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Iniciação na arte de pensar

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Por:   •  3/5/2014  •  Tese  •  6.223 Palavras (25 Páginas)  •  339 Visualizações

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Técnicas de Raciocínio

Iniciação na Arte de Pensar

Silvio Salgueiro

Níveis de Raciocínio

Algumas coisas nos causam espanto pelo choque visual. Quem já assistiu a uma apresentação de malabaristas de circos chineses sabe do que estou falando; também a ginástica olímpica causa perplexidade por causa dos movimentos; bem como algumas danças acrobáticas. O choque provém porque achamos simplesmente ser impossível alguém fazer aquelas coisas.

O ser humano quando leva algum campo ou área ao extremo causa mesmo espanto, é só olharmos a matemática de hoje que veremos o nível alcançado. Mas isto se deve ao conjunto de pessoas que levaram ao extremo seu gosto pelos números.

Com o raciocínio é a mesma coisa. Trataremos de técnicas que auxiliam o praticante na arte de pensar, mas o nível a atingir vai depender do mesmo, das horas dedicadas a essa arte. Então, o mesmo é quem decide até onde quer chegar se no básico, médio, avançado... A diferença entre as pessoas reside aí: o esforço individual.

Raciocínio Sólido

Evidentemente, para um raciocínio sólido sempre se estabelece no longo prazo. Técnicas e truques resolvem instantaneamente as coisas, mas o raciocínio lógico, a boa arte de pensar só se adquire de modo lento, em longo prazo. É uma questão mesmo de mudar estruturas no cérebro, uma mudança física das conexões nervosas.

Fatores que Atrapalham

Iniciemos com fatores que travam o ato raciocinar. O cansaço físico, a depressão, a ansiedade, eventos graves na família, namoros ou casamentos desfeitos de forma ruim, ameaças de terceiros. Existem muitos outros, mas listo esses porque são especialmente nocivos e se a pessoa não resolvê-los de uma vez por todas, o trabalho de raciocinar simplesmente está comprometido.

Organização Externa e Emoções

Obviamente que tem uma estrutura de organização coerente tem muitas chances de se sair melhor principalmente nos estudos. Quanto às emoções fica a pergunta: existe um estado emocional favorável ou que atrapalhe o ato de raciocinar de modo complexo?

As pessoas podem ser classificadas pelo ‘distúrbio’ emocional, ou sua característica predominante. Pessoas alegres, de bom humor, que sempre estão sorrindo apresentam um ‘distúrbio’ emocional da alegria, isto é, um predomínio da mesma sobre as demais. Já pessoas zangadas, explosivas, de péssimo humor apresentam o ‘distúrbio’ da raiva. Outras entediadas, sem muito ânimo podem ter o predomínio da emoção da tristeza. Assim, cada indivíduo tem de se conhecer muito bem para evitar que seu ‘jeito de ser’ não atrapalhe o ato de pensar. Quem não possui calma para se concentrar jamais atingirá raciocínios mais elaborados.

Raciocínio Abstrato e Concreto (detalhista)

Esse é um dos objetivos quando se propõe a pensar: se raciocinamos bem com detalhes temos de passar para o nível do abstrato, ‘enxergar’ além dos pormenores e das regras; uma espécie de lógica estrutural da coisa. Do mesmo modo, se o raciocínio abstrato constitui nosso forte, temos de buscar o detalhe, o domínio da sequência, das partes.

Raciocínio e Especulação

O ato de lançar hipótese é o substrato essencial do raciocínio. É preciso constantemente fazer suposições. Uma vez que seja feita se deve procurar através de verificações se aquela conclusão é verdadeira, falsa ou de outra natureza. Em raciocínio matemático um dos grandes problemas é este: muitas vezes se quer que as coisas sejam iguais à visão que se projeta na mente, mas infelizmente a matemática é objetiva e nós é que temos de nos adaptarmos às suas regras.

Técnicas de Raciocínio

À frente temos algumas técnicas que podem ser utilizadas na iniciação do ato de pensar, de raciocinar. Escolhemos o raciocínio numérico e o geométrico/visual, seguida cada técnica de exemplos ilustrativos.

Técnica da Definição da Base

A primeira técnica consiste em determinar uma base de apoio em que são ancorados e desenvolvidos os raciocínios. Isto já se constitui, de certo modo, um treino visando se passar no detalhista para o abstrato, uma vez que para se organizar tal base, é preciso um resumo de todos os entes envolvidos nos trabalhos.

Essa base depende do conteúdo em questão. No desenho, por exemplo, podemos utilizar as linhas geométricas como base:

O raciocínio consiste em criarmos desenho seguindo as orientações dos gráficos. Primeiro se escolhe o tema da criação, depois se faz a adaptação. Na figura a seguir os temas foram casa e cadeira:

Na próxima foram árvore e carro:

Um segundo exemplo de determinação de base pode ser explorado no triângulo retângulo. No caso as bases são os ângulos a, b e c. Criarmos uma figura com as posições possíveis no espaço. A partir daí indicamos as direções com uma seta. A base referencial será o ângulo a. O treino de raciocínio será determinarmos as três letras (a, b e c) conforme se mudam as posições do triângulo. Aqui se pode também explorar a noção de proporção.

Ainda na mesma figura, temos outro exemplo de determinação de base. No caso as escolhas foram as fórmulas das progressões aritmética e geométrica. De posse de uma fórmula podemos determinar uma base como sendo cada elemento da mesma. O raciocínio consiste no seguinte: quando tentamos resolver alguma questão com fórmulas com muitos elementos, identificam-se os mesmos e se faz a análise se cada ente possui uma fórmula própria. Em caso afirmativo, determinam-se cada elemento para depois resolver a fórmula geral:

Um último exemplo dessa técnica seria um trabalho filosófico de pensar nossa sociedade. De acordo com a regra, determinamos os temas essenciais de uma sociedade e raciocinamos sobre cada um deles para depois efetuarmos comparações entre os mesmos, bem como os entrecruzamentos dessas partes.

Política Sociedade Religião Comércio Forças Armadas

Justiça Esporte Educação Saúde Tecnologias

Determinar

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