Linguagem: Língua e Literatura
Por: pamelafnr • 3/11/2015 • Relatório de pesquisa • 3.795 Palavras (16 Páginas) • 247 Visualizações
[pic 1]UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CAMPO GRANDE
Pâmela Fernanda Nunes Romero
Relatório
Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Estadual de Mato Grosso, Unidade Universitária de Campo Grande.
Área de concentração: Linguagem: Língua e Literatura
Disciplina: Critica Literária, 1ºSemestre.
Prof. Dr. Daniel Abrão
Campo Grande/MS
2015
Aula dia 27 de março
Iniciando a primeira aula da disciplina, o professor Daniel se apresenta e tranquiliza os alunos, alguns estavam apreensivos por ser o primeiro dia de aula como aluno especial.
Apresenta aos alunos o cronograma e explica como acontecerão as aulas.
Fala um pouco sobre os formalistas russos, depois discorre sobre alguns autores importantes, citando suas obras, como Manuel de Barros fala sobre as vozes instrumentais em sua obra, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, João Cabral que evita a metáfora ao máximo em sua obra.
Comenta sobre a Poética de Aristóteles, que é um conjunto de anotações de suas aulas sobre o tema da poesia e da arte em sua época, pertencentes aos seus escritos para serem transmitidos oralmente aos seus alunos. Fala sobre a taxonomia no universo da linguagem cita Afrânio Coutinho.
Função da critica é enriquecer a sociedade em cultura e divulgar a obra, não é ver o lado negativo da obra e diminuí-la, mas sim analisar sua construção, significação e seus elementos.
Cânone Literário é um conjunto de obras de uma sociedade.
Comenta sobre a literatura marginal, enfatizando Paulo Leminski e sua obra, segue explicando sobre a estética da recepção, que foca na leitura e o leitor, fala sobre Luiz Costa Lima. Termina a aula retomando novamente a explicação sobre cânones, citando alguns autores e obras para leitura.
Aula dia 10 de abril
O Professor fez uma panorâmica dos temas a serem desenvolvidos no decorrer do curso, iniciando pelo Formalismo Russo.
Enfatiza um dos capítulos do livro Teoria da Literatura- Formalistas Russos, sendo um dos mais lidos, por quem seguiu algum tempo a corrente formalista, as reflexões partiam da questão formal focada na linguagem do poema, da arte, e ai surge um questionamento, Porque pensar por imagem? O que se pensava da literatura era um meio de colocar o pensamento e o raciocínio de ordem logica, começo, meio e fim ou não nessa ordem, todos eles ligados ao intelecto. Quem pensa, pensa sobre algo e esse algo é o referencial, toda designação entre um emissor e receptor, respeitam um referencial, desde as frases mais simples até o pensamento mais complexo. Quando chegam as vanguardas, um dos seus principais elementos de luta é o apagamento da referencial, para que arte fosse autônoma, um signo autônomo, sendo na verdade autorreferente esse apagamento do referencial caminha para a arte abstrata, onde se tem uma imagem pura causando estranheza, palavra chave do formalismo russo, Estranhamento e a outra é a singularização.
A literatura na década de 30 passava ser mais social, começou a perceber com os estudos linguísticos, mais especificamente o estudo dos signos, que não é algo em si mesmo, depende do leitor. O signo existe dentro do processo de leitura, Bakhtin falava que a literatura não existe sem uma sociedade que a leia, a estética foca no receptor, ela teve o papel de mudar a história da literatura.
Uma vertente muito forte não só nos estudos literários, mas humanistas, sempre foi a chamada critica dialética ou critica materialista, que alguns chamam de critica marxista. Para analisar o objeto literário, não só basta analisar a questão linguagem, estilo, teria que ter um estudo que partisse para a historia social, sua produção material, produção efetiva da sociedade, a vida construída no dia a dia.
A partir dos meados do inicio do século XX a literatura comparada ficou amortecida, após da advento de pós-guerra, globalização, pós-modernismo, o contato entre as pessoas, vagens, livros, tecnologia passa a aproxima-los. Esse contato começou a invadir todas as áreas, inclusive a literatura, começa uma troca de conhecimentos e comparações entre países, épocas, sujeitos, gêneros diferentes.
Um dos objetivos do Pós-estruturalismo é desmontar a razão ocidental, que Derrida chama de logocentrismo, todas as unidades conceituadas passam a ser desmontadas.
Aula dia 17 de abril
Nessa aula, o professor comenta sobre o pós-estruturalismo, que inicia com a reviravolta linguística na década de 60, que põe em cheque tudo o que havia sido construído anteriormente.
Trabalhou o texto Poético- A transitividade do ser, sendo feitas algumas explicações quanto ao formal e ao conteudista e o expressionismo diante das diferenças de poesia e poema mostrando que a definição de poema é muito menos controvertida do que a de poesia, mostra-se dessa forma que são coisas diferentes.
A geração passava a escrever em descontinuidade, o uso da palavra e a linguística levariam a entender a sociedade, também começaram a levar em conta não só o que os pacientes falavam, mas como falava sua própria linguagem, comenta sobre a Esquizo analise- normal e anormal.
Dando continuidade a aula o fala sobre Pós-estruturalismo e Desconstrução e sobre a verdade Hermenêutica que diz que o conhecimento está nas coisas contrariando o que viria após o Iluminismo onde houve a reviravolta linguística que dizia que o conhecimento estava no sujeito e não nas coisas e que depois ainda passou para a linguagem.
Tópicos como a concepção de literatura como objeto e não como ciência, na literatura deixamos o texto falar mostra a instabilidade e na linguística ocorre de modo diferente.
Comenta sobre a experimentação poética, que era marcado por época do jazz, musicas clássicas, tropicalismos, hoje não da para saber em que tempo estamos, pois é muito misturado.
O objetivo da crítica literária também foi abordado informando que a crítica literária decodifica signos e tem a função de aproximar a obra do leitor.
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