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Fichamento O Riso De H. Bergson

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Por:   •  28/12/2014  •  1.079 Palavras (5 Páginas)  •  951 Visualizações

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Fichamento do texto:

O riso

(In: BERGSON, H. O riso. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1983)

Capítulo I – Sobre o cômico em geral – Comicidade das formas e dos movimentos – Força de expansão do cômico

Bergson no primeiro capítulo desse ensaio sobre a significação do cômico diz que: “Não há comicidade fora do que é propriamente humano (...)” e que “(...)O maior inimigo do riso é a emoção (...)” (p.12). E que para se obter o efeito do cômico é necessário “(...) certa anestesia momentânea do coração para produzir todo o seu efeito. Ele se destina à inteligência pura”. (p.13)

Alguns pontos importantes destacados do texto sobre o cômico, o riso e a personagem caricata e cômica:

 “(...) o cômico surgirá quando homens reunidos em grupo dirijam sua atenção a um deles, calando a sensibilidade e exercendo tão-só a inteligência (...)”. (p.14)

 “(...) um personagem cômico o é, em geral, na exata medida em que se ignore como tal. O cômico é inconsciente (...)”. (p.18)

 “(...) o riso ‘castiga os costumes’(...)”. (p.18). “(...) deve ser algo desse gênero: uma espécie de gesto social. Pelo temor que o riso inspira, reprime as excentricidades (...) suaviza, enfim, tudo o que puder restar de rigidez mecânica na superfície do corpo social (...) Essa rigidez é o cômico, e a correção dela é o riso (...)”. (p.19)

 “(...) Pode tornar-se cômica toda deformidade que uma pessoa bem conformada consiga imitar (...)”. (p.20)

 “(...) Automatismo, rigidez, hábito adquirido e conservado, são os traços pelos quais uma fisionomia nos causa riso (...) Teremos então compreendido a comicidade da caricatura (...) Trata-se então de uma arte que exagera (...)”. (p.22)

 “(...) a verdadeira causa do riso é esse desvio da vida na direção mecânica (...)”. (p.26)

Capítulo II – Comicidade de situações e comicidade de palavras

Bergson aponta-nos algumas situações que geram o cômico entra elas a repetição e a inversão. No caso da inversão obtêm-se a cena cômica “(...) fazendo com que a situação volte para trás e com que os papéis se invertam (...) Teremos sempre diante de nós um personagem que prepara a trama na qual ele mesmo acabará por enredar-se (...) Trata-se sempre, no fundo, de uma inversão de papéis e de uma situação que se volta contra quem a criou (...)”. (p. 53 –54)

Em relação à comicidade de palavras o autor faz uma advertência: “(...) Mas, devemos distinguir entre o cômico que a linguagem exprime e o que ela cria. O primeiro poderia, a rigor, traduzir-se de uma língua para outra (...) Mas, o segundo é em geral intraduzível (...)”. (p.57)

Bergson fala também nesse ensaio do humor e da ironia como meios de transposição do cômico:

 “Os meios de transposição são tão numerosos e variados, a linguagem apresenta tão rica seqüência de tons, permitindo assim a comicidade passar por uma gama infindável de graus, desde o burlesco mais vulgar até as elevadas formas do humor e da ironia (...)”. (p. 66)

 “a mais geral dessas oposições seria talvez a do real com o ideal: do que é com o que deveria ser. Ainda aqui a transposição poderá ser feita nas duas direções inversas. Ora se enunciará o que deveria ser fingindo-se acreditar ser precisamente o que é. Nisso consiste a ironia. Ora, pelo contrário, se descreverá cada vez mais meticulosamente o que é, fingindo-se crer assim é que as coisas deveriam ser. É o caso do humor. O humor assim definido, é o contrário da ironia. Ambos são formas de sátira, mas a ironia é de natureza retórica, ao passo que o humor tem algo de mais científico (...)”. (p.68)

Para o autor o humorista é “(...) um moralista disfarçado em cientista, algo como um anatomista que só faça dissecação para nos desagradar; e o humor, no sentido restrito que damos à palavra, é de fato uma transposição do moral em científico (...)”. (p.68)

Bergson diz que o riso vem corrigir tudo o que é rígido e mecânico: “(...) O rígido, o já feito, o mecânico, contrariamente ao maleável, ao continuadamente

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