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Morfologia

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Por:   •  21/3/2015  •  3.226 Palavras (13 Páginas)  •  252 Visualizações

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Fundamentos Morfossintáticos

Alice Lúcia Castro de Paula RA: 1299601128

Geiziane Aparecida Neves de Sousa RA: 1299539253

Hebert Menezes da Silva RA: 1299527807

Jane Rocha Rodrigues RA: 9976736918

Matias Ribeiro dos Santos RA: 4204777783

Polo: Faculdade de Negócios BH

Curso: Letras

Disciplina: Morfologia

Tutora presencial: Cleide Dorzi

Belo Horizonte, setembro de 2014

INTRODUÇÃO

O Léxico definido como todo o universo de palavras de uma língua, tem o intuito de atingir o maior conhecimento possível das características e propriedades de cada palavra, no presente e no passado, essas que passaram por um processo de mutação ao longo dos tempos.

Para que possamos então entender todo o processo da formação de palavras, em linguística é necessário que estudemos a morfologia, que é o estudo da estrutura, formação e classificação das palavras, ou seja, a peculiaridade de estudá-las isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período de uma oração. Ela está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

Então, com o objetivo de aprendermos os fundamentos morfossintáticos da língua portuguesa, essa ATPS traz mais um novo desafio proposto em etapas que deve ser correspondido pelos alunos de acordo com o que nos foi proposto.

Este trabalho está dividido em três partes:

1º) Produção de uma resenha crítica sobre as origens do estudo linguístico e do estruturalismo.

2º) Síntese para compreensão das unidades mínimas que formam as palavras e os fenômenos morfossintáticos.

3º) Foram escolhidos 20 exercícios de análise morfológica envolvendo as 10 classes de palavras que julgamos importantes para o aprendizado dos alunos.

AS ORIGENS DOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS E DO ESTRUTURALISMO

O termo estruturalismo, em linguística, serve para designar uma corrente de pensamento do início do século XX, fundamentada na afirmação de Saussurre de que ‘‘a língua não é um conglomerado de elementos heterogêneos; é um sistema articulado, onde tudo está ligado, onde tudo é solidário e onde cada elemento tira seu valor de sua posição estrutural”. (Saussurre, citado em Leroy (1971: 109). A língua é uma parte externa do individuo, ou seja, este não pode criá-la, nem recriá-la. Ela é um sistema de Signos, em que há uma relação entre significante (imagem acústica) e significado (conceito), tendo uma relação arbitrária se definindo em termos paradigmáticos (imagens de outros elementos na memória) e sintagmáticos (todos os elementos da língua se relacionam com outro, formando cadeias de enunciados).

A perspectiva da língua, de sistemas de signos, desperta a questão de onde a língua se inicia, já que esses signos são sincrônicos, com relação arbitrária em termos sintagmáticos e paradigmáticos. Leroy (1971) a partir do século XV, a tradição gramatical greco-romana, que até então imperou, perdeu importância à medida que ameaçava o estudo das línguas vernáculas e exóticas, época em que surgiu também a gramática geral de Port-Royal, redigida por estudiosos franceses no séc. XVII, que explica os fatos, demonstra que a linguagem, imagem do pensamento, se funda na razão. Esta gramática preparou a abordagem histórica da língua que caracterizou os estudos linguísticos do século XVII e abriu caminho ao comparativismo do século seguinte. Portanto, foi no século XX, com o estruturalismo, que a linguística moderna alcançou seu ponto mais elevado, com a publicação de uma obra de Ferdinand de Saussurre, em 1916, que é considerado o marco inicial da linguística moderna.

Saussurre desenvolveu sua doutrina a partir de dicotomias, em que a língua deve ser compreendida em sua totalidade, havendo uma relação de significante e significado. Onde o significante é a imagem acústica e psíquica da palavra, o corpo da ideia, já o significado é a alma da palavra, o conceito. E ambos são codependentes, de modo que um não existe sem o outro. As ideias de Saussurre foram o ponto de partida para os linguistas desenvolverem novas teorias e novos métodos. Dentre várias criações existiu a Escola de Praga, surgida em 1925 a 1939 liderou o Circulo Linguístico de Praga, através de seus membros mais influentes, os russos Raman Jakobson e N. S. Trubetskoi, este último um dos mais importantes, é considerado o verdadeiro e efetivo criador da fonologia, com os seus fundamentos de fonologia. Proclamaram a importância de se fazer distinção entre fonologia e fonética, que até então, eram consideradas uma única ciência.

Ferdnand Saussurre (1857 – 1913) acreditava que a língua deveria ser estudada, a partir das relações dos signos uns com os outros, sincronicamente, sendo a função de cada elemento, determinada em relação à sua oposição a outro elemento, não sendo influenciado pelo tempo, o que fez com que fosse muito criticado. No modelo sincrônico a palavra é vista como um todo não–segmentável; as palavras estabelecem relações associativas entre si (podendo ser fonológicas, ou seja, quando o elemento comum diz respeito ao significante); semânticas (quando o elemento comum diz respeito ao significado); morfológicas (quando o elemento comum diz respeito a ambos simultaneamente). Ou seja, determinada palavra possui determinado morfema, o que equivale dizer que tal palavra estabelece relações associativas com outras que apresentam em comum uma cadeia fônica semelhante e um elemento significativo semelhante; a formação de palavras se dá por analogia, estabelecendo relações associativas com palavras já existentes na língua, e, uma palavra é produtiva (é capaz de servir como modelo analógico para formar outras) na medida em que é possível

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