As Funções da Linguagem
Por: Victor Nogueira • 17/2/2017 • Trabalho acadêmico • 1.844 Palavras (8 Páginas) • 719 Visualizações
INSTITUTO MONITOR
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
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FUNÇÕES DA LINGUAGEM
BRUNO HENRIQUE DOS SANTOS OLIVEIRA
São Paulo - Fevereiro/2017
Sumário
INTRODUÇÃO 3
2. FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA 4
3. FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA 5
4. FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA 6
5. FUNÇÃO FÁTICA 7
6. FUNÇÃO POÉTICA 8
7. FUNÇÃO METALINGUÍSTICA 9
8. CONCLUSÃO 10
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta uma pesquisa de embasamento teórico das funções da linguagem na língua portuguesa. Sabe-se que tal linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer e o que faz.
Funções da linguagem é um assunto que abrange gramática e todo um processo de comunicação. Diferente do que muitos acreditam, comunicação acontece em tudo o que fazemos para nos expressar, além da fala e escrita, há o gesto, desenho, pintura, escultura, melodia ou grito. Nós, humanos não somos os únicos seres vivos que se comunicam, mas com certeza desenvolvemos como nenhum outro os processos comunicativos.
Diferentes mensagens veiculam significações das mais diversificadas, mostrando na sua marca e traço, o seu modo de funcionar. O funcionamento da mensagem ocorre tendo em vista a finalidade de transmitir — uma vez que participam do processo comunicacional: um emissor que envia a mensagem a um receptor, usando do código para efetuá-la; esta, por sua vez, refere-se a um contexto. A passagem da emissão para a recepção faz-se através do suporte físico que é o canal. Aí estão, portanto, os fatores que sustentam o modelo de comunicação: emissor, receptor, canal, código, referente, mensagem.
Para melhor entendimento, a multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas das quais iremos tratar: referencial, emotiva, conativa, fática, poética e metalinguística.
2. FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA
A função referencial é aquela organizada em função do referente, ou seja, a linguagem é construída em bases convencionais, elaborada em função de uma certa repetitividade das normas do código, produzindo informações definidas, claras, transparentes, sem ambiguidades. A mensagem procura apenas passar informações sobre o assunto tratado, comumente com uma linguagem mais objetiva e formal, para evitar desvios do referente e mal-entendidos.
Devido as suas características, normalmente, é utilizado em artigos científicos, textos jornalísticos (Figura 1), fotografias documentais e documentários que buscam a imparcialidade e evitam as expressões de emoções. [pic 2][pic 3]
O uso da função referencial da linguagem é uma das dominantes do discurso científico, onde a intenção é produzir uma informação teórica com a finalidade de transmitir conhecimentos acerca de seu objeto de estudos. O uso de signos para a História, para a Física, para a Filosofia implica um código cujo referente é específico para cada um desses campos. Isto é, a transmissão legível e denotativa dessas mensagens possui uma dimensão cognitiva, para aquisição do conhecimento. Daí que o uso da função referencial marca-se com o traço da 3ª pessoa do verbo, ou seja, de quem ou do que se fala.
3. FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA
Função utilizada quando o destaque da mensagem é o próprio emissor. Seu objetivo é fazer com que o receptor sinta o que ele próprio sente, ou seja, reflete o estado de ânimo do emissor, seus sentimentos e emoções. Os textos emotivos são caracterizados por uma linguagem subjetiva e bastante pessoal e neles é frequente o uso da primeira pessoa. A pontuação é extremamente particular, com muitos pontos de exclamação, interrogação e reticências. Pelo seu forte caráter subjetivo e pessoal, é bastante usada em músicas, editoriais de jornais, textos líricos, relatos sobre memórias e autobiografias.
Para exemplificar de uma forma mais clara, a Figura 2 mostra a letra da canção “Detalhes” do Roberto Carlos e Erasmo Carlos que apresenta alto teor emotivo. A mensagem organiza-se, centralmente, na posição do emissor, marcado pelo traço inicial do pronome em 1ª pessoa, ao mesmo tempo que envia suas lembranças, expressões e confissões a uma 2ª pessoa, aqui apontada pelo “você”, a amada.
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Figura 2 - Letra da música "Detalhes" Roberto Carlos e Erasmo Carlos
A função emotiva, portanto, tem seu auge no emissor que deixa transparente as intenções do seu dizer, marcando-se em 1ª pessoa; comparece também numa fala marcada pela interjeição e adjetivos, que apontam o ponto de vista do emissor, daquele que fala. A função emotiva implica, sempre, uma marca subjetiva de quem fala, no modo como fala.
As novelas, em sua maioria, traçam as ações das personagens na expressão dramática de sentimentos, afetos, emoções, cuja finalidade é comover o espectador. As pinturas, principalmente as expressionistas como as de Van Gogh, escorre interjeição emotiva tanto no traço angustiado, na cor forte, na deformação do objeto quanto no modo como esses elementos limitam-se, comprimidos, no espaço da tela e da moldura e/ou buscam libertar-se do espaço da tela (Figura 3).
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Figura 3 - Pintura expressionista "O Grito" de Van Gogh
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