Estética Da Recepção
Artigo: Estética Da Recepção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: edhna • 10/2/2015 • 631 Palavras (3 Páginas) • 501 Visualizações
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Estética e recepção
aspecto histórico e o estético. A inexistência desse nexo resulta, portanto, em pesquisas que se preocupam apenas com as obras e seus autores, deixando à margem o terceiro elemento do circuito literário, os leitores.
Em vista disso, o teórico contrapõe-se às correntes teóricas marxista por apresentar a literatura apenas como reflexo dos fenômenos sociais, impossibilitando a definição de categorias estéticas.
No que se refere à teoria literária formalista, a crítica funda-se na concepção da obra literária como um todo autônomo e auto-suficiente, com seus elementos organicamente relacionados, independente de dados históricos ou biográficos do autor, atribuindo a verdadeira significação a sua organização interna sem necessitar da referência a uma situação externa. Desse modo:
o processo de percepção da arte surge como um fim em si mesmo, tendo a perceptibilidade da forma como seu marco distintivo e o desvelamento do procedimento como o princípio para uma teoria que, renunciando conscientemente ao conhecimento histórico, transformou a crítica de arte num método racional e, ao fazê-lo, produziu feitos de qualidade científica duradoura. [2]
Para Jauss, as duas teorias limitam-se a compreender o fato literário no âmbito da estética da representação e da produção, o que significa a exclusão da dimensão da leitura e do efeito, que é a privilegiada pela estética da recepção, tendo em vista o propósito desta em apresentar uma visão diferenciada da história da literatura pautada na historicidade da obra de arte literária, já que ela “não repousa numa conexão de ‘fatos literários’ estabelecida post festum, mas no experienciar dinâmico da obra literária por parte de seus leitores”. [3]
Sob esse ponto de vista, a estética da recepção toma como objeto de investigação o receptor. Isso exige dela a construção de uma nova concepção de leitor que assume, então, “seu papel genuíno, imprescindível tanto para o conhecimento estético quanto para o conhecimento histórico: o papel de destinatário a quem, primordialmente, a obra literária visa”. [4]
Com a mudança do foco de investigação para a recepção, o fato literário passa a ser descrito a partir da história das sucessivas leituras por que passam as obras, as quais se realizam de um modo diferenciado através dos tempos, porque:
a obra literária não é um objeto que exista por si só, oferecendo a cada observador em cada época um mesmo aspecto. Não se trata de um monumento a revelar monologicamente seu Ser atemporal. Ela é, antes, como uma partitura voltada para a ressonância sempre renovada da leitura, libertando o texto da matéria das palavras e conferindo-lhe existência atual. [5]
A recepção, nessa perspectiva, é compreendida “como uma concretização [6] pertinente à estrutura da obra, tanto no momento de sua produção como de sua leitura, que pode ser estudada esteticamente”, [7] considerando, assim, o leitor
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