Complexidade e metodologia de projetos-melhorando a prática docente em cursos de graduação tecnológica
Por: Dieyson Soares • 17/6/2016 • Trabalho acadêmico • 69.465 Palavras (278 Páginas) • 373 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CURRÍCULO
COMPLEXIDADE E METODOLOGIA DE PROJETOS: MELHORANDO A PRÁTICA DOCENTE EM CURSOS DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA
Doutorando: Fernando Leme do Prado Orientadora: Profa. Dra. Maria Candida Moraes
SÃO PAULO 2007
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CURRÍCULO
COMPLEXIDADE E METODOLOGIA DE PROJETOS: MELHORANDO A PRÁTICA DOCENTE EM CURSOS DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA
Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Educação, sob orientação da Professora Dra. Maria Candida Moraes.
SÃO PAULO 2007
BANCA EXAMINADORA
[pic 1]
Profa. Dra. Maria Candida Moraes
[pic 2]
Prof. Dr. Eduardo O. C. Chaves
[pic 3]
Profa. Dra. Ivani Fazenda
[pic 4]
Profa. Dra. Maria Inês Fini
[pic 5]
Profa. Dra. Marina G. Feldmnn
O conhecimento não decorre da experimentação, mas da comparação entre o que se observa e o que se imagina (Albert Einstein).
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para a construção deste trabalho. Assim o faço, pois sei que cada um tem consciência do seu grau de importância e, também, a grandeza necessária para entender este gesto.
SUMÁRIO
- APRESENTAÇÃO 12
- INTRODUÇÃO 22
- Contextualizando o Problema 23
- Ciência, técnica e tecnologia 23
- Os cursos tecnológicos 24
- Relação com o contexto 25
- As relações ensino-aprendizagem 27
- A Metodogia de Projetos 29
- Recorte da Metodologia 31
- Desenvolvimento da pesquisa 33
- O Problema 36
- Pressupostos 36
- Objetivos da Pesquisa 37
- Relevância da Pesquisa 37
- Fundamentação Teórica 38
- Descrição dos Capítulos 39
- REFERENCIAL TEÓRICO 41
- Ciência 41
- A Técnica 46
- A Tecnologia 50
- O que é Tecnologia? 52
- Crise dos Paradigmas e as Novas Tecnologias 53
- Como ocorre a mudança de paradigma 53
- As Novas Tecnologias (NTICs) 63
- As NTICs e a centralidade dos computadores 67
- A Sociedade do Conhecimento 73
- Paradigmas, Pós-Moderno ou Pós-Modernidade 76
- O Sistema Produtivo - Do Fordismo ao Toyotismo 79
- O Novo Mundo do Trabalho 83
- Visão Sistêmica e Sociedade Aprendente 86
- A Teoria Geral de Sistemas (TGS) 88
- As bases da TGS 88
- Parâmetros sistêmicos 96
- O Paradigma Eco-Sistêmico 102
- Autopoiese e Enação 103
- Retomando o paradigma eco-sistêmico 105
- A Sociedade Aprendente 108
- Organizações aprendentes 109
- Conceito de Sociedade Aprendente 111
- A Teoria da Complexidade 114
- A Pesquisa-Ação 117
- Origens 117
- Principais características da pesquisa-ação 120
- CONTEXTUALIZAÇÃO 123
- Educação Tecnológica 123
- A Educação Profissional no Brasil 131
- Breve Histórico da Educação Profissional no Brasil 132
- Os Cursos Tecnológicos – Legislação e Características 141
- Catálogo Nacional de Cursos e Eixos Tecnológicos 151
- Diferenças entre os Tecnológicos e as outras Graduações 153
- Relações com o Mundo do Trabalho 155
- Metodologia de Projetos 156
- Inter e Transdisciplinaridade 159
- Breve Histórico da Faculdade de Tecnologia Professor Luiz Rosa 161
- Perfil dos alunos 162
- METODOLOGIA DE PROJETOS: DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA. 171
- Contexto e Atores 174
- A Pesquisa-Ação na Metodogia de Projetos 176
- Fases dos Projetos 178
- Fase 1 - Projetos Interdisciplinares 180
- Fase 2 - Projetos Integradores 186
- Fase 3 – Escritório de Projetos Integradores 200
- CONSIDERAÇÕES FINAIS 205
- BIBLIOGRAFIA 226
- Obras 226
- Legislação 232
RESUMO
Este trabalho enfoca a metodologia de projetos e, mais especificamente, os projetos integradores praticados pela Faculdade de Tecnologia Professor Luiz Rosa, Jundiaí, Estado de São Paulo, com a finalidade de reflexionar sobre as práticas docentes levadas a efeito nos cursos de graduação tecnológica ali oferecidos à luz dos princípios norteadores da pesquisa-ação, em uma de suas variantes, conhecida como Investigación-Acción (Carr e Kemmis,1988; MacTaggart, 1988; e Latorre 2003), cujas estratégias não cartesianas são mais adequadas à aplicação em sistemas não lineares. Partindo da indagação de quais práticas pedagógicas seriam mais apropriadas aos cursos tecnológicos oferecidos pela instituição face às habilidades e competências hoje requeridas pelos sistemas social e produtivo, considero que a análise dos procedimentos dos atores envolvidos nos projetos, ou seja, de alunos, coordenadores e professores de diferentes áreas e disciplinas, quando orientados por referenciais abertos à incerteza, pode desvelar princípios de uma metodologia complexa capaz de se aplicar a quaisquer cursos tecnológicos com bons resultados. O estudo se embasou nos instrumentais da pesquisa-ação e nos pressupostos teóricos da Teoria Geral de Sistemas (Bunge e Vieira), paradigma eco-sistêmico (Moraes) e pensamento complexo (Morin). A pesquisa até aqui mostra que a metodologia de projetos evoluiu de projetos interdisciplinares, em uma primeira etapa, para projetos integradores, em uma segunda etapa e, atualmente, para uma instância ainda em construção denominada escritório de projetos integradores, que caracterizaria uma terceira etapa da pesquisa-ação, demonstrando ter havido até a presente data um significativo aumento da organização e complexidade, seja da instituição ofertante, seja da metodologia, quando e se considerados sistemas não lineares abertos.
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