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Herói "esquecido" na guerra contra o apartheid

Seminário: Herói "esquecido" na guerra contra o apartheid. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/4/2014  •  Seminário  •  603 Palavras (3 Páginas)  •  395 Visualizações

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Steve Biko

Um herói “esquecido” na guerra contra o apartheid

Apartheid foi, sem dúvida, algo marcante na história política e social da África do Sul. Deu-se no desenrolar de uma briga sociopolítica em prol da igualdade social na África do Sul, cujos líderes foram, num primeiro momento, Steve Biko (médico e ativista) e, num segundo e decisivo momento, Nelson Mandela (advogado, líder rebelde e ex-presidente da África do Sul).

Foto AAP: Steve Biko, ícone dos anos de luta na África do Sul.

Segundo Nelson Mandela, Steve Biko foi o primeiro “prego no caixão” do apartheid. Biko, que morreu em 1977 nas mãos da polícia do regime racista de Pretória, hoje ele repousa no pequeno cemitério de sua cidade natal, King William's Town, na província de Cabo Oriental.

"O gesto de violência de um adulto não merece o sorriso de uma criança" Steve Bantu Biko

Passaram-se 20 anos até que, no aniversário de sua morte, fosse erguido um muro em torno do cemitério para impedir que os animais da região fossem pastar a grama sobre os túmulos. Também foi dada a ideia de erguer um mausoléu no seu túmulo, mas sua família recusou, por considerar que Biko não gostaria que o diferenciassem dentro do seu grupo de companheiros enterrados cada qual em seus modestos pedaços de terra.

É importante relembrar e talvez esclarecer que, além do internacionalmente conhecido Nelson Mandela, Stephen Bantu Biko, conhecido como Steve Biko, é outro grande ícone dos anos de luta da África do Sul. Como é de praxe, ele morreu cedo demais. Em sua modesta lápide, nesse "jardim das lembranças", inaugurado por Mandela em 1997, figura um punho erguido provavelmente fazendo uma alusão a sua luta em defesa aos direitos civis para os negros, direitos humanos e o combate contra o sistema de segregação conhecido como apartheid.

Suas ideias continuam circulando na África do Sul, sendo agora passadas pelo Instituto Steve Biko e trabalha em diversos setores, indo do apoio à leitura na township (na África do Sul, o termo geralmente refere-se a áreas urbanas habitadas, muitas vezes subdesenvolvidas que, sobre o apartheid, estavam reservadas aos não brancos e também a indianos da classe trabalhadora) até a organização de diálogos entre grupos, cores, religiões e todo tipo de entidade pelo mundo inteiro, mas também conduzindo uma reflexão aprofundada sobre questões ligadas ao destino dos africanos por todo o planeta.

Um prédio novo foi erguido para abrigar essas atividades, a algumas centenas de metros de sua casa, onde ainda se encontra a bela escrivaninha com seu apoio de couro, onde Steve Biko trabalhou em alguns de seus escritos. Em King William's Town, no primeiro andar da fundação que leva seu nome, visitantes percorrem um museu que retrata a vida do mártir, enquanto adolescentes da região ensaiam em xhosa (uma das onze línguas oficiais da África do Sul) um espetáculo sobre o casamento e seus contratempos. Suas clínicas ainda existem e funcionam, assim como sua creche.

"Sempre se pensa em sua luta política, mas ele era também um homem que se interessava por artes, educação e desenvolvimento econômico",

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