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Itinerário De Pasárgada - Resenha Dos Caps 4, 5 E 8

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Por:   •  23/1/2015  •  865 Palavras (4 Páginas)  •  983 Visualizações

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CAPÍTULO 4

No texto autobiográfico de Manuel Bandeira, Itinerário de Pasárgada (1954), o autor fala de aspectos de sua obra e sua vida que podem esclarecer ao leitores e estudiosos de sua produção.

Especificamente no capítulo em questão, o Bandeira fala de suas influências literárias, as quais ele diz que foram sucessivas. Dentre os nomes citados por ele, muitos são românticos, simbolistas e parnasianos, cuja forte característica é alta preocupação formal. Autores como Heine, Villon e Prudhomme compõe a lista de suas influências.

Como já se é sabido, a aclamada poesia de Manuel Bandeira é composta de versos livres, o que vai contra suas influências primárias. Todavia, o início de sua obra era fortemente marcado pelas características dos movimentos literários de seus autores de referência. Em A Cinza das Horas (1917), Bandeira apresenta poemas parnasianos e simbolistas, todos escritos com métrica e rima.

Após a publicação desta obra e tendo outras leituras que puderam enriquecer seu arcabouço teórico e literário, Bandeira mostra no Itinerário um poema de Camões, o qual suscita no autor uma crítica ao sistema parnasiano de composição do poema e do verso. Então, Bandeira começa, de forma crescente, a se “libertar”. O autor sente dificuldades, pois já está bastante acostumado com essa literatura marcada pela formalidade. Quando cita seu primeiro livro e fala sobre suas influências, o autor justifica “Assim se explica a “mania” em que andei algum tempo das formas fixas” (BANDEIRA, p.305)

A crítica de Bandeira ao poema de Camões ocorre a partir da superficialidade da Sinalefa ou Elisão, que era como um recurso obrigatório a ser usado pelo poeta se inserido no sistema parnasiano. A partir deste momento, Bandeira já começa a refletir sobre as amarras das formas fixas e em sua segunda publicação, já aparecem os versos livres, Bandeira já imprimi mais pessoalidade e consegue uma primeira libertação formal.

CAPÍTULO 5

Bandeira fala sobre diversos pontos importantes para chegar à questão de seu entendimento em relação ao formato e utilização dos versos livres. Ele começa falando sobre suas publicações e dando foco ao artigo “Uma questão de métrica” publicado no Imparcial e que aborda a acentuação dos octossílabos. Ele escreveu esse artigo após uma crítica feita por Goulart de Andrade ao poema “À sombra das araucárias” em relação a um verso do poema em que Bandeira, propositalmente, mudou a acentuação da quarta sílaba afim de dar mais expressão ao movimento dos gansos. Goulart de Andrade fez a sugestão de correção justamente para manter quadra dentro das tradições e do esperado.

O poeta também fala das chamadas rimas pobres encontradas, por exemplo, no soneto “O céu, a terra, o vento sossegado” de Camões com as rimas feitas pelo uso do particípio passado. Citando-as, Bandeira nos mostra como todas as rimas são importantes.

A confusão entre versos polimétricos e versos livres é um ponto interessante trazido por Bandeira em seu Itinerário. Ele fala como se deparou com versos livres primeiramente na obra de Guy-Charles Cros. Antes disso, o que ele achava que era um verso livre, na verdade era um verso polimétrico, ou seja, versos regulares porém com tamanhos diferentes. Os versos livres, no entanto, são versos que não possuem regras ou métricas definidas.

Após obter maior contato com esse tipo

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