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Mitos 7 e 8

Por:   •  26/8/2015  •  Resenha  •  960 Palavras (4 Páginas)  •  419 Visualizações

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Resumo – Mito nº 7: “É preciso saber gramática para falar e escrever bem”

A maioria dos professores concorda com a afirmação acima e os pais também cobram do professores que ensine os “pontos” de gramática como eles aprenderam.

Esta declaração é um mito, pois conforme Mario Perini em Sofrendo a gramática “não existe um grão de evidência em favor disso, toda a evidência disponível é em contrario”, se fosse assim os gramáticos seriam grandes escritores e os bons escritores seriam especialistas em gramática, e eles mesmos são os primeiros a dizer que gramática não é com eles, Carlos Drummond de Andrade e Machado de Assis são exemplos, o primeiro escreveu sobre sua dificuldade e o segundo se espantou ao abrir o livro de seu sobrinho e não ter entendido nada.

Quando dizemos que o ensino de gramática é para que os alunos venham escrever, ler ou falar melhor,  estamos equivocados, as primeiras gramáticas do Ocidente, as gregas, só foram elaboradas no século II a.c., porém antes disso na Grécia já existia uma literatura ampla e diversificada.

As gramáticas foram escritas para descrever e fixar como regras e padrões as manifestações lingüísticas usadas espontaneamente pelos escritores da Grécia, assim a língua passou a ser subordinada e dependente da gramática.

Todo processo histórico de inversão dos fatos pode criar a ilusão de que primeiro alguém escreveu uma gramática e só depois é que as pessoas passaram a falar a língua, porém isso não é verdade pois antes mesmo da gramática já existia a língua.

A nossa historia (da cultura ocidental) nos explica que existiu esse “apego” ao ensino da gramática. Antigamente a língua que dominava era o latim, que para a igreja católica era uma língua “perfeita”, capaz de expressar os sentimentos dos indivíduos.

No entanto latim foi se transformando em uma língua morta. Na ausência de falantes nativos que pudessem auxiliar na hora de uma duvida o latim só podia ser aprendido por meio das velhas gramáticas. Porém o período renascentista também ocorre o florescimento das grandes línguas nacionais, que passam a ser empregadas no governo, na literatura.

Mas mesmo para o ensino com base na analise sintática de frases descontextualizadas que eram divididas e separadas em seus elementos mínimos.

Depois de muita discussão, pesquisa e reflexão sobre a necessidade ou não de ensinar gramática se torna um desperdício de tempo pois se introduz no individuo uma nomenclatura interminável sem nenhum objetivo claro e indefinido.

Muitos professores ao ver essa expressão entram em pânico, mas a pratica da analise sintática não contribuem em nada para formar cidadãos capazes de ler e escrever com propriedade, eficiência, criatividade e segurança.

A tarefa da educação lingüística é incentivar e desenvolver o letramento dos alunos, isto é a plena inserção desses sujeitos na cultura letrada.

Somente com o trabalho da leitura e escrita é que a escola leva o cidadão a refletir sobre o fenômeno da língua do mesmo jeito que ela aprende sobre os ecossistemas, cadeias alimentares etc.

Basicamente é mais útil e relevante ensinar alguém a construir um bom texto, decifrar os textos, entendê-los do que fazer as crianças decorarem nomes para classificar frases soltas.

Resumo – Mito nº 8: “O domínio da norma padrão é um instrumento de ascensão social”

Segundo o autor, este mito tem muito a ver com o primeiro, sobre o mito da unidade lingüística do Brasil. Ambos tocam em sérias questões sociais. Algumas pessoas dizem que a norma padrão conservadora, tradicional, literária, clássica é que deve ser ensinada nas escolas por ser um “instrumento de ascensão social”. Se este domínio fosse realmente um instrumento de ascensão na sociedade, os professores de português ocupariam o topo da pirâmide social, econômica e política, do país. Na opinião do autor a verdade está bem longe disso.

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