------------- Eu realmente não saberia responder essa, teria algo a ver com decepções amorosas?-------------------

Sim, tem a ver com o amor não correspondido :D

NOTA: 3,5

2) Analise as relações afetivas no conto “Peru de Natal”, de Mário de Andrade, em todas as suas instâncias: o amor romântico entre os pares e as relações afetivas entre os membros da família. Destaque um fragmento que comprove sua resposta.[pic 14]

As relações afetivas no conto são externalizadas principalmente pelo narrador, Juca, que comenta sobre suas relações e sentimentos. Nossa principal fonte de demonstração afetiva de Juca é por meio de seu convívio familiar com sua Mãe, Tia, Irmã e irmão, pessoas por quem Juca demonstra muito amor e carinho como visto no trecho: “[...] O amor familiar estava por tal forma incandescente em mim, que até era capaz de comer pouco, só pra que os outros quatro comessem demais.[...]", outra pessoa que desfruta do amor de Juca é Rose, sua namorada, que é citada e lembrada várias vezes pelo rapaz que ao final do conto vai encontrá-la; “[...] Rose, prometera me esperar com uma champanha. Pra poder sair, menti, falei que ia a uma festa de amigo[...]”. Apesar de todo amor pela família e namorada, Juca não possuía o mesmo afeto por seu falecido pai, a quem o filho nutria certo rancor, visto seu   desprezo   no   trecho   “[...]   Meu   pai   fora   de   um   bom  errado,  quase  dramático,  o  puro-sangue  dos

   desmancha-prazeres.  [...]”, no entanto ainda assim Juca demonstra um nível mínimo de amor pelo falecido pai, que         

passou a fazer falta no ambiente familiar, sendo sentido principalmente pela mãe de Juca que esteve de luto por muito tempo (Será? Não era bem um luto natural, mas uma obrigação de sentir o luto, um luto de “aparências”, ainda mais por ser do pai, figura imponente até depois da morte). Nosso narrador também não se dava bem com os parentes, afinal ele era dado como “doido”, mas o que realmente o incomodava era as vindas repentinas da parentada, que segundo ele não passavam de aproveitadores, como visto no trecho: “[...] uma imundície de parentes já preparados pela tradição, invadiam a casa por causa do peru, das empadinhas e dos doces.[...]”.

NOTA: 3,5

3) Analise a figura da mulher e a figura paterna no conto “Peru de Natal”, de Mário de Andrade, levando em consideração o contexto da época em que foi escrito. Destaque um fragmento que comprove sua resposta.[pic 15][pic 16]

Ao analisar o conto “Peru de Natal” torna-se perceptível uma relação machista por parte do pai, na qual a mãe sempre esteve subjugada às suas vontades, o que reflete muito o contexto da época, visto que as mulheres não haviam ocupado espaço e visibilidade na sociedade. Essa concepção da superioridade masculina é evidenciada no trecho: “[...]Minhas três mães já não sabiam da vida senão trabalhar[...]”, no qual a responsabilidade das mulheres era fazer todos os preparativos da ceia, enquanto o pai e a “parentada” ficavam livres a degustar tudo, sem nem se importar com as que deram estavam dando duro para preparar o banquete. Após a morte do pai, entretanto, a realidade da família muda completamente, que é concebida no trecho, “[...] − Mamãe, este é o da senhora! Não! não passe não! Foi quando ela não pôde mais com tanta comoção e principiou chorando [...]”, em que é descrito a emoção da mãe ao receber o “prato sublime”, referente ao primeiro pedaço do peru, que outrora era o pai quem consumia.

Faltou aprofundar a análise, chegando à hipocrisia que ronda a família aparentemente perfeita, além de perceberem o “secreto alívio” dos familiares com a morte da figura paterna.

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Parte II (10,0 pontos – 5,0 cada questão)

NOTA: 3,5

1) Leia o excerto a seguir da obra Vidas Secas (1938):[pic 17]

“Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos.”