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As Cartas de Soror Mariana Alcoforado

Por:   •  22/2/2019  •  Resenha  •  695 Palavras (3 Páginas)  •  300 Visualizações

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Cartas de Soror Mariana Alcoforado

Resumo:

Este trabalho tem irá abordar a seguinte obra: Cartas portuguesas de Soror Mariana Alcoforado, uma jovem que foi enclausurada em um convento como forma de preservação dos bens da família. Tornou-se freira e manteve em segredo um relacionamento com o francês Conde de Chamilly. Os componentes de escrita das cartas denominam que foram produzidas no período literário Barroco.

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Introdução

A temática a ser abordada nas cartas de Mariana é sobre um amor que viveu com um francês, o Conde de Chamilly, que devido à situação da época foi embora abandonando a moça no convento, passado algum tempo ela passou a perceber que ele não voltaria para buscá-la e com isso começou a escreveu as cartas, sempre esperançosa de início e concluindo com a certeza do abandono.

Em sua primeira carta Mariana mostra que recebeu uma resposta do Conde, mas suas palavras eram tão gélidas que conseguem demonstrar a desilusão sofrida pela moça, já que fora respondida sem nenhum tipo de afeição e que talvez não tenha sido apenas uma vez:

Ai de mim, a tua última carta pô-lo num estado singular: tanto me batia no peito que parecia querer separar-se de mim e voar ao teu encontro. Fiquei tão prostrada por estes desatinados embates que estive mais de três horas com os sentidos perdidos. Não me empenhava em voltar a uma vida, que por tua causa devo perder, pois me é vedado dispor dela para tu a lograres. Enfim, bem contra minha vontade lá tornarei a ver a luz do dia. Alegrava-me sentir que me finava de amor e, para mais, consolava-me não ficar sujeita a ver o coração despedaçado pela dor da tua ausência. (ALCOFORADO, p. 18, 1962).

Em seguida a jovem freira produz sua segunda carta totalmente insatisfeita por não obter respostas do seu amado, pois fica subentendido a vontade dele em responder ou não, marcando mais um indício que talvez o tenha realizado em algum momento:

Por que se acha ele melhor informado do que eu e por que não me tens escrito? Bem infortunada sou se depois que partiste ainda não tiveste ocasião para o fazer e, muito mais ainda, se tendo-a não te dispuseste a escrever. (ALCOFORADO, p. 20, 1962).

Em suas cinco cartas Alcoforado expõe sempre uma esperança que se despedaça ao final como em sua terceira carta a qual seu coração está confuso, pois deixa marcada a necessidade de demonstrar o amor que não consegue ser decifrado por palavras:

Não sei porque te escrevo. Vejo bem que só te mereço compaixão e não quero a tua compaixão. Desprezo-me a mim mesma quando considero em tudo o que te sacrifiquei. Perdi a reputação, provoquei as iras dos meus, os rigores das leis deste Reino para com as freiras e a tua ingratidão que me parece o pior de todos estes males. (ALCOFORADO, 1962, p. 30).

Agarrada apenas a este amor o discurso de Mariana é sempre voltado para a necessidade de confessar seus desejos e ansiedades devido ao pouco tempo que passou ao lado do seu amado, seguiu escrevendo sua quarta carta de igual modo as anteriores e já ciente da demonstração de desinteresse do Chamilly por não ter respondido, com isso termina o ciclo da relação entre eles informando que não mais o saberia como ela estava:

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