Atividade Prática Supervisionada (ATPS)
Por: Gens • 10/6/2015 • Projeto de pesquisa • 3.537 Palavras (15 Páginas) • 220 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
FABIANA DA SILVA MORAES RA: 7309549712
FRANCISCO DÁCIO DE J. C. SILVA RA: 6790424144
GILMAR DOS SANTOS SILVA RA: 6942016271
IOLETE LEITE DE MENDONÇA RA: 7373579293
RAIMUNDA DE M. VASCONCELOS RA: 7305549314
Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Língua Brasileira de sinais”, sob orientação do professor-tutor presencial EAD: Luciana Santos
TAGUATINGA-DF,
17 de Novembro 2013.
Língua brasileira de sinais na prática docente
A história da surdez, em geral, é uma história de assistencialismo, em que se prefere aceitar a enfermidade do surdo ao invés de aceitar sua diferença. Por isso se ignorarmos a surdez e suas conseqüências para o individuo, seremos tão ou mais ignorantes que um homem instruído. Isso talvez se deva ao fato de não se ter pensado a surdez sob um ponto de vista além do paradigma médico. De fato, pode-se afirmar, atualmente, que o surdo não é simplesmente um sujeito que pode ouvir.
A diferença auditiva ou surdez é mais do que um diagnostico médico, é um fenômeno cultural, em que padrões sociais, emocionais, lingüísticos e culturais, assim como seus problemas, estão inextricavelmente ligados.
Durante muitos anos a surdez era responsável por fracassos acadêmicos e pelas dificuldades enfrentadas pelos surdos. É fato que a diminuição da audição produz uma redução na percepção de sons e dificulta a compreensão das palavras, ou seja, devido as próprias condições biológicas, a aquisição da língua oral exigirá o uso intensivo de procedimentos formais e sistemáticos para ser desenvolvida.
Os surdos como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e a fala podem ter ainda uma característica de cultura. Alguns fatores podem afetar o processo de aprendizagem de pessoas surdas, como por exemplo: o período em que os pais reconhecem a perda auditiva, o envolvimento dos pais na educação das crianças, os problemas físicos associados, os encaminhamentos feitos, o tipo de atendimento realizado, entre outros.
Embora os aspectos médico e familiar ampliem o universo de análise sobre o fenômeno, nos chama a atenção para necessidade de vê-los sob uma perspectiva sociocultural. O surdo difere do ouvinte, não porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psicoculturais próprias. Somos todos diferentes.
No Brasil os surdos desenvolvem a LIBRAS com influência da língua de sinais francesa, cada país, ou comunidade de surdos possui sua própria língua de sinais. Existem também os surdos que por escolha dos pais ou opção pessoal, preferem utilizar uma língua oral.
No Brasil existem pelo menos duas situações em que a lei confere ao surdo o direito ao intérprete de LIBRAS. Nos depoimentos e julgamentos de surdos (área penal); e no processo de inclusão de educando, no auxilio em classes de ensino regular (área educacional).
Por anos, muitas pessoas acham que os surdos não sabem praticamente nada, por não ouvirem. Há pais que superprotegem seus filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes. Outros encaram a língua de sinais como primitiva ou inferior à língua falada. Isso faz com que alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.
Todos sentem a necessidade de ser entendido. Aparentes inabilidades podem empanar as verdadeiras habilidades e criatividades do surdo. Em contraste, muitos surdos consideram-se capacitados. Comunicam-se fluentemente entre si, desenvolve outro estima e tem bom desempenho acadêmico, social e espiritual. Infelizmente os maus tratos que muitos surdos sofrem levam alguns deles a suspeitar dos ouvintes. Contudo, quando os ouvintes se interessam sinceramente em entender a cultura surda e a língua de sinais natural, e encaram os surdos como pessoas em comum, todos saem beneficiados.
Do ponto de vista médico a surdez e seus aspectos, em alguns casos são considerados como doença, que dependendo das condições da pessoa surda há cura, os cientistas e médicos estudam a surdez desde sempre, se dedicam em achar soluções para o problema, com muita dedicação e comprometimento, a partir daí percebe-se que, a surdez e tratada como um fator prejudicial na aprendizagem e na interação com pessoas da sociedade ouvinte.
Os surdos desenvolvem a LIBRAS que é adquirida por eles com muitas facilidades, é a forma mais utilizada por eles, porém, no entanto possui uma comunidade muita pequena, e por isso há muito pouco interprete de LIBRAS nas instituições e nos órgãos públicos.
A partir de suas vivencias visuais e suas experiências, os surdos tem a capacidade suficiente de conquistar seus interesses, que são múltiplos como o de qualquer outro cidadão e adquirir sua própria identidade. A surdez é considerada uma doença, e em alguns casos há cura, mas esse problema não é um obstáculo para os surdos, e sim é um incentivo para a busca do conhecimento e do desenvolvimento pessoal, social e profissional.
Os educadores e reabilitadores são profissionais que estão ligados diretamente no desenvolvimento da pessoa ou criança que está sob sua responsabilidade, visando no processo de aprendizagem dos mesmos.
A família tem um importante papel na educação dessas pessoas, e deve sempre
Incentivar e auxiliar em seu desenvolvimento, para preparar e ter capacidade de se achar na sociedade. A comunidade surda está espalhada pelo país, cada um com sua cultura e maneira de expressão. O sujeito daí tem por meio diversos a busca e a compreensão de um mundo enorme que é habitável e ao mesmo tempo, tem seu lado repreensivo por algumas pessoas que não aceitam o novo e não possuem uma visão de mundo aberto ao desconhecido, que pode sim levar a sociedade a aprender uma adaptação de percepções, e tornar uma cultura até então não muita conhecida, em uma cultura rica em valores humanos.
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