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Estudo dirigido: Livro A tradução Vivida de Paulo Ronai

Por:   •  20/4/2019  •  Resenha  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  752 Visualizações

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Estudo dirigido: Livro A tradução Vivida de Paulo Ronai

1 – Defina a tradução interlingual, tradução intralingual e tradução intersemiótica e explique a diferença entre a tradução interlingual e tradução intralingual.

R: Tradução Interlingual: consiste na interpretação dos signos verbais por meio de alguma outra língua. Tradução Intralingual: consiste na interpretação dos signos verbais por meio de outros signos da mesma língua. Tradução intersemiótica: consiste na interpretação dos signos verbais por meio de sistemas de signos não-verbais. A diferença entre tradução intralingual e interlingual é que a primeira é feita dentro de uma especifica língua, enquanto a segunda é feita entre duas línguas diferentes.

2 – Explique porque a maioria das pessoas pensa em tradução como uma atividade puramente mecânica.

R: As pessoas acreditam que a tradução é uma atividade puramente mecânica, porque acham que o tradutor (conhecedor de duas línguas) tem é passar um texto de uma língua A para a língua B, substituindo palavra por palavra, exatamente igual e na mesma ordem. Mas na verdade, a tradução é mais complexa do que isso, pois as palavras não possuem sentidos isoladamente, mas sim dentro de um contexto.

3 – Sabendo se que a tradução não é uma atividade puramente mecânica, explique qual o papel do tradutor.

R: O papel do tradutor é singularmente importante, transformando – se numa atividade seletiva e reflexiva. O tradutor deve utilizar os seus conhecimentos de técnico para conseguir efeitos de arte e provocar emoções estéticas.

4 - Explique tradução estrangeirizadora e a naturalizadora.

R: A tradução estrangeirizadora, é aquela feita a partir de duas línguas completamente diferentes, com raízes diferentes (exemplo: inglês para o português), já a tradução naturalizadora é aquela feita entre línguas que descendem de uma mesma raiz (exemplo: português de Portugal para o português do Brasil).

5 - Para Paulo Rónai, os três primeiros requisitos para a formação de um bom tradutor seriam: conhecimento ótimo do próprio idioma, posse razoável do idioma fonte e bom senso. Explique a importância de cada requisito e expresse sua opinião.

R: O primeiro requisito é o conhecimento sólido da língua para a qual traduz, adquirido segundo Rónai, com a “leitura atenta e contínua dos bons autores, pela frequentação de livros inteligentes sobre o próprio idioma, pelo estudo incessante dos meios de expressão”. Obviamente, o tradutor também precisa conhecer a língua da qual traduz; não sabê-la de cor, o que é impossível até mesmo para a língua materna, mas adquirir um sexto sentido que o faça perceber as armadilhas da língua, que não permitem a tradução ao pé da letra. Por fim, outro ingrediente indispensável é o bom-senso, necessário para perceber quando os dicionários não resolvem uma dúvida; quando a solução não ficou boa, ou ficou ambígua, na língua-alvo; quando é necessária uma nota ou explicação suplementar; quando se deve ser mais livre ou mais literal. Além dessas primeiras qualidades, o tradutor precisa ainda de uma boa cultura geral, curiosidade e desconfiança sempre alerta.

6 - Segundo Paulo Ronai, de onde provém as armadilhas da tradução e o que confirma isto?

R: A maioria das armadilhas provém da nossa fé na existência autônoma das palavras e na convicção inconsciente de que cada palavra de uma língua necessariamente corresponde outra noutra língua qualquer. Um exemplo bem simples seria o dicionário, por motivos de comodidade pratica, os vocábulos estão em ordem alfabética, palavras sozinhas (fora de contexto) e seguidos de definição.

7 – Cite e explique três “armadilhas” da tradução?

R: A maioria das muitas armadilhas da tradução provém da fé na existência autônoma das palavras, trazendo a certeza de que a cada palavra de uma língua corresponde outra noutra língua, o que não acontece na realidade, pois cada palavra só tem sentido na frase e contexto em que está inserida. Outro perigo é nosso instinto etimologizador, pois mesmo que ele nos ajude a entender o sentido das palavras e até adivinhar o significado de uma palavra estrangeira, mas põem causar confusões, porque cada língua evolui de maneira diferente. Umas das consequências desse processo é a polissemia (faz com que uma palavra tenha vários equivalentes conforme o contexto). Existem ainda os falsos cognatos, que são nada mais nada menos que palavras parecidas em dois idiomas, com que possuem sentidos diferentes.

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