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DESAFIO PROFISSIONAL ANHANGUERA LETRAS

Por:   •  18/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.945 Palavras (16 Páginas)  •  1.338 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

POLO PENHA

CURSO LETRAS

Disciplinas norteadoras:

Literatura Brasileira, Literaturas de Língua Inglesa, Competências Profissionais, Língua Inglesa IV, Educação de Jovens e Adultos, Semântica.

MARCELLE DA ROCHA PRIBUL LOJA RA:8978167358

PROJETO INTERDISPLINAR PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - PROJETO MARCAS QUE FICAM

NOME DA TUTORA: Glaucinei Dutra Galvão

RIO DE JANEIRO/RJ

2016

1. Apresentação:

Dentre os muitos desafios que têm se apresentado às práticas e às políticas da Educação Básica brasileira, destaca-se o desafio da prática pedagógica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Há décadas, buscam-se métodos e práticas educativas adequadas à realidade cultural e ao nível de subjetividade das pessoas jovens e adultas. A EJA deve priorizar o conhecimento num viés interdisciplinar, a fim de compreender a interdisciplinaridade presente na integração de conteúdos, na valorização de todas as práticas e conhecimentos. As áreas do conhecimento produzem-se interdisciplinarmente, não de forma fragmentada. O Projeto Interdisciplinar desenvolvido a seguir visa à construção de um planejamento como possibilidade de transformar ideias em ação, sendo o Projeto Didático um recurso na organização de um ensino voltado aos interesses dos jovens e adultos e em diálogo com a sua realidade social e cultural. Seus objetivos apontavam para oportunizar um ambiente de estudo, discussões e sistematizações para a construção de conhecimentos das dimensões epistemológicas da prática educativa, além de oferecer subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento da competência de planejamento na EJA através da elaboração de uma análise crítico reflexiva de um Projeto Didático da EJA. O projeto apoiou-se numa postura construtiva que visa uma aprendizagem significativa, investigativa e reflexiva relacionada aos contextos teóricos e práticos da EJA, abordando como conteúdo: as dimensões epistemológicas da prática educativa; a interdisciplinaridade como princípio da ação docente; o planejamento na EJA; o projeto didático como planejamento; e, o roteiro para elaboração de um Projeto Didático. O Projeto Marcas que identificam visa o resgate da identidade dos educandos, para conhecê-los e possibilitar inter-relação dos colegas além de partir do contexto oral, para a retirada de temas e palavras geradoras para escrita-leitura, postura defendida por Paulo Freire que muito contribuiu para as práticas voltadas para a Educação de Jovens e Adultos. A educação, como qualquer outra produção histórico-social reflete representações e valores de um determinado grupo, isto é, reflete ideologia.

O ponto inicial para a construção do projeto partiu do estudo e análise da realidade. A análise da realidade foi organizada partindo de uma situação global, passando pelo conhecimento da comunidade, chegando ao contexto da sala de aula e dos saberes prévios dos alunos dentro da realidade da comunidade.

2. Justificativa:

A iniciativa desse projeto surgiu da necessidade de entender diferentes concepções de educação. E partindo do pressuposto de que entender não significa apenas conhecer o que diferentes filósofos e pensadores escrevem a respeito, tudo vai mais além, significa também a possibilidade de melhor compreender nossa prática educativa e, consequentemente, de poder transformá-la. Se acreditarmos que a educação tem um papel importante no processo de humanização das relações entre os homens e no processo de transformação da realidade social, é preciso apontar suas responsabilidades: a educação pode servir de instrumento tanto de libertação quanto de domesticação do homem. A educação, como qualquer outra produção histórico-social reflete representações e valores de um determinado grupo, isto é, reflete ideologia. Qualquer representação de uma pessoa elabora sobre si mesma, sobre os homens, sobre a sociedade, sobre tudo que exprime valores como certo/errado, bom/mau, verdadeiro/falso, revela a sua inserção como indivíduo em um grupo que possui uma determinada ideologia. É necessário detectar as contradições entre essas representações do grupo e a história de vida e de produção de cada um para que o indivíduo se torne consciente de si e de seu papel social. Precisamos conhecer a ideologia inerente a cada concepção de educação para que possamos optar por aquela que seja coerente com nossa visão de homem e de mundo e com nosso papel social. Na concepção dialética percebe-se o mundo como uma realidade em contínua transformação. Em tudo que existe há contradição interna e é a partir dela que se dá o movimento que transforma os termos contrários em um terceiro, que supera o estar/sendo anterior. A educação dialógica pressupõe um homem histórico, compromissado com as tarefas de seu tempo e com as transformações sociais, parindo da problematização da prática, onde se detecta as necessidades pela teorização dessa prática, onde se busca refletir e conhecer melhor o tema problematizado para depois retornar a prática, a fim de transformá-la.

Portanto, na educação dialética o educador é o mediador do diálogo do aluno com o conhecimento, nega o autoritarismo e o espontaneísmo, busca regatar o lúdico, o prazer do estudo, sem, contudo, reduzir a aprendizagem ao que é apenas prazeroso em si mesmo.

O NOME dos alunos pode ser um centro de interesse ricamente explorado pelo alfabetizador. Além do aspecto cognitivo, relacionado à compreensão do sistema da escrita alfabética, o nome próprio possui um aspecto afetivo-social para o alfabetizando. O nome próprio não é apenas mais uma palavra no vocabulário, é antes de tudo, um reforçador da individualização e da identidade do aluno como pessoa, algo bastante significativo para ele e para toda a sociedade.  Devemos enxergar a Educação para além dos conteúdos conceituais e assumirmos que a escola também é espaço para desenvolver outros aprendizados, como a tolerância e a convivência, tratando-as como conteúdos a serem trabalhados em grupo. Isso não deve ser feito de maneira acadêmica, expositiva, com o professor explicando o que significa convivência, mas com os estudantes, de fato, convivendo. A justificativa central desse projeto interdisciplinar resulta no pensamento do grande Paulo Freire (2009) que afirma, que o respeito à autonomia do educando é um imperativo ético, em que deve ser respeitado pelo educador, dando visibilidade aos conhecimentos prévios e aos saberes construídos pelo educando. E, adentra aos estudos dos diversos saberes docentes que envolvem a prática educativa, defendendo que “a reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo”.(FREIRE, 2011, p. 22).

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