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MULTILINGUISMO: UM DESAFIO NA EDUCAÇÃO

Por:   •  28/3/2016  •  Artigo  •  4.027 Palavras (17 Páginas)  •  595 Visualizações

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MULTILINGUISMO: UM DESAFIO NA EDUCAÇÃO

CHAVES, Luana Alves de[1]

BARBIERI, Sueli Caraçço[2]

        

RESUMO

Na educação brasileira há muito tempo se tem discutido sobre o multilinguismo e a língua portuguesa. O Brasil é um dos países que mais agregam nacionalidades gerando uma diversidade cultural peculiar. A culinária, a moda, a crença e tradições levam o Brasil a ser uma mescla de culturas e línguas. Somando a isso a distância geográfica apresenta vários dialetos que fazem do nosso país um grande caleidoscópio linguístico e cultural. Objetivamos através deste trabalho, elaborar uma pesquisa bibliográfica para contribuir com as discussões sobre multilinguismo na escola. Sabemos que muitos dos problemas comunicativos em sala de aula podem resultar de conflitos externos entre os alunos de origens culturais diversas e do conflito entre alunos e a realidade escolar, geralmente representada por professores e pela instituição escolar. Utilizou-se então, de um levantamento bibliográfico para melhor embasamento teórico sobre o tema e pesquisa de campo, para obter informações sobre o trabalho do educador sobre o tema.

Palavras chave: Multilinguísmo,  Cultura,  Diversidade, Multiculturalismo.

1 INTRODUÇÃO

A formação de uma identidade educacional e cultural é um desafio, pois o respeito e a inserção de várias línguas e culturas acabam gerando a aculturação de um povo; salientamos que, nesta pesquisa concebemos aculturação como o resultado da mescla, integração cultural de um povo. O máximo que podemos almejar é uma cultura próxima dos povos, com grandes variações culturais e linguísticas.

 O objetivo principal da pesquisa é contribuir com as discussões sobre multilinguismo na escola. Tal objetivo desdobra-se em outros, qual sejam: refletir sobre as concepções de multilinguísmo e multiculturalismo;  discutir sobre os desafios da educação brasileira frente ao multilinguismo.

Para chegarmos às respostas, adotamos a metodologia da pesquisa qualitativa. Em primeira instância, realizamos um levantamento bibliográfico que dará sustentação à pesquisa. 

A pesquisa qualitativa se insere neste trabalho quando aceitamos que ela é uma forma de estudo da sociedade que se centra na forma como as pessoas interpretam e dão sentido às suas experiências e ao mundo em que elas vivem. Os pesquisadores usam as abordagens qualitativas para explorar o comportamento, as perspectivas e as experiências das pessoas que eles estudam. Para o desenvolvimento desta pesquisa adotamos os seguintes passos metodológicos:  produção de questionário que versa sobre o multilinguísmo;  Aplicação deste questionário a educadores do Ensino Médio;  Análise das concepções dos educadores, confrontando-as com as discussões teóricas sobre o tema.

Justificamos que o tema multilinguismo vem sendo trabalhado nas escolas atuais com maior complexidade, para que os nossos educadores e educandos percebam a importância que o multilinguismo traz para sua vida dentro da realidade vivida por cada um.

Cada aluno tem em sua origem familiar pessoas que falam pelo menos algumas palavras em outra língua a qual depende da origem familiar de cada criança, e para isso o uso do multilinguismo é muito importante para aprimoramento escolar e aceitação do diferente.

        Justifica-se este trabalho pela importância de trabalhar o multilinguismo como um desafio para a educação no Brasil, pois vivemos em um país multicultural, com uma grande diversidade de povos, com culturas e etnias diversificadas.

É importante que o educador, nos momentos em sala de aula, mantenha-se discreto e atento a oralidade de seus alunos na prática da leitura e escrita para fazer um retrato fiel de cada um dentro da realidade deles. Pois é muito importante descrever e interpretar a cultura e o comportamento cultural dessas pessoas e grupos.

2  MULTILINGUISMO NA ESCOLA

É fundamental lembrar que não existe nenhuma língua una e homogênea. Qualquer língua é sempre diversificada e heterogênea. Vivemos em um mundo multicultural e interdependente e para os profissionais da educação cabe o desafio de entender e buscar interagir com esta diversidade. A diversidade não deve ser vista apenas como diferenciação, mas sim a diversidade em situações específicas que precisam ser contextualizadas, que envolvam  relações de dominação e subordinação, gerado pelo preconceito em ambientes com vários contextos culturais.  

Quando tratamos do multilinguismo na sala de aula nos diferentes níveis de ensino deve ocorrer  a reflexão do currículo, inovação curricular multilingue, ou seja, a utilização de diversos recursos para trabalhar conteúdos dentro desta temática. Segundo Moita Lopes (2002, p.16), “a escola é um dos espaços institucionais mais importantes para aprendermos a nos constituir como seres sociais e também para construirmos os outros”.

O Multilinguismo é o ato de dominar o uso de vários idiomas, aprendidas enquanto língua materna seja por uma pessoa individual ou por uma comunidade de pessoas.

Segundo Aronin e Singleton (2012, p. 6-7): “O termo multilinguismo deve ser  compreendido tanto como uma capacidade de utilização de  mais de uma língua na vida cotidiana, como um produto  da habilidade humana de se comunicar em várias línguas”.

Um indivíduo multilingue pode comunicar-se em mais de uma língua de forma ativa ou passiva, e pode ter-se tornado multilingue a partir de experiências variadas.

Por contextos multilingues segundo Cavalcanti (1999, p. 386), que os define como os “cenários onde mais de uma língua é falada”.

O multilinguismo está se tornando um fenômeno social regido pelas necessidades da globalização e da abertura cultural. Graças à facilidade de acesso à informação causada pela Internet, a exposição das pessoas a múltiplas línguas está ficando cada vez mais frequente e fazendo com que haja a necessidade em aprender diferentes línguas.

O multilinguísmo é parte da condição humana, tornando-se um lugar privilegiado para se desvendar a natureza e consequências das diferenças, permitindo que se liguem as experiências e práticas individuais com as dimensões das estruturas sociais. Os estudos sobre multilinguismo, conectados com outras importantes áreas de atividades, principalmente com as políticas linguísticas (aprendizagem e ensino), possibilitam uma revisão destas questões como processo social e não mais como questões técnicas.

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