Durkheim

1/2) Durkheim estruturou a ciência sociológica na França e dedicou sua carreira ao desenvolvimento da Sociologia como ciência empírica e rigorosamente objetiva, construindo uma metodologia própria da Sociologia. Preocupado com os problemas do seu tempo ele expande a “racionalidade científica no tratamento das crises e problemas sociais que afligiram as formações sociais européias, decorrentes de uma nova organização dos lugares de classe, da expansão do industrialismo, da persistência de traços econômicos e sociais da Antigo Regime no embate com a implantação da nova ordem político-jurídica”. Dessa forma, partindo desse princípio, Durkheim propõem a análise científica da sociedade com racionalidade, levando a construção da Sociologia como uma ciência a fim que de os conhecimentos científicos nessa perspectiva “esclarecesse sobre intervenções necessárias na realidade social”.

3) Fatos sociais não são todos os fenômenos, mas sim um conjunto de fatos com características nítidas que se passam na sociedade eles devem ser passiveis de explicação mediante outros fatos sociais. São três tipos de características que encontramos no fato social: exterioridade, coercitividade e generalidade. O fato social é, portanto, algo que existe, que se caracteriza por ser externo, ser coercitivo e ser objetivo. Ele é identificado nas manifestações coletivas, pois existe fora do individuo. São exemplos de fatos sociais: as regras jurídicas e morais, os dogmas religiosos, os sistemas financeiros, a educação.

4) Para Durkheim o crime é um fenômeno normal, visto que “é encontrado em todas as sociedades de todos os tipos”. De certa forma, para o autor, o crime é normal porque se generaliza no desenvolvimento das sociedades. Esse conceito relaciona-se com a definição de consciência coletiva ou totalidade das semelhanças sociais, pois essa existe difundida na sociedade e “considera a natureza da sociedade e não do indivíduo”.

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