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BOSI, Alfredo. Plural, mas não caótico.

Por:   •  25/5/2017  •  Resenha  •  780 Palavras (4 Páginas)  •  1.443 Visualizações

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Alfredo Bosi (São Paulo - 1936). Crítico e historiador literário, ensaísta e professor. Realiza seus estudos em colégios públicos e, em 1955, ingressa no curso de letras neolatinas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo - FFCL/USP. Forma-se em 1960. E o principal objeto de seus estudos é a literatura brasileira, e se faz presente em duas obras suas: O Pré-Modernismo e a História Concisa da Literatura Brasileira.

Em seu texto Bosi fala sobre a cultura, especificamente, no Brasil. E logo no início ele alega que “não existe uma cultura de massa brasileira homogênea, matriz dos nossos comportamentos e discursos, mas sim o resultado de um processo de múltiplas interações e oposições no tempo e no espaço”.

O que existe é uma mistura de culturas antigas, como por exemplo: ibérica, indígena e africana, percebe-se também a presença de uma cultura norte-americana, esta desde a Segunda Guerra Mundial. Atualmente esta mistura ainda existe, e torna-se possível com os migrantes externos (italianos, japoneses, alemães...) e internos (gaúchos, paulista, nordestino...)

A existência de uma cultura de massa (cultura indústria) é obvia, e a mesma se encontra, algumas vezes, nas culturas de classes sociais e na erudita. E é isso que será explicado nesse texto, o qual é dividido em três partes.

Primeiramente o autor aborda o tema da cultura de massa ou cultura industrial, que segundo ele “acerta o passo com a produção e o mercado próprio de uma sociedade capitalista de feições internacionais”, ou seja, o objetivo é transformar a cultura em consumo, criar modismos e tendências para vender.

A imprensa é uma grande aliada dessa cultura e é possível dizer que ela usa do “enlatado” (aquilo que já vem pronto) para transmitir notícias e/ou tendências, as quais geralmente vêm de fora. Essa representação deve durar pouco, ou seja, dura até o momento que agrada a população, a partir do momento que a mesma se cansa de algo e surge o novo para substituir. E assim forma-se uma espécie de ciclo contínuo.

A cultura de massa já é colonizadora nos seus processos e nos centros de origem: ela invade, ocupa e administra o tempo do relógio e o tempo interior do cidadão, pouco lhe importando as fronteiras nacionais. (BOSI, 2002,p.10)

Certamente o sujeito guardará somente o que sua própria cultura vivida lhe permitir filtrar e avaliar. Entretanto essa seleção só se torna possível se o sujeito desfrutar de outros ritmos que não a indústria de signos.

E qual seria essa “outra cultura”, capaz de resistir às baterias da civilização de massa, escolhendo e reinterpretando só o material que enriquece seu campo de significação? É isso que o autor procura explicar na segunda parte do texto.

O autor mostra que a resposta bifurca-se, tendo de um lado a cultura da classe dos pobres e a outra a cultura erudita moderna. Ambas guardam, em si, a capacidade de uma resistência, sendo essa intencional, ou não. E o que seria essa resistência? Bosi explica da seguinte forma: “história interna específica; ritmo próprio; modo peculiar de existir no tempo histórico e no tempo subjetivo”.

Certamente nenhuma dessas culturas constrói-se em um regime de produção em série e com linhas ou montagens e horários regulados mecanicamente. Cada qual se adapta de sua forma, aos seus costumes e

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