Atps Letramento E Alfabetização
Artigos Científicos: Atps Letramento E Alfabetização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: coalagordo • 6/9/2014 • 1.897 Palavras (8 Páginas) • 462 Visualizações
O Egito Antigo
Por Fabiana, Lívia, Janaína, Vinícius, Shaiane
As origens da civilização egípcia datam de 4.000 anos a.C. A população começou a se concentrar no vale do rio Nilo, formando as primeiras aldeias (nomos), que mais tarde evoluíram para prósperas cidades agrícolas e depois se uniram formando o Alto Egito (ao sul) e o Baixo Egito (ao norte). O Egito sempre dependeu do Nilo para sua formação e seu desenvolvimento. Seus habitantes travavam uma luta constante para controlar as inundações periódicas desse rio, graças ao qual obtinham também grandes colheitas. Por volta de 3200 a.C., o rei Menés (ou Narmer), do Alto Egito, conquistou as cidades do Baixo Egito, unificando todo o império. Floresceu então a cultura egípcia, que deixou como legado grandes invenções, como a moeda, o calendário agrícola, o arado, a escrita hieroglífica e a fabricação do papiro. Seu esplendor manifestou-se em gigantescos templos e pirâmides e revelou-se na filosofia, na arte e nas ciências.
O Rio Nilo
O Egito da Antigüidade dividia-se em duas terras: o Alto Egito, que corresponde ao sul do país, e Baixo Egito, a região do Delta do Nilo. Em cada porção o povo vivia de um modo distinto, até porque o clima entre norte e sul era diferente. Portanto, o tipo de produtos cultivados também diferia.
Ao logo da história egípcia, porém, o povo sempre falou a mesma língua, compar- tilhou uma mesma visão do mundo, uma mesma estrutura institucional, entre outras coisas. Eles cultivavam a idéia de superioridade perante outros povos e lutavam para manter seus costumes e valores.
A melhor explicação para a importância do rio Nilo para os egípcios está escrita no hino, desenvolvido por eles ainda na Antigüidade e também na célebre frase do filósofo e historiador grego Heródoto:
"Salve, ó Nilo! Ó tu que manifestaste sobre esta terra e vens em paz para dar vida ao Egito. Regas a terra em toda a parte, deus dos grãos, senhor dos peixes, criador do trigo, produtor da cevada... Ele traz as provisões deliciosas, cria todas as coisas boas, é o senhor das nutrições agradáveis e escolhidas. Ele produz a forragem para os animais, provê os sacrifícios para todos os deuses. Ele se apodera de dois países e os celeiros se enchem, os entrepostos regurgitam, os bens dos pobres se multiplicam; torna feliz cada um conforme seu desejo... Não se esculpem pedras nem estátuas em tua honra, nem se conhece o lugar onde ele está. Entretanto, governas como um rei cujos decretos estão estabelecidos pela terra inteira, por quem são bebidas as lágrimas de todos os olhos e que é pródigo de tuas bondades."
"O Egito é uma dádiva do Nilo."
Em síntese, pode-se dizer que a vida só se tornou possível nas terras do Egito por causa do grande rio Nilo. Anualmente, de junho a novembro, chovia nas nascentes deste, o que provocava inundações e o aumento do nível da água. Neste período as cheias arrastavam tudo que estivesse às margens e, consequentemente, impedia a agricultura.
No entanto, quando as águas voltavam ao nível normal, uma grossa camada de limo fertilizante (húmus) era deixada sobre a terra, propiciando o cultivo de todos os tipos de cereais, frutas e outras culturas. Desse modo, povos que antes foram nômades logo se fixaram no vale do Nilo, originando a próspera civilização egípcia
O Templo
Era uma construção monumental destinada ao culto dos deuses. Ali também prestavam-se homenagens aos faraós, destacando seu poder sobrenatural. Seu intuito era impressionar o povo e, assim, dominá-lo. Com suas muralhas, o templo separava o mundo celestial do mundo terreno, convertendo o faraó em intermediário entre o povo e os deuses. No templo, os valores religiosos e os administrativos eram unidos. Com o tempo, os sacerdotes adquiriram um grande destaque econômico e político.
Elementos Arquitetônicos
Nos templos egípcios havia um esquema básico sempre repetido: uma avenida externa de esfinges conduzia à porta principal. Depois desta, havia um grande pátio que dava acesso à sala hipostila. Vinha, então, a sala dos sacerdotes. Atrás de um segundo pátio localizava-se o santuário, onde ficava a imagem da divindade. A essa sala só tinham acesso o faraó e o sumo sacerdote. Uma muralha rodeava todo o conjunto, isolando-o do exterior.
Atividades
No templo, o faraó e os sacerdotes rendiam culto aos deuses. Para cuidar dos deuses, os sacerdotes varriam e lavavam o santuário. A imagem da divindade era retirada e a ela se ofereciam comida e roupas; depois disso, era recolocada no lugar. Além disso, o templo era uma grande unidade econômica: controlava a atividade econômica da cidade, mobilizando grande número de funcionários e outros trabalhadores. Em seu interior, havia escolas, oficinas e armazéns.
A Mumificação
A preocupação com a vida após a morte constitui característica essencial da cultura egípcia antiga, e refletiu-se na adoção de práticas funerárias bastante incomuns, como a mumificação - tida como a garantia da existência eterna. Conforme demonstram claramente muitos registros, os antigos egípcios sabiam que o corpo físico jamais iria renascer. Mas as partes etéreas que formavam um ser humano, como o Ká - comumente traduzido por “espírito” - precisavam se identificar por completo com o corpo ao qual pertenciam. Logo, este deveria ser preservado. A destruição do corpo acarretava a destruição das partes espirituais e, consequentemente, a perda da vida eterna. O costume foi relacionado ao culto do deus Osíris, a divindade mais popular nos tempos faraônicos, senhor do além-túmulo.
As múmias mais antigas datam do Período Pré-Dinastico, anterior a 3000 a.C.: tratam-se na verdade de corpos preservados naturalmente na areia quente e seca do deserto onde eram sepultados. A idéia de se conservar os corpos dos mortos passou a fazer parte das crenças religiosas, e então, já nas primeiras dinastias (2920-2649 a.C.) buscava-se um método artificial de preservação, porém ainda ineficaz. No Antigo Reino (2649-2152 a.C.) e no Médio Reino (2040-1783 a.C.) aprimoraram-se as técnicas. O processo mais avançado, resultando em melhor preservação, foi atingido no final do Novo Reino (1550-1070 a.C.) e durante a 21ª dinastia (1070-945 a.C.; início do chamado Terceiro Período
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