Fichamento PCN Língua Estrangeira

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998, p.15-67.

FICHAMENTO

A aprendizagem de L.E.: engajamento discursivo do aprendiz para agir no mundo social; visão sociointeracional da linguagem e da aprendizagem. (p.15)

Construção do aluno como sujeito do discurso via L.E.: atividades significativas com o uso de ao menos uma habilidade comunicativa. (p.19)

Necessidade de continuidade e sustentabilidade do ensino de L.E. (p.20)

Justificativas para foco na leitura em L.E.: poucas oportunidades de comunicação oral em L.E. para a maioria da população. (p.20); condições na sala de aula (carga horária reduzida, superlotação, pouco domínio docente etc.). (p.21)

“[...] a aprendizagem de leitura em Língua Estrangeira pode ajudar o desenvolvimento integral do letramento do aluno. A leitura tem função primordial na escola e aprender a ler em outra língua pode colaborar no desempenho do aluno como leitor em sua língua materna.” (p.20)

Outras habilidades podem ser incluídas, além da leitura, de acordo com as especificidades de cada contexto. (p.21)

Situação da L.E. na educação (panorama): a desvalorização da L.E. no currículo escolar; contradições entre abordagem apresentada (comunicativa) e conteúdo desenvolvido (gramática tradicional). (p.24)

Aspectos centrais nos PCNs: cidadania, consciência crítica em relação à linguagem e os aspectos sociopolíticos da aprendizagem de L.E.; articulação com os temas transversais. (p.24)

“Diferentemente do que ocorre em outras disciplinas do currículo, na aprendizagem de línguas o que se tem a aprender é também, imediatamente, o uso do conhecimento, ou seja, o que se aprende e o seu uso devem vir juntos no processo de ensinar e aprender línguas.” (p.27)

Natureza sociointeracional da linguagem - implicações: (p.27)

• Quem usa a língua considera a quem se dirige ou quem produziu o enunciado – princípio dialógico do discurso.

• Interferências sócio-histórico-culturais nas interações discursivas.

• Os embates de poder e de resistência pelo discurso.

Os conhecimentos necessários para a construção de significados: sistêmico (estruturas gramaticais), de mundo (contextuais, experiências) e de organização textual (gêneros e tipos textuais). (p.29-32)

“O processo de construção de significado resulta no modo como as pessoas realizam a linguagem no uso e é essencialmente determinado pelo momento que se vive (a história) e os espaços em que se atua (contextos culturais e institucionais), ou seja, pelo modo como as pessoas agem por meio do discurso no mundo social, o que foi chamado de a natureza sociointeracional da linguagem. Assim, os significados não estão nos textos; são construídos pelos participantes do mundo social: leitores, escritores, ouvintes e falantes.” . (p.32)

Conhecimentos da L.M. transferidos para a L.E.: comparações, contrastes, semelhanças (p.32,33).

“Assim, para ensinar um aluno a se envolver no discurso de uma língua estrangeira, aquilo do que trata a interação deve ser algo com o qual já esteja familiarizado. Isso pode ajudar a compensar a ausência de conhecimento sistêmico da parte do aluno, [...]” (p.33)

“A consciência desses tipos de conhecimento [sistêmico, de mundo, genérico) pelo aluno é o que será chamado aqui de consciência linguística, que, além de ampliar o conhecimento que o aluno tem sobre o fenômeno linguístico, isto é, incluindo a percepção de sua língua materna, tem um alto valor na aprendizagem de Língua Estrangeira devido à sua natureza metacognitiva.” (p.33).

A L.E. e a construção da cidadania: razões para ensino-aprendizagem: (p.37-40)

• Percepção da natureza e funcionamento da linguagem em L.E. e em L.M.

• Conhecimento e valorização da diversidade cultural.

• Caráter interdisciplinar dos conteúdos.

• Comunicação e inserção social

A L.E. e os temas transversais (ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo). (p.43-51)