O Autor Sírio Prossenti, em "O mínimo necessário"

O autor Sírio Prossenti, em "O mínimo necessário", sugere um programa de ensino que contextualize o ensino da Língua Portuguesa, priorizando a leitura de jornais, revistas e literatura, na própria escola. Propõe um ensino para além da gramática, que invista não só no ensino da língua, mas que dê enfase à análise das variações regionais da língua, principalmente num país tão diverso como o nosso, mostrar que elas existem e não são erradas.

Sírio defende uma metodologia que priorize a leitura constante de textos variados, possibilitando ao aluno o dominio da lingua escrita, assim como o falar e o ouvir reforçam o aprendizado e o dominio da fala. Para ele, a linguagem não se refere apenas a língua padrão, mas a língua como unidade comunicativa, de marcação de identidade, de variação regional e sociocultural.

A variedade linguística nos mostra que, devido à questões geográficas, a língua não é uniforme e sofre variações constantes. Ninguém fala da mesma forma. Neste caso, a língua funciona como um reflexo da sociedade, condicionada por fatores como: a geografia, a classe social, a profissão, a idade, entre outros.

O texto nos remete a uma reflexão mais profunda da língua. Ao invés de fazermos apontamentos dos chamados “erros” o mesmo na posição de linguista defende uma escola que busque uma análise dessas construções dialetais, para que assim possamos ser capazes de explicarmos as razões pelas quais as mesmas são colocadas. Segundo Possenti, não deve ocorre no processo de ensino, correções autoritárias ou simplesmente baseadas em decoreba o mesmo defende um estudo mais profundo da língua menos excludente e discriminatório.