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Como é a linguagem literária na modernidade?

Por:   •  17/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  1.860 Visualizações

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TRABALHO DE PORTUGUÊS

Nomes: Letícia;

Números: 25;

Professora: Ana Cláudia.

3º ano B

E E PADRE CHICO

  • COMO É A LINGUAGEM LITERÁRIA NA MODERNIDADE?

A Linguagem modernista, representada a partir do Modernismo, é despretensiosa, ou seja, despreocupada com os padrões formais, posto que muitos escritores pertencentes ao início do movimento romperam com a sintaxe, a metrificação e as rimas. Sendo assim, eles se aproximaram da linguagem coloquial, subjetiva, original, crítica, sarcástica e irônica.

A linguagem de hoje procura usar palavras simples e objetivas, em que até pessoas com baixíssimo nível de estudo compreendam o conteúdo. Nela também se apresenta um anticonvencionalismo temático, com uma inovação de conteúdos presentes. Além disso, há uma forte aproximação com a fala, a oralidade, geralmente visando falar sobre a realidade exatamente como ela é de maneira nua e crua.

Do amoroso esquecimento

Eu agora — que desfecho!
Já nem penso mais em ti…
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana

  • Essa pequena obra de Mario Quintana denota a dificuldade em esquecer quem se ama, mesmo depois do fim. Quanto mais você tenta não pensar, mais você lembra.
  • Apresenta forte antítese (lembrar/ esqueci), tal como o retorno a forma poética (marcada pela Geração de 45- nesse caso, a rima), juntamente ao estilo telegráfico (frases curtas e sincopadas), mas principalmente uma temática social e humana, explorando os sentidos, o sentimento de cada um, trazendo nesse caso o amor não correspondido, a dor causada por ele.

Mário Quintana foi um importante poeta, tradutor e jornalista gaúcho. Suas obras são marcadas por uma

rede de sentidos, elipses, alusões, sutilezas verbais e rítmicas. Estreou na literatura em 1940 com o livro “A

Rua dos Cataventos”, sendo um dos principais autores da 3ª Geração do Modernismo.

  • OBRAS MODERNISTAS

Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

Oswald de Andrade

  • Essa pequena obra começa com um título com duplo sentido, podendo ser um erro de português (gramatical) ou um erro de português (Portugal).  Nesse caso, o erro foi do português que, ao chegar ao Brasil, vestiu o índio com sua cultura, religião e preceitos, quando na verdade, ele quem deveria despir-se de seus valores e unir-se a eles, pois eram eles os estrangeiros.
  • Apresenta uma forte posição nacionalista, buscando as origens da realidade brasileira, mas sem perder sua visão crítica, sendo a principal característica da 1ª fase do Modernismo. Traz uma renovação da linguagem com a utilização do verso livre, marcado pelo quase abandono das formas fixas, como o soneto, incorporação da linguagem coloquial, ausência de pontuação, expressão de cenas simultâneas, etc. Mostra também a duplicidade de sentidos, a utilização da antítese e a ironia como forma de se expressar perante a insatisfação com algo, mesmo que no passado.

Oswald de Andrade foi um dos principais escritores e dramaturgos brasileiros. Suas obras são marcadas por

seu espírito irreverente, polêmico, irônico e combativo. Representa uma das principais lideranças no processo

de implantação e definição da literatura modernista no Brasil, fazendo parte da 1ª Geração do Modernismo.

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