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Intertextualidade de Narrativas com Odisseia

Por:   •  3/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.124 Palavras (5 Páginas)  •  919 Visualizações

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unesp [pic 1] UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

       “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Faculdade de Ciências e Letras

Campus de Araraquara - SP

Ana Caroline Moura Mendes, Felipe Tabarni e Natalia Destro

A PRESENÇA DA INTERTEXTUALIDADE COM ODISSEIA PRESENTES EM TEXTOS NARRATIVOS

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ARARAQUARA – S.P.

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ANA CAROLINE MOURA MENDES, FELIPE TABARINI E NATALIA DSTRO

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A PRESENÇA DA INTERTEXTUALIDADE COM ODISSEIA PRESENTES EM TEXTOS NARRATIVOS

Trabalho apresentado á disciplina Literatura Grega II, do curso de Letras da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp/Araraquara

Docente responsável: Profª Emerson Cerdas

ARARAQUARA – S.P.

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A intertextualidade entre O Senhor dos Anéis, de Tolkien, e Odisseia:

No trecho destacado de O Senhor dos Anéis, encontramos Frodo, Sam e Gollun a caminho de Mordor, para que  Frodo enfim possa cumprir sua missão arremessando o "Um anel" na lava da Montanha da Perdição. Para ser mais especifico, encontramos os dois Hobbits e seu excêntrico guia, caminhando por uma terra morta e pantanosa, onde há tempos uma grande batalha entre homens, elfos e orcs ocorrera, e transformara o local em um “cemitério”, cobrindo a terra com os  restos mórbidos dos soldados que padeceram durante a batalha. O ambiente fúnebre que os três encontram é habitado por Fogos-Fátuos, as almas dos mortos naquele local, que agora vagam por ele, os Fogos, representados por pequenas luzes opacas, parecem hipnotizar Frodo, talvez tentando fazer com que ele morra e assim, permaneça ali como um deles, no local, Gollun adverte para que tanto ele quanto Sam, evitem olhar para os fogos, e foquem em continuar seguindo o caminho. Reconhecemos nesse trecho algo que encontramos de forma ainda mais explícita na Odisséia, a "Catábase", que nos mitos gregos tem o sentido de descida ao Hades, onde heróis, para cumprir algum objetivo, desciam vivos ao Hades. Na Odisséia, o próprio Odisseu narra sua catábase, conta que fora instruído por Circe para ir ao Hades em busca de respostas do oráculo morto, Tirésias, sobre o que ainda o aguardava em seu caminho até Ítaca.

A catábase é uma situação muito explorada por diferentes autores em suas obras, Tolkien optou por seu uso em um ponto muito significativo de "O Senhor dos Anéis". A jornada de Frodo e Sam se aproximava de seu final, o fardo de  Frodo era cada vez mais pesado, conseguimos perceber o quanto a influência do anel fere o jovem hobbit, isso se soma ao fato de que agora os dois deveriam confiar seu caminho a Gollun, e ele em nada aparentava ser confiável,  assim como o próprio pântano que coberto por uma densa neblina impede que a luz do sol os alcance, mesmo durante o dia. A "descida ao inferno" dos hobbits se torna mais explicita no momento que os Fogos-Fátuos se revelam, assim como na Odisseia, Odisseu encontra almas vagando, na obra de Tolkien, Frodo e Sam encontram no pântano as almas daqueles que ali morreram. Em ambas as narrativas, para que se cumpra o objetivo desses heróis, é necessário que atravessem vivos o inferno, seja esse literal ou não, independente dos danos físicos e psicológicos que o lugar poderia lhes causar. A catábase é um local de passagem, um ambiente de transição, não é o desfecho final dos personagens é apenas um caminho que os leva para o próximo passo de suas jornadas.

A intertextualidade entre o capítulo XXVI de “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, e Odisséia

Em sua comédia, Dante Alighieri menciona tanto figuras mitológicas quanto figuras reais. Ele não conta, porém, o famoso regresso ou as aventuras em Tróia, ambos de Ulisses, e sim um novo episódio que inventou, mostrando a decisão do herói de explorar o mundo além das Colunas de Hércules.

Tal invenção consiste em Ulisses convencendo outros a se juntares com ele em uma embarcação, a fim de encontrar uma nova terra. Entretanto, antes de chegarem, são atingidos por uma tempestade, que leva todos os outros navegadores à morte, ficando Ulisses na ilha junto com a ninfa Calipso. O herói é uma figura de muitas faces (polytropos), e é dessa forma que ele não pode deixar de ser visto como alguém disposto a fazer, seja o que for, para atingir os seus objetivos como, por exemplo, no episódio do Cavalo de Tróia.

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