O Fichamento o Mito da Caverna
Por: Yuri M. • 24/6/2019 • Resenha • 911 Palavras (4 Páginas) • 533 Visualizações
A ALEGORIA DA CARVERNA DE PLATÃO
1. INTRODUÇÃO
A obra a Alegoria da Caverna é uma passagem na obra A República, foi escrita por Platão, um filósofo grego, viveu entre 428-348 a.C., nascido em Atenas. Autor de vasta obra filosófica, dentre as quais, destaca-se A República, um tratado político-filosófico, uma de suas obras-primas, escrita em forma de diálogos.
Nessa passagem, Platão acaba utilizando um mito ou alegoria, uma espécie de narrativa que busca o esclarecimento de ideias complexas para o público leigo, com o objetivo de explicar a essência de suas ideias.
2. A Alegoria da Caverna
A Alegoria da Caverna, é uma explicação alegórica do ser humano frente ao conhecimento, que se encontra no livro VII de A República. A obra conta a história de homens que desde crianças viveram em uma caverna, encontravam-se acorrentados dos pés a cabeça, de tal forma que ficavam somente com os olhos voltados a uma parede. Desse modo, tudo que conheciam era resultado das sombras projetas na parede pela fogueira. O autor usa dois personagens que dialogam entre si: Sócrates e Glauco, seu discípulo, que passava a imaginar as cenas sugeridas por Sócrates:
Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoço acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar à cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente (PLATÃO, 1996, p. 296).
Atrás deles tem um grande muro e atrás deste muro pessoas carregam objetos estátuas de pessoas, animais, plantas e outros objetos, que devido à luz da fogueira, as sombras são refletidas no fundo da caverna. A visão desses homens é limitada a sombras, as quais são projetadas pelo fogo sobre a parede da caverna e, desse modo, estão totalmente distantes da realidade e em um plano ignorante.
No momento em que se libera um desses homens e lhe permite ter contato com o mundo exterior, o mundo real, naturalmente sente dores ao movimentar o corpo e sua visão escurecida incapacitar-lhe de ver os objetos em sua forma concreta, considerando que, o que via antes, as sombras, era mais verdadeiro.
Ao chegar do lado de fora, o primeiro impacto que o prisioneiro tem é com a luminosidade do sol que o cega temporariamente. Aos poucos, seus olhos se habituam à claridade do sol e ele pode contemplar mais próximo da realidade, objetos mais reais, com uma visão mais verdadeira, tendo dificuldade em nomear os objetos, pois se encontra indeciso diante da contemplação mais verdadeira da realidade.
No diálogo, Platão (1996) propõe uma reflexão: o retorno desse homem à caverna que lhe causaria a necessidade de uma nova adaptação e, antes disso, ao relatar aos outros homens seu “novo juízo sobre as sombras”, ocasionaria motivos para risos, julgariam essa experiência como não válida, pois o verdadeiro para os outros é a forma cômoda da rotina ignorante na caverna.
Analisando essa metáfora, Platão pretende nos mostrar as diversas formas do ser humano de aprender a realidade e o esforço para “lutar” pela verdade. Mostra que há várias maneiras de captar a realidade e de enformarmos o mundo em função do que sabemos e do
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