ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER AS HABILIDADES NO ENSINO/APRENDIZADO DE LÍNGUA INGLESA: UM ESTUDO DE CASO COM ALUNOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL E COM FORMANDOS DO CURSO DE LETRAS LÍNGUA INGLESA

ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER AS HABILIDADES NO ENSINO/APRENDIZADO DE LÍNGUA INGLESA: UM ESTUDO DE CASO COM ALUNOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL E COM FORMANDOS DO CURSO DE LETRAS LÍNGUA INGLESA

MEDEIROS, Alexandre Luis da Cruz

NOME DO PROFESSOR ORIENTADOR

RESUMO

Este trabalho apresenta na primeira fase uma pesquisa/ação com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e procura desenvolver as habilidades em Língua Inglesa (LI) através do uso de Estratégias de Aprendizagem (EA). Na segunda fase da pesquisa usei o questionário baseado no inventário de Oxford que foi aplicado a 20 formandos do curso de Letras Língua Inglesa do Campus Universitário do Tocantins/Cametá para coleta de informações acerca das EA utilizadas por esses alunos. Atualmente trabalho em uma turma do 6º ano como professor de LI e a turma servirá de laboratório para minha pesquisa. Para realizar a pesquisa usarei os seguintes questionamentos: 1) Quais EA são mais utilizadas pelos alunos observados neste estudo? 2) Quais EA são menos utilizadas pelos alunos observados neste estudo? O objetivo geral desta pesquisa é transformar a realidade e produzir conhecimentos relativos a essas transformações com o uso de EA como base para ampliar o nível de apropriação, tanto do aluno, quanto do professor de língua estrangeira. Os objetivos específicos desta pesquisa são: a) Identificar as EA utilizadas pelos alunos ao realizarem as diferentes atividades propostas em sala de aula; b) Identificar quais dessas EA estão mais presentes no contexto estudado; c) Identificar, dentre as EA mais presentes, quais EA parecem ser mais ou menos produtivas para a realização das atividades propostas. Para alcançar os objetivos a presente pesquisa está dividida em três capítulos: Fundamentação Teórica, Procedimentos Teórico-Metodológicos e Análise dos Dados. Na primeira fase da pesquisa as gravações foram realizadas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Cordeiro de Castro no período da disciplina Estágio Supervisionado do Ensino Fundamental. Depois da revisão, todas as EA identificadas foram tabuladas. Por último, foi avaliada a produtividade e recorrência das EA implementadas pelos alunos. Na segunda fase, foi aplicado o questionário – inventário de Oxford – a 20 estudantes concluintes do curso de Letras Língua Inglesa da Universidade Federal do Pará – Campus Universitário do Tocantins – Cametá. Respeitando a diversidade e a distancia existente entre as fontes de dados da pesquisa com relação ao aprendizado de língua inglesa podemos constatar um certo padrão apresentado por ambas as fontes, principalmente ao verificarmos as EA mais e menos utilizadas e com relação à produtividade. Os conceitos das estratégias de aprendizagem de línguas mostram a sua relevância para o processo de ensino e aprendizagem. Elas atuam como ferramentas que podem ser utilizadas no desenvolvimento de diferentes habilidades, das quais o aluno pode valer-se para melhorar sua competência comunicativa, sua proficiência e autoconfiança.

Palavras-chave: Estratégias, ensino, aprendizagem, habilidades.

INTRODUÇÃO

No Brasil, embora a legislação da primeira metade do século XX já indicasse o caráter prático que deveria possuir o ensino das Línguas Estrangeiras (LEs), percebemos que até nos dias atuais a maior parte dos professores utilizam o modelo tradicional de ensino.

O reduzido número de horas reservado ao estudo das LEs e a carência de professores com formação linguística e pedagógica, por exemplos, são alguns dos fatores responsáveis pela não aplicação efetiva dos textos legais.

De acordo com (Moita Lopes, 2001; Brasil, 1999, apud Bezerra, 2006) existem outros fatores que limitam o ensino de LE nas escolas públicas brasileiras, dentre eles, destacam-se a deficiência de material, falta de conhecimento da norma culta padrão da língua materna por parte dos alunos, impossibilidade de se ensinar LE para turmas grandes e/ou heterogêneas, ou ainda o fato de o país não possuir uma segunda língua oficial, e, dessa forma, a maioria dos alunos não precisarem utilizá-la para grande parte de suas tarefas diárias.

Este trabalho apresenta na primeira fase uma pesquisa/ação com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e procura desenvolver as habilidades em Língua Inglesa (LI) através do uso de Estratégias de Aprendizagem (EA).

Na segunda fase da pesquisa usei o questionário baseado no inventário de Oxford que foi aplicado a 20 formandos do curso de Letras Língua Inglesa do Campus Universitário do Tocantins/Cametá para coleta de informações acerca das EA utilizadas por esses alunos.

Vários estudos destacam que a maneira mais adequada de se ensinar EA é de forma explícita (Cohen, 1998 p. 49 apud Bezerra 2006), ou seja, durante as aulas, especialmente se as EA ensinadas estiverem diretamente relacionadas às atividades que os alunos estão realizando.

As EA não são algo inerente ao aprendiz, mas podem ser usadas ou ensinadas a ele. Um dos principais objetivos educacionais das pesquisas relacionadas com EA é formar um aprendiz autônomo, isto é, mais capaz de autodirigir sua aprendizagem.

Com o uso de EA aumenta a autoconfiança do aluno levando-o a autonomia. O professor como mediador no processo ensino/aprendizagem deve atentar para seus atos em sala de aula, buscando alternativas para facilitar o desenvolvimento dos alunos, inserindo-os nesse processo.

Nesse sentido, parece interessante que o professor eduque os alunos para usarem EA principalmente nos momentos em que eles sentirem dificuldades para completar uma determinada tarefa ou quando ocorrerem falhas na comunicação.

Sabemos que é um desafio muito grande tanto para o aluno quanto para o professor desenvolver a proficiência na língua estudada. É um caminho árduo e às vezes longo que precisa ser trilhado com dedicação e empenho. Parti daí a necessidade de o aprendiz se co-responsabilizar pela sua aprendizagem.

Nesse sentido, o professor deve ajudar os alunos a desenvolverem sua metaconsciência e a se tornar co-responsáveis pela sua aprendizagem. Assim, eles poderão desenvolver a habilidade de selecionar, implementar e avaliar as EA mais apropriadas para suas necessidades e, consequentemente, otimizar o desenvolvimento de sua competência comunicativa em LE (Bezerra 2006, p. 27).

Minha intenção é contribuir com uma pesquisa que possa servir como alternativa ao ensino de língua Inglesa e dessa forma, outros professores possam utilizar esse estudo para melhorar a sua própria prática em sala de aula através do uso consciente das estratégias de aprendizado.