O Discurso esquecido do professor de língua portuguesa
Por: geovanagbd • 28/8/2018 • Trabalho acadêmico • 2.594 Palavras (11 Páginas) • 267 Visualizações
O discurso esquecido do professor de Língua Portuguesa no PROEJA
Geovana Barbosa Duarte (IFTO)
Introdução:
Este artigo aborda os desafios enfrentados por uma professora de Língua Portuguesa do PROEJA, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Campos Palmas. O propósito deste trabalho é fazer uma intervenção colaborativa sobre como a referida docente lida com as dificuldades no contexto de seu ensino no projeto de inclusão mencionado. Para tanto, demos voz a esta profissional por meio desta pesquisa, e foi possível detectar quais os problemas implicados no processo ensino-aprendizagem junto ao aluno; sendo que após esse problema ser detectado o próximo passo será a resolução da questão.
Elegemos alguns objetivos para o presente trabalho, não só elaborar uma base de conhecimento das agruras do professor de português engajado no projeto de inclusão social, compreender qual o grau de suporte que a instituição em que funciona o projeto oferece ao projeto e ao professor (neste caso em específico, no IFTO), como também identificar no discurso do professor os problemas metodológicos enfrentados com relação ao ensino do português com este público estudantil especifico.
2. Base Teórica:
Nesta parte do trabalho discute se os conceitos da linha de pesquisa que orienta o estudo em questão e se inscreve na Linguística Aplicada. Sendo que a LA se caracteriza como área que se ocupa da pesquisa sobre questões de linguagem situadas na prática social. Como base de estudos tem se Almeida Filho (2008) em seu artigo A Linguística Aplicada na Grande Área da Linguagem mencionando que existe a presença da L.A em subáreas como a lexicografia e terminologia, relações sociais mediadas pela linguagem ou, por exemplo, o ensino-aprendizagem de línguas, e isso ocorrem pelo fato de que o tempo todo a L.A se relaciona com disciplinas de contato. Sendo que com o auxilio das disciplinas de contato, pesquisas são feitas, métodos são criados e aplicados para se obter um determinado resultado.
Almeida Filho (2008) também explana em seu trabalho que o estudo da linguística aplicada se originou do estudo das ciências, dando continuidade nas ciências humanas, ciências sociais, ciências das linguagens e se enquadra no grupo das letras (linguística geral, literatura e linguística aplicada); essa mudança no campo de estudo fica clara, pois vem acompanhando os indivíduos, a sociedade e as novas necessidades que surgem diariamente.
Vale ressaltar neste ponto do trabalho a caracterização feita por Celani (2003), completando o conceito de Almeida Filho, em seu artigo A Relevância da Linguística Aplicada na Formulação de uma Política Educacional Brasileira, que aborda a L.A como uma articuladora de múltiplos domínios do saber que tem preocupação com a linguagem. Neste caso, a autora faz menção sobre os trabalhos da L.A com a língua, nas práticas sociais da sociedade civil, principalmente para que possa existir uma melhora onde há problemas. Como mencionado anteriormente a L.A surgiu para atender as novas necessidades que surgem constantemente na comunidade, devido à globalização. Visto que o que se percebe é um sistema não igualitário nas esferas da sociedade, pois muitas pessoas não conseguiram acompanhar nem a evolução tecnológica e nem a financeira. E é neste ponto que a L.A, juntamente com as disciplinas de contato entram.
Abordaremos no artigo a L.A e o ensino de Língua Portuguesa no Proeja – Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica – pois a ação conjunta dessas duas ações sociais produz uma solução no âmbito escolar. Visto que muitas pessoas ficaram atrasadas em seus estudos por causa das circunstâncias á suas voltas, um tanto controversas e o PROEJA possibilita a recuperação desse tempo perdido.
Com base no artigo O ensino de língua portuguesa no proeja (IF- AL): um estudo da descontinuidade entre a gramática padrão e outras variantes percebe se a partir da experiência deles no PROEJA em Alagoas que o projeto está envolvido diretamente na melhora do currículo, identidade profissional em formação, do aluno. E em conjunto a esta atividade desenvolvida na sala de aula, o professor de língua portuguesa tem a missão de trabalhar a integração teórica com o aluno na prática, ou seja, envolver o trabalho, a sua vida familiar e o conhecimento de mundo do aluno com os conteúdos programados na ementa do ensino. Outra questão que o artigo aborda sobre a experiência em Alagoas é a formação dos professores que ministram aulas no PROEJA, pois quanto mais capacitados para as diversas situações e os diferentes sujeitos sociais o professor terá mais domínio sobre sua sala e conseguirá desenvolver a aprendizagem dos seus alunos através da língua.
Para um melhor entendimento do que está colocado aqui para o leitor, o PROEJA é caracterizado, segundo dispõe documento base do Ministério da Educação e Cultura como :
[...] Um Programa Nacional de Integração da Educação Básica com a Educação Profissional na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Tem três possibilidades de oferta de cursos: ensino fundamental (EJA) com qualificação profissional; ensino médio (EJA) com qualificação profissional; e, ensino médio (EJA) com educação profissional técnica de nível médio (BRASIL, 2007)
No caso o PROEJA técnico, tem como objetivo fornecer cursos de formação profissional e do ensino médio para alunos com 18 anos para cima, que não tiveram a chance de cursar o ensino médio na idade comum as estudantes. Porém para que essa chance alcance essas pessoas que não conseguiram concluir os estudos no ensino regular, existiram/existem problemas; que quando solucionados facilita o exercício de cidadania tanto do aluno, quanto do professor.
No sentido de dar suporte aos agentes das praticas sociais que ocorrem no proeja, trabalhos sobre o aluno e suas dificuldades são ofertados em grandes escalas, por isso o foco deste artigo é dar voz ao professor de língua portuguesa. Para início Como ponto de partido para este estudo baseado no artigo intitulado A importância da Especialização PROEJA na formação do docente de autoria de Édice Cechinel mostra
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