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Linguistica

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Por:   •  10/6/2014  •  Seminário  •  664 Palavras (3 Páginas)  •  318 Visualizações

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A linguagem humana varia de acordo com o grau de contato entre os seres que constituem a comunidade universal.

As diferenças entre os idiomas, que caracterizam e mesmo identificam os nativos de uma nação, estão longe de ser o único e mesmo principal fator da diversidade lingüística. Uma língua é um objeto histórico, enquanto saber transmitido, estando, portanto, sujeita às eventualidades próprias de tal tipo de objeto. Isso significa que se transforma no tempo e se diversifica no espaço.

A variação histórica

Condiciona-se o reconhecimento da variação histórica à observação de pelo menos de dois estados sucessivos de uma língua. O conhecimento de variantes históricas e seu reconhecimento pelos membros de uma comunidade, como pertencentes faz preservar o passado de um instrumento de comunicação.

A variação geográfica

É importante lembrar que o limite geográfico de uma comunidade lingüística não se confunde exatamente com os limites políticos de um estado ou região em que se divide um país.Tais limites são relativamente fixados, porque graduais, e se às vezes a rotulação de determinado falar regional corresponde aos limites políticos, será por necessidade prática.

A variação social

É o resultado da tendência para maior semelhança entre os atos verbais dos membros de um mesmo setor sociocultural da comunidade.

São também fatores de diversidade lingüística social o grau de educação, a idade e o sexo do indivíduo, isolados ou conjugados entre si.

Na diferença etária, a gíria, um dos tipos de linguagem especial, exerce um papel preponderante, por marcar caracteristicamente a linguagem do adolescente, que julga desse modo afastar-se do padrão adulto, ultrapassando em sua concepção.

A variação estilística

Um médico que se encontre entre amigos, no clube, conversando banalidades como os últimos resultados do campeonato brasileiro, não usarão as mesmas formas de expressão quando em situação de conferencistas, versando sobre os efeitos do fumo nas vias respiratórias a uma platéia seleta.

As variantes observadas num mesmo indivíduo, conforme se diversificam as circunstâncias em que se processa a atividade verbal é o resultado da adequaçãode suas formas de expressão as finalidades específicas do ato condicional pela situação respectiva.

A afirmação de que cada ato verbal apresenta estilo próprio não significa que há um único estilo sempre ao longo de uma única atividade lingüística. Um indivíduo que tenha iniciado uma conversa despreocupada sobre mudança de tempo, os últimos resultados do futebol, política etc., pode mudar para a discussão de um tema filosófico e moral, realizado com isso mudança na feição estilística da forma de expressão, passando de um estilo menos para outro mais refletido.

Relações entre os diversos tipos de variação

A relação entre variação social e a estilística tem indícios também evidentes na forma de expressão de toda a comunidade de falantes brasileiros. Em grupos nominais do tipo os meninos, pronunciada os menino como estamos pronunciada estamo pode ser caracterizada como um exemplo típico de variação social, limitada ao uso dos membros de grupos situados abaixo do ponto médio na escala sócio-econômica.

Variação lingüística e norma pedagógica

A função precípua da escola pública é inculcar nas crianças os valores compartilhados pela sociedade de queserão membros participantes na vida adulta. Incluem-se nesses valores as atitudes sobre o ensino da língua vernácula e, por extensão, a variação lingüística, que, na verdade, acaba reduzindo-se ao ensino de um padrão normativo de correção.

Uma gramática do tipo normativo decorre de uma concepção não só conservador de língua, mas sobretudo, elitista.

Os fatos discutidos levam à conclusão de que a deficiência básica do ensino deve-se principalmente ao cultivo de uma gramática normativa em essência, deixando de lado o cultivo de habilidades importantes como a percepção da diferença entre duas variantes e o conhecimento do valor social de uma sobre a outra, habilidades que dariam ao adolescente a capacidade de selecionar o grau relativo de formalidade da situação.

Enfim, além de proporcionar ao aluno o número maior possível de formas alternativas de expressão verbal, o professor torná-lo capaz de distinguir uma outra, colocando-as em situações diversas de comunicação, para que o indivíduo discente possa aprender a selecionar sem a imposição do certo-e-errado, pondo-se de acordo, unicamente, com o grau de formalidade

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