MEMÓRIA, HISTÓRIA ORAL E NARRATIVA: O ENCONTRO DO POSSÍVEL NA MULTIPLICIDADE DE PONTOS DE VISTA
Trabalho Universitário: MEMÓRIA, HISTÓRIA ORAL E NARRATIVA: O ENCONTRO DO POSSÍVEL NA MULTIPLICIDADE DE PONTOS DE VISTA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: flavioNunes2 • 27/10/2014 • 355 Palavras (2 Páginas) • 579 Visualizações
Objetiva-se com este estudo analisar a narrativa na interface com a história oral e a memória,
na reconstituição histórica. Partiu-se do problema: é possível a reconstituição da história por
meio da memória? Neste sentido, buscou-se inicialmente refletir sobre as obras que tratam
sobre a rememoração de histórias, uma em forma de filme, dirigida por Eliane Caffé (2003),
intitulada “Narradores de Javé”, e o livro “Memórias de Leitura e formação de professores”
(PINTO; SILVA; GOMES, 2008). Fez-se uma relação entre os protagonistas do filme, que
corroboram com as concepções e análises apresentadas pelas autoras do livro. Em seguida,
procura-se apresentar histórias orais e sua importância na reconstituição da trajetória de
interiorização da educação superior no Extremo Sul Piauiense, referente à dissertação de
mestrado em História da Educação (NOGUEIRA, 2006). Desta forma, nos depoimentos dos
protagonistas destacaram-se pontos de vista comuns, que possibilitaram a reconstituição da
história dessa interiorização na região supracitada, a partir de narrativas históricas de pessoas
da comunidade de Corrente-PI, ex-alunos e professores. Tem-se uma pesquisa qualitativa,
realizada por análise de conteúdo das obras mencionadas e da amostra constituída por 5
(cinco) narrativas coletadas por meio de gravação, durante a pesquisa de mestrado. Portanto,
foi possível reconstituir a história da interiorização da educação superior em Corrente, por
meio da memória de seus protagonistas. Procurou-se reconhecer que as histórias
desencadearam outras, e que a narrativa não tem interesse em transmitir o acontecimento de
forma pura, o que requer do pesquisador critérios de seleção, buscando os acontecimentos
comuns entre as narrativas, tendo consciência de que o narrador imprime na narrativa as suas
subjetividades, percebendo o resultado do trabalho daquele que narra e daquele que escuta
durante a entrevista (oral e escrito). Sumarizando, a subjetividade presente na memória é
indissociável da produção científica desenvolvida no campo da história oral. Destaca-se,
também, que a objetividade científica não está relacionada à neutralidade, pois esta não existe,
mas ao fato de o pesquisador assumir a tarefa da interpretação, com ética e compromisso com
a aproximação da verdade. No trabalho representado pela dissertação, observou-se a técnica
de triangulação dos dados ao se buscar
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