Linguistica Gerativa
Casos: Linguistica Gerativa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gmeira • 18/12/2013 • 949 Palavras (4 Páginas) • 552 Visualizações
A linguística gerativa é uma corrente de estudos da ciência da linguagem que teve início nos Estados Unidos, no final da década de 50, a partir dos trabalhos do linguista Noam Chomsky, professor do Instituto de Tecnologia de Massachussets, o MIT. Considera-se o ano de 1957 a data do nascimento da linguística gerativa, ano em que Chomsky publicou seu primeiro livro, Estruturas sintáticas. Ao longo desse meio século, o gerativismo passou por diversas modificações e reformulações, que refletem a preocupação dos pesquisadores dessa corrente em elaborar um modelo teórico formal, inspirado na matemática, capaz de descrever e explicar abstratamente o que é e como funciona a linguagem humana.
A linguística gerativa foi inicialmente formulada como uma espécie de resposta e rejeição ao modelo behaviorista de descrição dos fatos da linguagem, modelo esse que foi dominante na linguística e nas ciências de uma maneira geral durante toda a primeira metade do século XX. Para os behavioristas, dentre os quais se destacava o linguista norte-americano Leonard Bloomfield, a linguagem humana era interpretada como um condicionamento social, uma resposta que o organismo humano produzia mediante os estímulos que recebia da interação social. Essa resposta, a partir da repetição constante e mecânica, seria convertida em hábitos, que caracterizariam o comportamento linguístico de um falante.
Vejamos, por exemplo, como Bloomfield descrevia a maneira pela qual uma criança aprendia a falar uma língua:
“Cada criança que nasce num grupo social adquire hábitos de fala e de resposta nos primeiros anos de sua vida. (...) Sob estimulação variada, a criança repete sons vocais. (...) Alguém, por exemplo, a mãe, produz, na presença da criança, um som que se assemelha a uma das sílabas de seu balbucio. Por exemplo, ela diz doll [boneca]. Quando esses sons chegam aos ouvidos da criança, seu hábito entra em jogo e ela produz a sílaba de balbucio mais próxima, da. Dizemos que nesse momento a criança começa a imitar. (...) A visão e o manuseio da boneca e a audição e a produção da palavra doll (isto é, da) ocorrem repetidas vezes em conjunto, até que a criança forma um hábito. (...) Ela tem agora o uso de uma palavra.” (Bloomfield, 1933: 29-30).
Louis Hjelmslev:
A leitura cuidadosa da obra de Hjelmslev se faz necessária, reporta-se ao fato de a teoria da linguagem ser “sem dúvida alguma, revolucionária no que se refere à epistemologia pura” A segunda razão advém da retórica utilizada por Hjelmslev quando da feitura de sua obra, dado o clima científico em que estava inserido, conforme explica Badir ao atribuir causalidade, enquanto historiador e epistemólogo da semiótica, ao fato de Hjelmslev, muitas vezes, colocarem-se como o continuador de Saussure em lugar de explicitar as mudanças profundas que sua teoria gera.
Assim, devemos observar a epistemologia que rege a teoria da linguagem em seu funcionamento interno, enquanto epistemologia pura, ao mesmo tempo em que cuidamos de entender a envergadura da ruptura que essa epistemologia revolucionária implica, sem nos deixar iludir pela retórica de continuidade do dinamarquês, e não de revolução científica:
[...] há um “desespero” hjelmsleviano, análogo àquele que impediu Saussure de publicar, que consiste na impossibilidade de conciliar as micro-análises da glossemática com os grandes preceitos
epistemológicos que, entretanto, essas análises requerem, mesmo que seja à sua revelia (Badir, 2005, p. 2). Segundo Almeida (1998, p. 5), uma questão que se coloca a Hjelmslev na construção
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