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O CURSO DE LETRAS VARIAÇÃO LINGUISTICA

Por:   •  9/10/2021  •  Artigo  •  3.632 Palavras (15 Páginas)  •  142 Visualizações

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(Marcio Jose De Oliveira) - RA: 1713100378

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CURSO DE LETRAS

VARIAÇÃO LINGUISTICA: os preconceitos linguísticos e os problemas enfrentados dentro da sala de aula.

Orientadora: Profa. Dra. Magali Rosa de Sant’Anna

São Paulo

2015/11/10


 INTRODUÇÃO

As variações linguísticas podem ser diferenciadas pela variação histórica e variação regional. Pois além do português padrão, o que conhecemos como norma culta, também existem traços diferentes que fica evidenciados no linguajar dos alunos em salas de aula. Com o mundo globalizado também podemos perceber que existem linguagens como as que se usam na web, assim como palavras estrangeiras que fazem parte do cotidiano dos alunos. Deste modo podemos perceber o uso da língua materna e as “modalidades” que vem sendo inserida neste contexto.

O presente trabalho tem por objetivo pesquisar a diversidade lingüística dentro da sala, além de investigar como o professor de português lida com essa situação em que torna-se um desafio para o professor, trabalhar com essa gama de diversidade sem ter nenhum preconceito, respeitando a característica lingüística de cada aluno.

A variação linguística está diretamente ligada às novas propostas pedagógicas de educação na Língua Portuguesa. Entretanto o tema variação lingüística é muito importante, tanto na escola como em toda a sociedade. Temos muita dificuldade ao lidar com esse tema, pois existem poucos autores que nos dão embasamento teórico acerca deste tema.

O presente trabalho justifica-se pelo fato de que a Variação Linguística é uma ciência nova e mesmo depois de ter passado por uma grande evolução, ainda é um tema a ser muito discutido.

O tema é de suma importância, tanto para os professores atuantes quanto aos que estão formando agora e prestes a ser inserido no ambiente escolar.

CAPÍTULO  1 - ABORDAGEM HISTÓRICA

No Brasil falava-se somente a língua dos nativos antes do “descobrimento” do Brasil. Após esse acontecimento em 1500, começou a modificar. A língua portuguesa de Portugal foi imposta para todos que viviam aqui e neste momento a comunicação foi feita através da língua tupi, pois muitos padres jesuítas aprenderam essa língua e a de Portugal. Depois vieram os negros  africanos, e também o aumento do fluxo de estrangeiros aqui no Brasil, para a exploração dos recursos naturais do país.

 Marquês de Pombal decreta em 17 de agosto de 1959, a Língua Portuguesa oficial do Brasil e proíbe o uso da língua geral, a dos indígenas, nestas condições impondo a Língua Portuguesa em prejuízo da língua local, a dos indígenas, inicia-se o preconceito, é o que diz BORTONI RICARDO (2004: p.34 ).

Quando um falar, isto é, um dialeto ou variedade regional, é alçado à condição de língua nacional em virtude de um processo sócio-histórico, ele adquire maior prestígio em detrimento dos demais. (...) esses juízos de valor são ideologicamente motivados e geram preconceitos que devemos combater.

Entretanto, a Língua Portuguesa teve sua evolução de maneira natural, como sofre todas as línguas no passar do tempo. Porém, as mudanças ocorreram de maneira muito diferente em Portugal e no Brasil, ou seja, metrópole e colônia. Paul Teyssier (1982: p.15), em Histoire de la langue portugaise, afirma que no final do século XVIII, “o brasileiro já aparece no teatro português como um personagem com peculiaridades em sua fala”. Ele exemplifica mostrando a generalização do uso da forma de tratamento que até hoje se mantém no Brasil, mas que em Portugal era empregada apenas familiarmente: o “você”, redução de “voismicê”, que por sua vez deriva de “vossa mercê”. Mesmo porque, quando Marquês de Pombal decretou a obrigatoriedade do uso do português no Brasil, os falantes brasileiros já haviam incorporados diversas palavras de origem indígena e africana em seu vocabulário.

Podemos perceber que os africanos e os indígenas deixaram um riquíssimo legado cultural, na culinária e principalmente nas linguagens, essa  miscigenação mudaria para sempre os costumes do povo brasileiro e consequentemente sua maneira de falar. Em seu livro “Português ou Brasileiro, um convite a pesquisa” de BAGNO (2004: p.44), diz que “Depois que o navegador português Vasco da Gama descobriu (...) o caminho para as índias, o mundo nunca mais seria o mesmo – o mundo em geral e, mais particularmente, o mundo da língua portuguesa”.

Essa mistura linguística continuou mesmo após a Independência do Brasil quando houve a diminuição da entrada de escravos , vários índios se miscigenaram e novos imigrantes europeus, como os alemães e italianos, chegaram ao país. Com isso o povo brasileiro juntamente com a língua portuguesa do Brasil se misturou com outras línguas, e isso foi um dos principais fatores que gerou as diversas variedades linguísticas regionais existente hoje no brasil. É o que afirma BAGNO (2004 p: 18):

...no Brasil não se fala uma só língua. Existe mais de duzentas línguas ainda falada em diversos pontos do país pelos sobreviventes das antigas nações indígenas. Além disso, muitas comunidades de imigrantes estrangeiros mantêm viva a língua de seus ancestrais; coreanos, japoneses, alemães, italianos.

Dessa maneira podemos dizer que a língua Portuguesa vem se aculturando ao longo dos tempos. Devido ao fato de terem vindo diversos povos para o Brasil, o brasileiro acabou assim incorporando termos não só das línguas indígenas e africanas, mas do francês, do espanhol, do italiano entre outras. Entretanto, é necessário deixar claro que ainda estamos expostos as influencias de outras línguas com a globalização.

Capitulo 2 - CONCEITO DE VARIAÇAÕ LINGUISTICA

Vimos no capitulo anterior, que no Brasil existe uma grande variação linguística, devido às misturas de povos no país. Por isso, é importante ressaltar que existem algumas comunidade ou sociedades que falam de determinada forma, pois a língua vem assumindo um caráter heterogêneo e não  homogêneo.

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