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O PARNASIANISMO: MOVIMENTO LITERÁRIO

Por:   •  3/3/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  1.404 Visualizações

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SUMÁRIO

Introdução...............................................................................................................7
Contexto Histórico..................................................................................................9-11
Características.........................................................................................................13
Tríade Parnasiana e Poemas....................................................................................15-17
Anexos....................................................................................................................19-21
Bibliografia.............................................................................................................23
Conclusão................................................................................................................25

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INTRODUÇÃO

O Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, no fim do século XIX, e posteriormente chegou ao Brasil, tendo como principais integrantes brasileiros Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Foi uma escola que valorizou extremamente a estética e a busca da perfeição, o uso de linguagem rebuscada, vocabulário culto e metrificação em seus poemas. Dentre as principais obras dessa época temos: Meridionais (de Alberto de Oliveira), Aleluias (de Raimundo Correia) e Poesias (de Olavo Bilac).


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CONTEXTO HISTÓRICO

Quando falamos em Parnasianismo, falamos de um momento contemporâneo ao Realismo e Naturalismo, ele está muito próximo ao Realismo, mas existe a seguinte diferença que os tornaram escolas desmembradas: Parnasianismo é o Realismo na poesia, único e exclusivamente poético, com traços e características bem diferentes do Realismo, que tinham como ideal a crítica social, visavam à melhoria de uma cidade. Já os parnasianos prezavam a beleza.

Onde tudo começou

Deu-se início na França (1860 - 1866), quando poetas se juntaram e começaram a pensar em novas formas de escrever, onde ocorre a retomada da estética.

Parnasse – Grécia

Parnasianismo é derivativo de Parnasse, que no Brasil é Parnaso. Uma região montanhosa da Grécia, de paz onde Apolo vivia com suas ninfas e também os poetas, o que lembra o Neoclassicismo porque retoma o clássico, visando adentrar novamente com a beleza na escrita.

“Le Parnasse Contemporain”

Revista em que foram escritos os primeiros traços, onde se manifestaram os primeiros autores que se moveram em prol dessa mudança da escrita. Devido a esse nome da revista, atribuiu-se o nome de parnasianos todos aqueles poetas que estavam tendo essa nova visão.

O estava acontecendo no Brasil e no mundo

É legal ressaltar que enquanto falamos de outras escolas literárias, que começaram na Europa ou na França, por exemplo, foram tendo seus traços retratados em outros países até chegar no Brasil. Porém, quando falamos de Parnasianismo se trata de algo muito mais restrito, na verdade, pode-se afirmar que, depois da França, onde houve seu apogeu, diretamente o Brasil adotou o esta escola literária, teve uma influência muito delicada em Portugal, mas não chegou a haver uma grande mudança.

• Então quando falamos desses traços de contexto histórico, que influenciaram esse período, não se pode esquecer os seguintes acontecimentos:

Abolição da Escravatura (1888) – Típico do Realismo também, lembrando que é contemporâneo ao Parnasianismo.

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Proclamação da República (1889) – Traços de liberdade, de querer uma mudança.

Fim do Regime Militar/Progresso Material – O capitalismo estava tendo uma ascensão, contudo, a diferença de classes aumentara também (Quem tem mais, manda mais, quem tem menos, apenas obedece).

Influência Francesa – Os autores deste período não tinham o pé no chão, queriam viver com aquela mordomia e elitização que havia entre os autores na França, só que no Brasil, aquilo não era uma realidade. Mais denominado como “viver por aparência”, não contentes de imitar apenas a literatura francesa, queriam imitar o modo de viver que os franceses tinham também.

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CARACTERÍSTICAS

Algumas delas são as mesmas do Realismo

• Objetividade – Sem retornos, direto ao ponto;

• Impessoalidade – Sem o “eu”, frio e calculado;

• Descritivismo – Analisa, mostra cada instante/detalhe do que quer ser mostrado;

• Culto à forma – Principal característica, pois havia a preocupação dos poetas de elaborarem poemas/sonetos perfeitos, com métrica, rimas raras, vocábulos nada usuais, sem coloquialismo e sim norma culta.

• Preciosismo Vocabular – Erudito, palavras complexas, praticamente ter que consultar a um dicionário a cada poema, pra poder obter um entendimento melhor, visto que são mais palavras mais difíceis.

• Arte pela Arte – Para todos os parnasianos, a visão é de que a arte por si só se complementa, sem necessidade de engajamentos. Só a parte estética já é mais que suficiente. Então, quando um poeta realista vai falar de amor, nação, da sua família, fala porque quer externar. Já para o parnasiano, não é preciso, ele busca a palavra perfeita para o poema perfeito e isso é primordial.

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TRÍADE PARNASIANA E TRECHOS DE POEMAS

Composta pelos três gênios da poesia parnasiana brasileira:

• Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac – Príncipe dos poetas, uma figura brilhante. Mesmo sem o sentimentalismo, sem subjetividade, ele consegue fugir um pouco da frieza, pois algumas de suas reflexões têm a ver com a existência, com a temática da perfeição, não só busca-la, mas tentar entendê-la e explica-la. Nacionalismo não exacerbado, ele fala da língua-portuguesa, da geografia brasileira, mas sempre se contendo. Os parnasianos, como um todo, buscam os valores clássicos Greco-romanos (Mitologia) e Sensualismo.

Profissão de Fé (trecho, Olavo Bilac):

Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
           ...
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma!

Este é um dos poemas mais conhecidos de Bilac, onde ele compara o poeta ao ourives, sendo este, o homem que pega a pedra bruta, diamante ou pedaço de ouro, lapida e a transforma na joia perfeita. No caso, o poeta pega a sua pena e começa a escrever, em busca da palavra e expressão perfeita para concluir o poema perfeito. A forma realmente é uma deusa, a busca por essa deusa. Portanto, profissão de fé nada mais é para o poeta, lapidar as palavras.

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