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O TRABALHO DOCENTE NOS DIAS ATUAIS

Por:   •  4/4/2016  •  Artigo  •  4.473 Palavras (18 Páginas)  •  508 Visualizações

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O TRABALHO DOCENTE NO CONTEXTO ATUAL:

SOB O OLHAR DE EDUCAÇÃO LIBERTADORA.

RESUMO: O objetivo deste estudo é a reflexão sobre a postura do professor frente uma educação libertadora em que os ideais de solidariedade e exercício de cidadania são a base. Espera-se do professor conscientização e a mudança de posturas arcaicas, tais como a prática de avaliar para classificar os alunos, elitizando a aprendizagem e sim para o professor se autoavaliar, fazer intervenção na aprendizagem e tomada de decisões. Com a mudança das atitudes abordadas neste estudo, têm-se resultados diretamente na formação do sujeito-histórico: o aluno. Esse sujeito atuará socialmente de forma autônoma, crítica e democrática.

PALAVRAS-CHAVE: Professor. Cidadania. Libertadora. Avaliação. Ética.

Introdução

O professor junto à família deve formar sujeitos históricos. O professor tem o prazer nesta formação, seu trabalho diferencia de trabalhos forçados. Têm-se como ideais de educação, o acesso à cultura produzida pela humanidade.  Essa cultura relaciona-se a valores, crenças, ciências, arte, religião, filosofia, direito, costumes, tudo o que o homem produz.  O objetivo deste estudo é para que a postura do professor seja reflexiva referente à sua prática de ensino. A mudança da forma com que se relaciona com o seu aluno. Atualmente há um grande desinteresse dos alunos de aprender conteúdos, por isso a necessidade de repensar e mudar o que se entende como educação escolar. Esse é o primeiro passo, a mudança do conceito de educação, ligada a práticas tradicionais de transmissão de conteúdos.

Freire (1996)  afirmava que a educação é para libertar e não para domesticar. O professor precisa ter como objetivo a transformação da personalidade do aluno conforme afirma Paro (2002).

Percebe-se que o professor tem um papel importantíssimo na formação do aluno. O professor precisa torná-los críticos, pensadores, autônomos de suas decisões e ligados aos ideais de solidariedade e de cidadania conforme prevê as Leis de Diretrizes e Bases de 1996 é de suma importância e urgência.

É necessário desvincular a vida escolar, do preparo para passar apenas em exames escolares que solicitam decoração de conteúdos e vinculá-la ao preparo para a vida, saber relacionar-se, algo que atualmente não acontece na maioria das escolas.

Ainda há práticas que auxiliam a exclusão dos alunos que apresentam dificuldades. As avaliações são classificatórias. O ideal é usar o instrumento da avaliação como acompanhamento do processo de aprendizagem, para se autoavaliar, avaliar a sua metodologia e para verificar o que o aluno ainda não aprendeu e assim tomar atitudes. Outra postura esperada do professor é a conduta ética. A postura ética é a postura que deve permear as atitudes do professor. É a não aceitação da exploração do trabalho forçado, é não falsear a verdade, é dar uma chance ao fraco, é não perpetuar pensamentos de que as coisas são assim, simplesmente porque são assim. É permitir ao aluno o direito de sonhar e não fazer distinção das pessoas por suas características e escolhas.

A metodologia aplicada a esse estudo foi de revisão bibliográfica empírica e analítica, por meio de leitura de livros, monografias, revistas científicas e sites de editoras. O artigo se divide em: 1- Uma comparação do trabalho de professor ao processo de trabalho forçado, 1.1- O trabalho de professor, 2- Qual a postura ideal do professor para uma educação autônoma?, 2.1- A postura ética no trabalho docente, 2.2- Diferentes olhares para a avaliação e seus objetivos.

  1. UMA COMPARAÇÃO DO TRABALHO DE PROFESSOR AO PROCESSO DE TRABALHO FORÇADO.

Podemos afirmar que o trabalho em geral é visto somente como trabalho. Mas há de se fazer uma distinção do trabalho de professor do trabalho ligado ao processo de produção, em razão do princípio e da urgência de garantir um padrão mínimo de qualidade na educação brasileira. Essa questão é urgente, visto o cenário atual que é de crise na função da escola, que não atende às reais necessidades dos educandos. Tais necessidades encontram-se definidas na Lei de Diretrizes e Bases Nacionais “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (Lei nº 9.394/96, LDB).

Conforme afirma Paro (2014), o trabalho relacionado ao processo de produção é um trabalho forçado.  Quem domina as condições e os meios de trabalho são os ‘”poderosos”. Também podemos afirmar que existe a condição técnica: é preciso a madeira, o material por exemplo. Trabalho forçado é aquele que se trabalha para ter o salário ao final do mês. Esse trabalho é alienado, isto é, separado.  Você se esforça, mas o produto não é seu.

O trabalho em casa também tem um propósito, produzir um bolo, por exemplo. Ao fazer um bolo, os meios são a panela e o fogão, o material são os ingredientes: farinha, ovos, leite, e a força do trabalho é a energia gasta em produzir um bolo.

Na escola, o trabalho é prazeroso. O trabalho é o próprio sujeito que se faz sujeito humano. É de suma importância ressaltar que aqui não precisa ser vigiado. A nobreza de ser professor é ser produtor da humanidade e requer responsabilidade e reflexão do seu papel. Como e que sujeitos estamos formando?

A família e a escola, na figura do professor, tem o dever de formação dos sujeitos. No senso comum afirma-se que a família educa e a escola ensina, mas é preciso quebrar este paradigma.

Para entender o conceito do senso comum do que é educação, primeiramente, é necessário refletir sobre a educação que é dever da família e do Estado afirmado anteriormente neste capítulo.

 Na linguagem comum, educação é normalmente associada a ensino, quer para servir-lhe de sinônimo, quer para dele diferenciar-se[...] quando se associa ao campo de valores e das condutas, aquela por meio da qual se propicia ao educando formação moral e disposição à prática de bons costumes, e se associa o ensino à “passagem” de conhecimentos e informações, contidos nas disciplinas teóricas ou nas ciências de um modo geral e que são úteis para a vida em geral ou para o exercício de uma ocupação.(PARO, 2014, p.20)

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