Como é a linguagem literária na modernidade?
Por: Letícia Santos • 17/6/2016 • Trabalho acadêmico • 495 Palavras (2 Páginas) • 1.859 Visualizações
TRABALHO DE PORTUGUÊS
Nomes: Letícia;
Números: 25;
Professora: Ana Cláudia.
3º ano B
E E PADRE CHICO
- COMO É A LINGUAGEM LITERÁRIA NA MODERNIDADE?
A Linguagem modernista, representada a partir do Modernismo, é despretensiosa, ou seja, despreocupada com os padrões formais, posto que muitos escritores pertencentes ao início do movimento romperam com a sintaxe, a metrificação e as rimas. Sendo assim, eles se aproximaram da linguagem coloquial, subjetiva, original, crítica, sarcástica e irônica.
A linguagem de hoje procura usar palavras simples e objetivas, em que até pessoas com baixíssimo nível de estudo compreendam o conteúdo. Nela também se apresenta um anticonvencionalismo temático, com uma inovação de conteúdos presentes. Além disso, há uma forte aproximação com a fala, a oralidade, geralmente visando falar sobre a realidade exatamente como ela é de maneira nua e crua.
Do amoroso esquecimento
Eu agora — que desfecho!
Já nem penso mais em ti…
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Mario Quintana
- Essa pequena obra de Mario Quintana denota a dificuldade em esquecer quem se ama, mesmo depois do fim. Quanto mais você tenta não pensar, mais você lembra.
- Apresenta forte antítese (lembrar/ esqueci), tal como o retorno a forma poética (marcada pela Geração de 45- nesse caso, a rima), juntamente ao estilo telegráfico (frases curtas e sincopadas), mas principalmente uma temática social e humana, explorando os sentidos, o sentimento de cada um, trazendo nesse caso o amor não correspondido, a dor causada por ele.
Mário Quintana foi um importante poeta, tradutor e jornalista gaúcho. Suas obras são marcadas por uma rede de sentidos, elipses, alusões, sutilezas verbais e rítmicas. Estreou na literatura em 1940 com o livro “A Rua dos Cataventos”, sendo um dos principais autores da 3ª Geração do Modernismo. |
- OBRAS MODERNISTAS
Erro de português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
Oswald de Andrade
- Essa pequena obra começa com um título com duplo sentido, podendo ser um erro de português (gramatical) ou um erro de português (Portugal). Nesse caso, o erro foi do português que, ao chegar ao Brasil, vestiu o índio com sua cultura, religião e preceitos, quando na verdade, ele quem deveria despir-se de seus valores e unir-se a eles, pois eram eles os estrangeiros.
- Apresenta uma forte posição nacionalista, buscando as origens da realidade brasileira, mas sem perder sua visão crítica, sendo a principal característica da 1ª fase do Modernismo. Traz uma renovação da linguagem com a utilização do verso livre, marcado pelo quase abandono das formas fixas, como o soneto, incorporação da linguagem coloquial, ausência de pontuação, expressão de cenas simultâneas, etc. Mostra também a duplicidade de sentidos, a utilização da antítese e a ironia como forma de se expressar perante a insatisfação com algo, mesmo que no passado.
Oswald de Andrade foi um dos principais escritores e dramaturgos brasileiros. Suas obras são marcadas por seu espírito irreverente, polêmico, irônico e combativo. Representa uma das principais lideranças no processo de implantação e definição da literatura modernista no Brasil, fazendo parte da 1ª Geração do Modernismo. |
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